Não falei com o Jack durante todo o fim-de-semana e estava a começar a ficar cada vez mais ansiosa enquanto me preparava de manhã. Agora ele odeia-me? Não devia mesmo tê-lo feito. Fui tão estúpida! Será que ele acreditaria em mim se eu dissesse que estava bêbada? Não bebi nada naquela noite mas ele não sabe disso. Olhei para o relógio e já estava atrasada! Calcei os meus sapatos, peguei na minha mochila e corri para fora da porta.
Quando me virei lá estava um carro estacionado na minha garagem, e não era o da minha mãe. Caminhei lentamente até ao carro que me era familiar e olhei para dentro. Jack estava nervoso, sentado no lugar do condutor, com a sua cabeça pousada nos seus braços que por sua vez estavam pousados sobre o volante. Bati levemente na janela do passageiro para obter a sua atenção. O seu corpo tremeu de susto no momento em que me ouviu. Enquanto ele se recompunha, abri rapidamente a porta e sentei-me no lugar do passageiro. Ficámos ambos sentados estranhamente a olhar para a minha garagem durante um bocado.
"Então, porque é que estás aqui?" Perguntei, evitando o assunto da festa.
"Eu queria pedir desculpa, pelo que aconteceu na festa. Provavelmente aconteceu porque estávamos bêbados ou algo do género" Observou. Tanta coisa sobre evitar este assunto e afinal...
"Oh. Certo. Bêbados." Concordei, sabendo que era mentira.
"Nós estamos bem, certos?" Ele perguntou.
"Sim, claro." Assegurei-lhe com um sorriso forçado. "Provavelmente devíamos ir para a escola. Vamos chegar atrasados."
"Na verdade, eu estava a pensar que nos podíamos baldar hoje" sugeriu.
"À escola?!"
"Bem, o que há mais para faltar a um dia da semana?" Ele perguntou num tom sarcástico.
"Eu nunca me baldei antes. Não vamos meter-nos em problemas?" Perguntei nervosamente.
"Não, a menos que sejamos apanhados" riu maliciosamente.
"As pessoas não vão achar estranho nós estarmos ausentes no mesmo dia? Especialmente depois do que aconteceu sábado?" Eu estava nervosa por voltar à escola naquele dia, de qualquer das maneiras. Tinha um pressentimento de que toda a gente tinha ouvido falar sobre isso, e o Jack é um daqueles rapazes que toda a gente adora. Não me parece que as raparigas andem atrás do Jack a toda a hora, mas sempre que estou na casa de banho ouço-as falarem sobre ele. É como se elas tivessem concordado mutuamente em afastar-se dele mas continuassem a amá-lo de longe. Ele rejeitou-as todas?
"Quem se importa? Não temos que nos explicar. De qualquer das maneiras somos só amigos." Ele encolheu os ombros. Certo. Só amigos.
"Onde é que querias ir?" Perguntei, porque continuávamos na minha garagem. Ele rodou a chave na ignição e fez marcha atrás, saindo da minha garagem, antes de responder à minha pergunta.
"Vou dar-te uma pista" ele começou pondo um dos dedos no seu queixo. "Tem animais."
"Vamos ao zoo?" Perguntei.
"Como é que sabias?!" Ele perguntou chocado.
"Isso não foi uma pista. Basicamente deste-me a resposta."
"Tenho que concordar que foi uma pista fantástica." Defendeu-se.
"Que outros lugares têm animais?!" Argumentei alto.
"Touché" ele resmungou.Quando chegámos ao zoo, vimos vários autocarros escolares. A escola primária deve ter feito uma visita de estudo. No caminho para o portão vimos crianças pequenas com mochilas pequenas e vimos as crianças mais fofas de sempre.
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Secret Valentine. Jack Gilinsky. Tradução PT-PT
FanfikceElizabeth Reese é uma introvertida, calada e boa rapariga que prefere estar sozinha. Na viagem de avião para o Omaha, ela conhece Jack Gilinsky. Pensando que nunca o iria voltar a ver ela confia nele, mas o que acontece quando acidentalmente se ree...