Capítulo 16

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Pov: Stan

Agora estou sentado na escada da escola, esperando meu pai chegar. Kenny já foi embora, já que ele sempre tem que ir pra casa exatamente na hora em que a escola acaba, já que é longe, e ele vai a pé. Estou ouvindo ao meu cantor favorito, Alex G.

Meu pai sempre chega atrasado, o que pode ser bom ou ruim.

Bom, já que os pais de Butters sempre demoram pra buscar ele, e ele fica falando comigo.

Ruim, já que hoje os pais do Butters pegaram ele mais cedo por ele ter feito algo de "errado", que eu tenho certeza de que nem foi culpa dele.

Queria poder ir a um psicólogo. Kenny disse que é o melhor pra mim.

Mas, não sei se meu pai iria permitir. Não acho que ele iria querer pagar uma coisa que pra ele não importa.

Queria ter uma razão para viver.

Todos tem uma, seja casar, trabalhar, vencer, ou simplesmente ser feliz.

Não tenho um propósito, e sinto que nunca vou ter. Sinto-me inútil. Qual é meu papel na sociedade? As vezes me pergunto por que eu nasci.

Sou "acordado" por alguém cutucando meu ombro gentilmente, me fazendo tirar os fones, e olhar pra trás. 

Ao observar a pessoa atrás de mim por alguns segundos, eu sinto minhas bochechas esquentarem, processando quem é. O RUIVINHO! 

-Oi, Stan.- Ele diz, colocando uma mecha de cabelo atrás de sua orelha, sorrindo pra mim, me fazendo derreter com o simples sorriso dele.

Imediatamente tento me recompor, já que estava todo corcunda sentado na escada. olho pra ele, dando um sorriso involuntário, sentindo minhas bochechas avermelharem. 

-Oi..- Digo, vendo ele se sentar ao meu lado, me fazendo ficar ainda mais nervoso. Começo a mexer nos cordões do meu moletom, com um sorriso grande no meu rosto.

-Se você não sair correndo dessa vez,- Ele começa a frase, sorrindo. -Você pode me mandar o seu endereço quando chegar em casa?

Paraliso com tamanha boniteza na minha frente. Existe essa palavra? Boniteza? Acho que não, mas descreve muito bem meu ruivinho.

-C-Claro! Tudo combinado pra hoje, né?- Pergunto, tentando disfaçar minha animação, ao mesmo tempo, me socando mentalmente por ter dito nesse tom. Eu pareci meu pai falando com algum amigo dele. E eu acho que é bem claro que pra mim, o Kyle é bem mais que um amigo.

-Sim.- Ele responde, rindo um pouco. 

Ficamos sentando um ao lado do outro na escada da entrada da escola, enquanto eu me controlo pra não surtar.

As vezes eu me sinto mal por parecer tão envergonhado na frente do ruivinho. Ele deve me achar estranho. Eu não queria ser assim. 

As vezes eu queria parecer como as outras pessoas.

As vezes eu queria parecer o Kyle. Será que ele gostaria de mim se eu fosse mais parecido com ele?

Depois de um tempo sentados, o ruivinho se despede, e saí, indo com seu irmão até sua casa.

Após algum tempo, meu pai chega, e vamos pra casa.

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Quando chego em casa, a primeira coisa que faço, é me jogar na cama, e tirar meus sapatos. 

Pego meu celular, e vejo uma mensagem do ruivinho. 

Imediatamente me acomodo na cama, me ajeitando para ver a mensagem dele, como se ele fosse capaz de me ver pela tela do celular.

"Ontem você disse que sua casa era perto da minha, né? Então dá pra ir a pé?"

Stan x Kyle - Suddenly HomoOnde histórias criam vida. Descubra agora