Demônio dourado

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 Notas Iniciais:

— Headcannon: Pac não é mais humanos; Se Pac encontrasse Nacho quando os ovos haviam sumido

— Pac não é mais humano, ele talvez nunca tenha sido, mas agora suas emoções dançavam entre o dourado e o carmesim

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Pac estava desesperado, seus olhos ardiam e lágrimas caiam sem consentimento, seus filhos sumiram, Fit não estava aqui, quem mais seria tirado dele? Mike? Bagi? Ele não os via há vários dias, por que ele sempre tinha que experimentar a solidão? Ele detestava isso.

O medo de Cellbit ser levado também bateu no fundo de sua mente, ele o temia e o odiava naquele ponto, mas a ideia dele também desaparecer pareceu pesar em seu consciente.

O cientista estava agachado, mãos segurando os cabelos na lateral da sua cabeça, os puxando ao ponto de quase arrancar os fios, seus olhos estavam arregalados e vibravam, sua respiração estava acelerado, sentia como se seu coração fosse explodri, a visão ficando turva aos poucos por conta da hiperventilação. Quando um barulho de placa o tira de seus pensamentos, ele se levanta e vira a cabeça tão rápido que teme que ela saia de seu corpo.

O'Que tinha a sua frente faz seus instintos ficarem altos, um ovo, um ovo com o rosto do Cucurucho.

Aquilo era brincadeira, tinha que ser uma brincadeira de mal gosto daquele urso desgraçado. Foi puro instinto Pac puxar o arco e mirar na criatura, as gravuras na moldura do arco só fizeram a raiva do cientista aumentar, as iniciais de seu filho e namorado estavam sobre seus dedos, e na frente de sua flecha, seu alvo. Os olhos de Pac brilhavam em vermelho carmesim, suas íris que outrora eram douradas agora beiravam a cor do sangue.

O demônio range os dentes, seus instintos diziam para matar a criatura, uma rajada de flechas seria o suficiente para acabar com aquela palhaçada.

Suspirando, Pac abaixa o arco, apesar da sua visão turva e vermelha, ele consegue ver a figura trêmula da criatura a sua frente. Foi a primeira vez que o demônio não sentiu empatia, foi a primeira vez que ele não viu aquilo como uma criança como as suas, em sua perspectiva, se aquilo tinha o rosto daquele urso, nada de bom sairia daquela "criança".

— Caía fora, nunca mais apareça na minha frente — Pac bufa e rosna em português, pouco se importando se o pequeno ovo iria entendê-lo.

O pequeno ovo o encara atentamente, tremendo e amedrontado, se afastando sem tirar os olhos do ser sobrenatural à sua frente. Pac rosna, ameaçando libertar um rugido, essa ação vez o pequeno ovo sair em disparada entre as árvores que cercavam a casa do cientista.

Sem a criança por perto, o demônio aquieta seus instintos, sua respiração finalmente se estabilizando e o vermelho deixando sua visão, novamente o brilho dourado voltando às duas íris. Pac vira vagarosamente para a sua casa, vendo um cartaz sem sua porta de entrada, um anúncio da instituição de merda que mandava ali, ele só pode rosnar até notar algo peculiar, uma mensagem.

Irritado e desconfiado, o demônio carmesim viajava até o centro, indo até onde seria padaria local, lá um doce coelho malhado trabalhava e vendia as coisas para os moradores e seus filhos. Assim que a padeira o vê, suas orelhas antes abaixadas se levantando, um sorriso enorme em seu rosto deixa Pac extremamente confuso enquanto se aproximava do balcão.

O coelho marrom e branco saltita de forma ansiosa e nervosa para perto do cientista, com um livro estendido, ele olhava para os olhos pretos e nervosos, ele olhava para os lados como se quisesse garantir que fosse só eles ali. Pac franze as sobrancelhas em desconfiança antes de agarrar o livro e o abrisse.

"Você é Pac, né? Pai de Richarlyson e Ramon! 

Eles precisam da sua ajuda, suas definidas localizações estão aqui:

Coordenadas Richarlyson: xxx

Coordenadas Ramon: xxx

Ajuda suas crianças."

Pac passa o polegar sobre os números das posições de seus filhos, seus olhos estavam vidrados naquelas coordenadas, uma onda imensa de alívio e esperança invadindo seu peito.

A cor vermelha se esvaindo aos poucos de seu corpo, o dourado voltando para onde pertencia em suas roupas e olhos, deixando o sentimento carmesim ir embora. O amarelo de alegria e esperança tomou conta de seus instintos, ele tinha que resgatar seus filhos.

— Obrigado... — Pac disse com os olhos brilhando enquanto agradecia ao padeiro.

 O coelho saltita alegremente, enquanto movimentava as mãos para que o demônio dourado andasse. Pac não pode deixar de sorrir, esperança correndo por suas veias enquanto saia em disparada para ir ao encontro de seus filhos.

 Isso não o impediria de encher aquela criatura e aquele urso de flechas envenenadas, ele ainda havia se tornado um demônio no fim das contas, e iria incendiar o mundo para proteger os seus.

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Notas finais:

— O capitulo foi curto, mas gostaria de saber oque estão achando dos compilados, seus comentários me incentivam a continuar!

Até a próxima! 

Buquê de RosasOnde histórias criam vida. Descubra agora