Pov: Kyle
-Você quer.. eu posso.. Você.. Eu posso te acompanhar até sua casa na saída?
Fico meio envergonhado com a pergunta. Eu conheci ele hoje.
Vejo as bochechas do moreninho ficarem vermelhas, e ele desvia o olhar, fechando os olhos, como se esperasse a pior das respostas.
Talvez.. não seja um problema se eu aceitar, né?
Ele abre os olhos após não ouvir uma resposta, como se conferisse se eu ainda estava ali. Eu ainda estou aqui, já que não sou como ele que corre quando está nervoso.
-Pode ser.- Sorrio, sentindo algo estranho subir sobre minhas bochechas. O que é isso?
Ele arregala os olhos, imediatamente voltando a mexer nos cordões do seu moletom. Ele dá um sorriso grande, mas tenta escondê-lo, tentando não parecer muito animado com minha resposta.
Ele acha mesmo que me engana? Ele é horrível tentando esconder o que sente. É fofo.
Rio um pouco da situação, enquanto ele desvia o olhar, fazendo um joinha pros amigos dele.
Eu finjo não ver, e olho pra ele, sorrindo. Ele sorri de volta, suas bochechas avermelhadas. Não entendo o motivo dele querer tanto assim minha anteção.
O silêncio nos proporciona uma onda de conforto. Ficamos olhando para o jogo de basquete, e as vezes trocando olhares. Ele fica me olhando bobamente as vezes.
Isso é estranho. Nunca me senti assim com ninguém.
Logo me lembro que se ele for comigo, ele terá que ir com meu irmão também, já que vamos juntos. Melhor avisar pra ele.
-Stan.- Chamo, e ele imediatamente olha pra mim, disposto a me ouvir.
Me sinto escutado perto dele. Ao mesmo tempo que ele tem vergonha de fazer muito contato visual durante as conversas, ele mostra que está ouvindo, o que me faz sentir confortável.
-Meu irmão vai estar lá também. Tem problema?- Pergunto, um pouco apreensivo.
Por algum motivo, não quero que ele rejeite nossa caminhada juntos só pelo meu irmão. Por algum motivo, sinto que quero ir com ele. Por algum motivo, quero ser amigo dele. Nunca senti isso. Nunca quis uma amizade tão desesperadamente.
Na verdade, depois daquilo, eu nunca quis ser amigo de alguém tão afetadamente.
-Não, não tem problema não.- Ele diz, dando um sorriso doce, e logo depois, olhando para o chão.
Sinto-me intrigado pela forma que ele mantém pouco contato visual, mas mesmo assim, conseguindo me deixar confortável com a conversa. Ele me faz sentir ouvido.
Isso é estranho.
-Valeu.- Agradeço, olhando pra ele, por mais que ele não esteja olhando pra mim.
Acho que ele está nervoso, por mais que sua aparência esteja neutra. Coloco uma mão no ombro dele, tentando ajudá-lo de alguma forma.
Acho que só fez ele ficar mais nervoso, já que ele começa a bater o pé no chão.
-Você tá bem?- Pergunto. É estranho como eu percebo tanto coisa sobre ele. Meu cérebro parece aspirar por conhecer mais desse menino. Eu não entendo o que estou sentindo.
Ele para de bater o pé no chão, e olha pra mim. Vejo que ele já parece se acalmar, o que é bom.
-Sim, obrigado por perguntar.- Ele sorri. Fofo.
Ia falar que se ele precisasse falar comigo, ele poderia. Mas, o sinal toca, e ele olha pra mim antes de se levantar, e me esperar.
Sorrio, e levanto, olhando pra ele, que devolve o ato desviando o olhar, saus bochechas ficando coradas.
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Stan x Kyle - Suddenly Homo
HumorStan vê uma criança sozinha, até que ela cai, e ele começa a rir muito. O irmão dessa criança o confronta, e ele fica sem saber como reagir.