Angus foi assassinado e suspeitam de mim?! Se eu soubesse que ia ser acusado assim, teria matado ele pessoalmente na frente de todo mundo!
— Porra! Nem fodendo! Não vou ser preso por algo que eu não fiz! — minha voz oscilava em fúria, enquanto minhas mãos tremiam, eu podia sentir meu peito queimar.
Karl deu um longo suspiro, balançando a cabeça em decepção.
— Mikhael, por favor, pare de fingir e se entregue pacificamente, será melhor para você assim — ele se virou para um homem loiro ao seu lado, ver o jaleco branco que esse homem usava me causou arrepios. — Dr. Vogel, esse é o homem que irá ficar sob sua responsabilidade a partir de agora.
O homem loiro a quem Karl se referiu como "Dr. Vogel" sorriu tranquilo, mas pra mim esse sorriso foi extremamente assustador. Esse homem era definitivamente o chefe do instituto de pesquisa que usava criminosos como cobaia!
Ele ainda estava sorrindo quando disse:
— Isso é ótimo. Ele parece bastante... resistente.
Estava prestes a tentar socar o cientista quando, de repente, fui puxado pela gola por alguém atrás de mim. Congelei, era Francis e eu nunca o vi tão irritado e abalado.
Eu podia sentir as mãos dele que agarravam minha gola tremendo, a expressão dele era de uma raiva que nunca vi antes, como se eu tivesse traído a confiança dele. Ele estava tão furioso, que estava chorando.
— Você...! Por que você fez isso com ele?! Por que você o matou?! Me diga que você não fez isso com ele! — as lágrimas dele caiam e o olhar que vi foi o de alguém que perdeu quem amava. — Por favor... Só me diz que você não matou ele, me diz que ele ainda está vivo...
Ver ele neste estado foi algo que me marcou profundamente, era como se eu pudesse sentir toda a dor dele, eu destruí toda a felicidade dele. Será que... eu realmente matei Angus?
— Não... Eu juro por Deus que eu não... eu não fiz isso, eu juro... — foi quando eu percebi que também estava chorando.
Neste instante, fui puxado por alguns dos homens escoltavam o Dr. Vogel que me seguravam pelos ombros, braços e pernas.
Tentei resistir.
— Não, Porra! Me soltem agora! Eu já disse que não fiz isso! Me escuta, Karl!
Sem sucesso.
— Mikhael, não insista e aceite quieto. Já é generoso o suficiente da minha parte estar te ouvindo.
Ouvindo?! Esse maldito não ouviu nem uma única palavra do que eu disse até agora!
Esse foi o meu limite.
Mesmo sendo segurado por alguns dos soldados, consegui arrumar brecha para me soltar. Agarrei o braço do soldado que me segurava pelos ombros, inclinei meu corpo para baixo enquanto o puxava junto e ele foi derrubado imediatamente, fiz questão de derrubar ele em cima de outro soldado.
Acho que nenhum deles estava esperando esse tipo de reação, Karl parecia irritado.
— Inferno! Falei pra vocês não deixaram a guarda baixa em qualquer sinal de resistência dele! Segurem ele agora mesmo! — Karl gritou, ele definitivamente sabia que eu estava tentando me soltar não para fugir, mas pra quebrar a cara dele.
E bem, foi o que eu tentei.
Ainda consegui pegar ele pela gola, mas não consegui ferir ele, pois no último momento, senti um objeto fino e pontiagudo penetrando meu pescoço. Toquei meu pescoço e puxei o objeto, olhando perplexo. Era um dardo tranquilizante.
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The Milkman | That's not my neighbor
Fiksi PenggemarMikhael Krauss é um porteiro em um prédio de segurança máxima do departamento de detecção de doppelgangers. Desde seu primeiro dia de trabalho, ele se apaixonou obsessivamente por Francis Mosses, o leiteiro. Enquanto suspeita de um possível relacio...