A Amada Do Monstro

I Found

Leia ao Som de: I Found - Amber Run

The X Factor - 2012

Existem dias em nossas vidas em que o destino é a única fé que se tem quando se está atrás de seus sonhos. Para cada uma daquelas cinco garotas, isso estava cada vez mais claro. Não sabiam dizer ao certo, quando a fé de acreditar nelas mesmas alcançou seus corações, apenas sabiam que precisavam ir atrás de seus caminhos, porque o benefício da oportunidade nem sempre está à disposição de todos. Mas naquele dia, estava para cada uma delas.

Ally acordou atrasada, mas mesmo assim muito tranquila, talvez, alguma energia positiva do dia a tenha alcançado em estágios muito mais grave em que nem mesmo nenhum imprevisto pudesse tirar a sua sensação de realização.

"Bom dia Ally,
Los Angeles sorri para você agora mesmo".

Normani acordou se perguntando do que era feita, não se sentia apenas como uma composição de ossos ou carnes pulsantes dentro de si. Sentia-se muito maior do que a ciência algumas vezes pudesse explicar, mas mantinha esse pensamento longe das pessoas.

O quão egocêntrico isso pode soar quando dito em voz alta?

"Eu me sinto maior do que a ciência algumas vezes"

Dinah acordou com seus irmãos correndo pelo quarto esperançosos, confiavam no talento da irmã o suficiente para fazer uma festa matinal adiantada, no fundo, todos sabiam que de alguma forma, ela daria certo na vida e que aquele era o dia perfeito para que isso ocorresse.

Levantou-se de sua cama pensativa com as expectativas, no fundo odiava hotéis.
Dinah não era particularmente competitiva, não gostava do ritmo irregular e não reconfortante que controlava os surtos de ansiedade em seu cérebro.

"tique-taque, tique-taque"
O relógio do seu controle mental gritava.

Camila acordou com o barulho do despertador do celular muito próximo ao seu ouvido só para ter a certeza de que acordaria para viver o dia. Ela lutou para abrir os olhos e com as mãos desengonçadas tentou tatear o celular em uma tentativa de fazer o barulho - que em sua mente parecia totalmente ensurdecedor - parar de tocar para trazer sua consciência de volta.

Fungou entre os travesseiros palavras de baixo calão em espanhol, a língua que costuma falar em casa graças a sua origem Cubana. Desejou arduamente que seu celular sumisse de sua frente.

"Você existe, porque você existe?" disse com um olhar duro para o aparelho móvel.

Ora Camila, você o vê, eu poderia ver.
Isso é o suficiente para determinar sua existência? Eu diria que sim.

Lauren acordou com pé direito propositalmente, queria ter certeza que qualquer modo de sorte, mesmo que místico, poderia ser utilizado para viver o que ela iria viver. Seu Pai bateu na porta devagar, com três batidas lentas, sendo a última a mais forte, em modo de aviso subliminar querendo dizer que o café da manhã já está pronto, como faz toda manhã antes dela ir para o colégio ou para qualquer lugar que ela vá. Mesmo Lauren sabendo que o dia era especial, ela não deixava de reparar nas coisas, ela sabia mais coisas que as pessoas o tempo todo simplesmente por não conseguir ignorar os detalhes.

Olhou pela janela do Hotel e visualizou a senhora que morava na casa da frente indo pegar o jornal na porta, ninguém reparava, mas ela sempre dava dois pulos antes de sair de casa, não era algo comum, mas ninguém reparava.

"As pessoas sempre estão pensando que alguma coisa é totalmente verdadeira" se pegou pensando. "Mas ninguém nunca repara em coisa alguma."

- Flashback ON -

Dinah POV
New York City, NY.

Andei devagar em direção ao palco principal onde todos os jurados estavam sentados bebendo suas Pepsi's em frente a câmera em uma forma descarada de Marketing, era incrível imaginar como cheguei até aqui. O lugar estava tão iluminado que cheguei a pensar que todos de alguma forma já eram sortudos por terem chegado até lá. Entrei com passos confiantes e fui até o centro do palco olhando ao redor e me concentrando no meu objetivo principal que era parar de ficar nervosa e quando me for permitido, cantar.