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O dia começou como qualquer outro. Shigaraki e você tomaram café da manhã juntos com beijos e carinho. Quando ele foi ao escritório, pronto para começar mais um dia quando sentiu aquele gelar em sua espinha. Não tinha nada de errado, aparentemente. Não. Mas ele sabia mais do que ninguém sabia, sabia que alguém tinha se espreitando por entre as paredes imponentes do prédio onde mora.
— Hmm... — ele murmurou de olhos fechados.
— Senhor. — chamou sua nova secretária.
— O que é Lisa?
Entrou na sala sentando-se atrás da mesa imponente de mogno.
— A fonte de segurança tem um relatório para o senhor.
— Hm. — ele o pegou — Mais alguma coisa?
— Não senhor.
— Então saia.
Quando ele olhava o relatório via que tinha uma discrepância durante a madrugada. Não era de se espantar que seus engenheiros patéticos tivessem capturado aquele sinal invasor em seu sistema. Aquilo era ridículo. Ele riu.
— Então é assim? — ele disse com olhos vermelhos como sangue brilhando.
Já em casa, no apartamento você vinha correndo de um lado a outro lendo um livro novo que havia chegado, mas suas pernas estavam inquietas demais, queria ver o sol, pousar na grama e correr entre o vento, mas algo ainda era muito mais sufocante. Sua necessidade de estar com seu Tomura.
Ele que tinha sido o sol de todas as manhãs para você nos últimos meses.
Mesmo com sua ansiedade quase infantil você sabia que ele tinha de trabalhar, que o país não se governaria sozinho e que diante disso um almoço entre vocês dois talvez fosse apropriado. Então você voltou a fazer o que tinha que ser feito.
Voltando ao escritório, Shigaraki tinha muito o que fazer. Depois de voltar da sala de reuniões e mostrando os dados recém obtidos chocando alguns investidores e deixando até mesmo Dabi surpreso.
— Então quer dizer que um bando de moleques invadiram o prédio e nada foi feito? — disse o usuário de chamas azuis.
— Foi sutil, de fato. — disse Shigaraki — Mas ainda muito amador.
— São os punks da resistência? — Dabi perguntou — Achei que tinha dado fim a maioria deles.
— E o fez. — voltou a falar — Agora temos uma pequena concentração que não sabemos por onde estão, mas vamos encontrá-los, ou melhor deixe que eles nos encontrem, que ganhem confiança e que venham a nós e então quando o momento chegar só haverá pó de seus corpos.
