A Amada Do Monstro

No Type

X- Factor – 2012

Faça!
Não importa o que seja ou se termine bem ou mal, apenas faça o que quer fazer. Independente de como acabe, porque isso será uma experiência. Eu acabei conhecendo um pouco mais sobre mim no processo de adquirir novas experiências e isso foi a primeira lição que eu obtive em relação: tenha experiências, seja de erros ou de acertos, mas as tenha. – e esse é o pior estágio de se criar experiências: nem todas são boas, nem todas são ruins e você nunca saberá qual terá se não tentar, é infelizmente, bem simples.

Perceba que tudo é construído na base de experiências que você obteve. Tudo que você sabe, tudo que você almeja, vem da tentação de querer, da tentação fulminante de pertencer a algo, ter uma sensação ou alguém no tempo e no espaço.

Seu pior erro ou seu melhor acerto vem nada mais, nada menos, de uma fonte muito fácil: o desejo.

Estávamos na reta final do programa e já tínhamos feito várias apresentações que nos renderam a vitória, estava tudo maravilhoso para ser bem sincera. Eu havia me aproximado de todas as meninas e agora já éramos grandes amigas que trocávamos confissões e medos quando necessário. Mas também era óbvio que toda essa experiência obtida com tudo isso, havia nos rendido uma aproximação que com certeza vingaria após o programa, caso tudo desse errado. – o que eu duvidava muito.

O retorno do público estava cada vez maior e já éramos marcadas por várias pessoas – desde pessoas públicas a pessoas comuns – como favoritas a ganhar o X-Factor. Acabamos tendo o apoio e criando uma série de fãs que nos acompanhavam fielmente nas votações e nos ajudavam sempre a conquistar a vitória em cada apresentação e também aumentando nossa popularidade como favoritas.

Acabamos de sair do palco e a última apresentação foi marcada pela música sugerida por Lauren, que era Anything Could Happen de Ellie Goulding, o que me fez relembrar a primeira música que ela tinha me mostrado, que também tinha uma participação da cantora. Depois que saímos do palco fomos para o camarim felizes com a noticia que estaríamos na final. Caminhamos animadas pelos corredores do backstage enquanto conversava animada com Dinah sobre como isso era fantástico e de como queria tirar logo o figurino e o master laço rosa que haviam colocado na minha cabeça. – aliás, laços tinham virado a minha marca pessoal.

Era bom ver como muita coisa mudou em tão pouco tempo novamente e que não sucumbimos com os problemas que surgiram. Primeiro não éramos mais chamadas de Lylas, pois aviam nos acusado de ter pegado o nome de outro grupo de garotas que tinha como integrantes as irmãs de Bruno Mars. Então, tivemos que mudar o nome e escolhemos "1432" que significava I love you too. A ideia era "I" tem 1 letra, "love" tem 4 letras, "you" tem 3 letras, e "too" (em inglês se pronuncia 'two'). Mas acabaram não gostando, então resolveram colocar o nome para da banda em votação e escolha foi: Fifth Harmony.

O que eu acredito ter combinado muito.

Quando pousei na cadeira para que a maquiadora tirasse a forte maquiagem para que voltássemos para hotel, pude sentir a falta de Lauren no ambiente, ela tinha conseguido "dar uma escapada" sem que eu percebesse. Olhei até onde meus olhos pudessem olhar enquanto a maquiadora passava o algodão com aptidão pelas curvas do meu rosto removendo o pouco de base que ainda tinha. Não conseguia saciar minha curiosidade com pensamentos aleatórios quando o que eu mais pensava era onde Lauren poderia estar, porque ainda não tinha tirado o figurino.

Olhei para as meninas que riam de algo no celular e mirei minha atenção há elas.

"Onde está Lauren?" perguntei calma a todas logo que pararam o que faziam, mas apenas Dinah me respondeu. Normani e Ally estavam ocupadas demais rindo de alguma coisa no celular.