Pedro, um aluno veterano no teatro, vai ter que aprender a conviver com Jão. Um aluno chato, popular, que até então só se via nos esportes do colégio, já que pra ele, teatro era chato. Mas como sempre, João arrumou um problema e foi colocado nas aul...
Quando puxei Jão para aquele beijo, senti que ele estava forçando as pernas contra a ponta da cama, o que eu mesmo sabia que era terrível.
Tentei ir um pouco pro lado, mas sem me separar do beijo. Fazendo assim, com que eu me deitasse, enquanto ele caia pra frente.
E pronto. Ele tava em cima de mim.
Eu com certeza estava muito vermelho.
- Foi mal..- eu disse enquanto olhava pro seus olhos.
Jão parecia.. não sei dizer mas ele sorria de canto. Provavelmente achando que eu fiz de propósito.
- Pelo que? - É, ele acha que eu fiz de propósito.
- Por ter feito você cair em cima de mim.. - falei com uma voz robótica.
No mesmo momento, vi ele soltando uma risada nasal, enquanto se aproximava na intenção de beijar meu pescoço.
Não pude deixar de ficar 'engomado'
- Jão.. - Disse fraco entre aqueles beijos.
- Hum..? - ele parou.
- Você.. você não tá querendo..?
- Não foi por isso que você me jogou?
Tudo bem, eu vou fazer 17 anos.. Talvez tenha a vontade de perder a virgindade. Mas é estranho..
Jão já deve ter feito isso algumas vezes, talvez uma, a primeira, ainda esse ano. Com esse jeitinho baladeiro dele. Mas eu nunca.
- Você já fez isso..? - perguntei enquanto ele olhava pra mim, com um olhar.. acolhedor.
- não..
- sério..?
- cheguei a tentar.. Mas tenho só 17 anos.
-E eu também só tenho 17.. - Minha respiração fica profunda.
- Ei.. me desculpa.. Te deixei meio assustado?
- talvez um pouco.. eu tenho vontade de perder a virgindade.. Mas tenho medo.. não seria medo, insegurança?
- Eu te entendo.. Fui inseguro também.. Se não quiser tudo bem! Eu espero pelo seu tempo..
- Eu quero! É só que nunca fiz nada parecido.. Nunca nem cheguei..
- A esquentar um beijo..?
- Isso..- que saco, nunca pensei em ter uma conversa tão íntima assim.
Eu me sinto sendo aberto. Eu nunca tive esse tipo de conversa com ninguém, nunca imaginei ter essa conversa com o garoto popular, loirinho do vôlei.
Era como se alguém estivesse pegando todos meus segredos.
Minha barriga congelava como gelo. E eu não conseguia olhar diretamente ao seus olhos.
Até que senti a mão dele puxando meu rosto, ficando alinhado ao seu.
- Pedro.. Eu te respeito muito.. E se você não estiver preparado agora, eu entendo! Temos 17 anos, não temos que ter pressa com isso.. Nunca tenha vergonha, ou medo de me dar um corte..
- Não é isso Jão.. só não estou seguro pra isso agora, sendo menor de idade. Não sinto que é certo.
- Então pronto.. - ele se levanta me puxando pra sentar na cama. Sinto um selinho suave pousar em meus lábios. - Vamos assitir qual filme, amor?
Me senti seguro. Abraçado, e acolhido.
Que nem uma criancinha em apuros.
Ele sabe usar as palavras. Quando me chamou de amor tive a certeza que não o incomodei com a 'vontade' dele.
Não pude deixar um sorriso me escapar de canto, segurando a mão dele.
- Guerra infinita?
- Você gosta disso?
- qual é! É Marvel! Quem não gosta?
- É.. é, você venceu. Guerra infinita então.
Descemos pra cozinha, fazer uma pipoca. No caso quem fez fui eu. Ele contou do acontecimento de mais cedo. Como alguém não consegue fazer um macarrão?
Ele preparou a sala pra gente, e quando a pipoca ficou pronta, o filme já estava pronto, era só dar o play.
Ele me olhou e sorriu, abrindo um espaço pra sentar bem ao lado dele.
Me deitei ali mesmo, sentindo a mão dele passar pelo meu ombro, dando o play.
- Pedro.
- hum..
- Dorme aqui comigo?
- Deixa eu pensar.. durmo!
Ele sorriu novamente me dando um beijo na testa.
Na minha opinião o beijo na testa é o beijo mais expressivo e bonito que se pode existir. Ele demostra tanto, com um gesto pequeno e simples.
Eu amo esse menino.
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