《Capítulo 26 - Parte 1》

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Quando uma tempestade se aproxima, precisamos nos preparar para enfrentá-la com garra. E os meus olhos, estavam presenciando a chegada de uma que seria devastadora.

Deitado sobre minha cama, sozinho no meu quarto e com meu celular em minhas mãos. Com a atenção focada na tela, eu lia a mensagem recen recebida.

"Vi você hoje, continua tão lindo como antes. Estou com saudades, em breve iremos nos encontrarmos... meu gentil e doce Jungkook."

Ansiedade tomava conta de mim e meu coração disparava, minha cabeça estava a mil pensamentos e todos me levavam para um único lugar. Para onde eu sabia que encontraria o dono daquela mensagem.

Será que realmente podia ser ele? Eu me Questionei por inúmeras vezes seguidas. Tanto tempo se passou, tantas coisas aconteceram, mas entre todas eu nunca cheguei a pensar na possibilidade de reencontrá-lo.

Ele me viu, mas onde?

Por onde ele me observa sem que eu o veja?

Será que ainda tem a mesma aparência de antigamente? Humm... com certeza sim.

Meus dedos começaram a formigar, eu não sabia muito bem como reagir diante daquilo. Será que deveria respondê-lo de volta?

Não, não posso fazer isso. Lembre-se Jungkook, o passado deve permanecer no passado.

Meus dedos então se mexeram e eu dei alguns toques na tela, selecionando aquele contato desconhecido que na verdade, não tinha nada disso. E então, com um grande suspiro eu cliquei na opção excluir contato, e logo eu vi o passado indo embora bem diante dos meus olhos.

E por fim, me sentir mais aliviado por ter tido a coragem de fazer isso. E foi ai que Jimin entrou em meu quarto, que agora já não pertence somente a mim.

— Tava fazendo o quê? — Ele perguntou se aproximando e sentando-se na beirada da cama. O encarei e sorri pequeno para ele antes de segurar em sua mão e olhando dentro dos seus belos olhos dizer:

— Estava vendo uma ilha, quero que nosso casamento seja em uma.

— Para de falar besteira, isso não é coisa de se brincar Jungkook. — Jimin disse com um semblante distante. E isso logo começou a me incomodar, ele não parecia muito bem.

— Aconteceu algo meu amor? — Entrelaçei minhas mãos envolta do seu corpo e ele apenas me olhou nos olhos e sorriu sereno.

— Problemas familiares, nada demais.

— Tá tudo bem com sua família meu bem? Podemos ir visitá-los caso você queira.

Para falar a verdade, isso meio que me deixava um pouco nervoso. Ainda não tive a oportunidade de me aproximar dos parentes dele, sei que ele tem um irmão que mora com sua mãe. E eu fico pensando... será que eles iriam gostar de saber que Jimin está namorando o seu próprio chefe?

— Eles estão bem, mas é que...

O receio em suas palavras me deixou um pouco preocupado, Jimin não costuma ficar desse jeito, alguma coisa realmente está acontecendo.

— Fala meu amor, pode se abrir comigo. — Pedir acariciando seu cabelos e ele fechou os olhos respirou fundo e soltou o ar pela boca.

— Um membro da minha família, nunca falei dele para você porque... não gosto de absolutamente nada que tenha relação ou que me faça lembrar da sua existência. — Sentir um misto de raiva se instalando em si, suas palavras carregavam um ar de desgosto profundo.

E aquilo, acabou mexendo comigo de certa forma.

— Você me falou que seu pai já faleceu, e sua mãe vive com seu irmão mais velho em Busan. Você tem mais algum outro parente meu amor? — Para ser sincero, eu já tinha a resposta dessa pergunta.

Sua face se entristeceu e ele suspirou antes de assenti.

— Sim... eu tenho mais um, um irmão a quem eu não mencionei ainda. A quem eu odeio com todas as minhas forças, alguém que me machucou bastante no passado. — De repente seus olhos começaram e se encher de lágrimas, e conforme ele falava algumas começaram a cair. Jimin então me olhou nos olhos e eu engoli em seco sentindo um nó se formar em minha garganta. — E ele não tem só a porcaria do mesmo sangue que eu, como também... o meu rosto, a minha voz, e tudo que você está olhando agora. — Apontou para si mesmo. — Tudo isso, ele também tem. Porque não somos só irmãos, como também, somos gêmeos idênticos.

Naquele momento, eu não sabia muito bem o que dizer para acalmá-lo. Eu estava completamente perdido, sem ideia do que fazer. E como única opção, eu o puxei para os meus braços e o apertei fortemente.

— Não precisa me contar tudo, você pode ir com calma. — Sussurrei em seu ouvido.

Claro que ele não precisava me contar tudo, eu já podia imaginar que esse assunto era bastante sensível, Só não imaginei que seria tanto.

— Eu quero te contar. — Com um fungar ele disse, e eu apenas balaçei com a cabeça que tudo bem. Enquanto minhas mãos acariciava suas costas ele voltou a falar. — Nem eu e nem a minha família mantemos contato com ele. Na verdade, não temos notícias do seu paradeiro a bastante tempo.

— Ele deve te feito muito mal para todos vocês, não é? — Perguntei e Jimin logo assentiu.

— Ele é um monstro, não é digno nem de ser tratado como um ser humano. Aquele maldito é o mal que rodeia por nossa família. — Eu podia sentir toda a sua raiva, toda a sua dor. Não imaginava que alguém tivesse o machucado tanto assim. E principalmente, que esse alguém fosse justamente sangue do seu sangue.

Olhei para seus olhos, e vi que já estavam vermelho pelas lágrimas que desciam sem parar. Com meus dedos toquei em seu rosto e limpei o caminho percorrido por elas.

— Não se altere tanto meu amor, isso pode te fazer mal.

— Se tivesse ideia das coisas que aquele desgraçado fez, você entenderia cada lágrima dessa. — Jimin disse fechando os próprios olhos e tentando respirar melhor. — No passado, eu tive um noivo. O amei mais do que pude imaginar, a gente ia se casar e morar juntos na Grécia. Tínhamos tantos planos, mas nenhum chegou a ser realizado. — Ele então abriu seus olhos novamente, eu sabia que não poderia impedi-lo de colocar todo esse ódio para fora, e queria que ele jogasse tudo que estava preso a tanto tempo dentro dele.

E por isso, o deixei que continuasse a falar.

— No dia do meu casamento, eu estava tão feliz e tão ansioso. Eu finalmente iria me casar, esse é o sonho de muitos por aí. E enquanto eu terminava de me arrumar, minha mãe veio até mim completamente abalada. — Mais lágrimas caíram de seus olhos e meu coração se partia por saber das coisas do seu passado. — E foi então, que o meu mundo colorido ficou preto e branco. Quando minha mãe disse, cheia de tristeza, que o meu futuro marido tinha fugido no dia do nosso casamento... com o meu próprio irmão.

O choro de Jimin se tornou intenso, não era mais lágrimas que escorriam de seus olhos e sim, as dores de um passado cruel, o arrependimento de ter confiado em alguém e ter sido enganado. A traição vinda daqueles mais próximos, e o pior, a dor que somente ele foi capaz de sentir.

Eu só queria poder tirar toda essa sua dor, apagar as memórias do seu passado e as substituir por novas, onde só existisse felicidade e... o nosso incontrolável amor.

Continua...

0% De Chances Contra Park JiminOnde histórias criam vida. Descubra agora