Todas as referências que eu utilizar aqui ou adaptações que fizer, serão citadas numa lista no último capítulo. (Poemas, filmes, trechos de livros etc etc)
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A barba mal aparada resvala por sua costas nua, traçando o caminho de sua espinha, indo em direção ao seu pescoço.
Giovanna geme.
— Bom dia, flor do meu dia! – a voz sussurrada e rouca adentra aos seus canais auditivos contrastando com a sensação da barba mal feita e acarretando um eriçar de pele mais-que-notável na mulher.
Alexandre sorri com o seu logro matinal.
— Barba pinicando...eu gostei! – diz ela, dengosa, esfregando a bunda contra a pélvis dele.
Um facho de luz abre caminho entre o black-out e reluz sobre a pele de Giovanna, iluminando-a.
Alexandre a observa como se fosse a primeira vez. Como se tivesse se apaixonando novamente pela mesma mulher que se apaixonou a treze anos atrás, nesta manhã.
O cabelo acastanhado com alguns fios levemente dourados, espalhados pelo travesseiro. A pele, de tão branca, ruborizada, e iluminada pelo raio de luz solar que adentra o quarto todas as manhãs por aquele mesmo ponto em específico. O corpo esbelto e nú ocupando metade do seu espaço na cama. E um sorriso pintando seus lábios rosados...O mesmo sorriso que se acende para ele todos os dias, assim como a anos atrás.
Uma cena digna de ser perpetuada em um museu. Pois tudo que a compõe resgata os detalhes de uma simplicidade cotidiana genuína. Aos seus olhos, Giovanna, é uma escultura que qualquer amante de arte ficaria maravilhado. Nunca foi um homem de tanta sorte, mas desde que a conheceu parece que o universo vem sorrindo para ele cada vez mais.
— Ossos do ofício, meu amor.
Giovanna se vira lentamente sob os lençóis brancos. E na cena os segundos passam em câmera lenta para o homem.
— Isso é um tom de reclamo, marido? – ela entorna o pescoço dele com seus braços, e na ponta do dedo enrola uma mecha do cabelo grisalho.
— Jamais!
Giovanna estreita o olhar para ele, desconfiada, numa atuação nada convincente.
— Estou muito satisfeito com os motivos que tenho para não ter tempo de fazer a barba, esposa. – diz, afundando o nariz pelo vale dos seios dela, arrancando de seus lábios um gemido contido.
Giovanna sorri enquanto rebola lentamente na ereção já evidente do homem.
— Terremoto um e dois, onde estão? – pergunta com um tom de voz falho, ao passo que leva suas mãos a barra da calça de moletom cinza que ele veste, brincado por ali.