Capítulo 5

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Após alguns minutos esperando, Kenny chegou. Eu consigo ver ele a distância, e aceno com minhas mãos, tentando mostrá-lo onde estou. Ele me vê, e acena de volta. Olho para Cartman, que parece cansado de estar em pé vendo seu primo cair igual bosta dos brinquedos e ir ajudar ele.

-Cartman, o Kenny chegou.- Aviso, indo até ele lentamente, já que ele parece irritado e pode me bater a qualquer segundo. As emoções dele oscilam muito rápido, então não sei muito bem quando eu posso ser amigável ou não. No momento, ele parece meio cansado, com leves olheiras em baixo dos seus olhos.

-Tá, diz para ele que quero participar desse negócio aí, to querendo conhecer quem é esse menino que você gosta.- Ele diz, dando um leve sorriso, mas vejo nos seus olhos que ele quer voltar para casa, comer, e dormir. Cartman não tem nenhum problema emocional, mas ele fica cansado muito rápido, e precisa dormir muito. 

Depois de processar o que ele falou, me sinto corar.

-Ok..- Digo, desviando o olhar, e vendo Kenny já bem perto de nós.- Prometo mostrar ele para você.- Falo, mesmo sabendo que provavelmente eu nem vou conseguir dizer oi para ele. 

-Beleza. Ó, não perde a chance de ficar com ele. É raro você ficar apaixonadinho por alguém, já que é todo depressivo.- Ele fala, revirando os olhos. Não gosto quando ele comenta sobre minha depressão, mas entendo que ele não fala querendo ofender, então sempre deixo passar.

-Tá, prometo tentar falar com ele. Mas duvido que ele queira ficar comigo, eu nunca beijei de verdade- Falo, me sentindo ficar nervoso. E se ele realmente não gostar de mim quando me conhecer? E se eu nem tiver coragem de falar com ele? Eu não sei.. 

-Relaxa, cara. Tudo tem uma primeira vez.- Ele diz, dando um sorriso gentil para mim, e pegando de leve no meu braço. Viu? O Cartman é um filho da puta, mas ele mudou. Eu sorrio para ele também, sentindo meu coração ficar quentinho. Eu adoro ter esses momentos com meus amigos.

-Fala bando de pau no cu! Como vocês estão?- Kenny diz, aparecendo atrás de mim, e dando um sorrisão. Eu sinto um sorriso percorrer meus lábios, sorrindo involuntariamente ao encontrá-lo.

-Fala, Kenny! Como você vai, caçador de buceta?- Cartman diz, chegando perto de nós, e colocando uma mão no ombro de Kenny, mas logo depois tirando, fazendo um rosto desgostado.

-Desculpa, não toco em pobre.- Ele fala, procurando álcool em gel na bolsinha que a família dele deixou para o irmão dele que estava em suas costas (uma bolsa do Batman depois das drogas). Provavelmente tinha álcool em gel ali caso o primo de Cartman se sujasse, ou algo assim.

Kenny dá uma risada sarcástica, e eu fico apenas observando o momento. 

-Ha, ha. Muito engraçado, Cartman.- Ele fala, e eu vejo o outro esfregar as mãos juntas, espalhando o álcool. -Pelo menos eu não tenho obesidade level 100.- Kenny completa, e eu sinto um risinho involuntário sair da minha boca, mas eu seguro o riso.

-Isso nem faz sentido! Como eu teria obesidade level 100?- Cartman pergunta, seu semblante obviamente ofendido, mas ele sabe que é verdade, e nós sabemos que é verdade.

-Para mim faz sentido.- Digo, e olho para Kenny, que concorda com a cabeça ligeiramente.

-Tá bom então, vão se foder! Os de verdade eu sei quem são, tá?!- Ele fala, notavelmente irritado, mas o argumento dele foi horrível. Um fato sobre Cartman; Ele não sabe argumentar mesmo se valesse a vida dele. Claro, ele é bom em manipular, irritar, e convencer pessoas. Mas no fator argumentar, ele tem mais dificuldade, o que é engraçado para mim.

Eu apenas ignoro seu comentário, e olho para Kenny. 

-O que a gente faz agora?- Pergunto, olhando ao redor, sem saber o que fazer. -Apenas esperamos ele aparecer?- Pergunto, me referindo ao ruivinho lindo que eu tinha visto.

Stan x Kyle - Suddenly HomoOnde histórias criam vida. Descubra agora