35. " 𝑇ℎ𝑒 𝑟𝑒𝑎𝑠𝑜𝑛 𝑜𝑓 𝑚𝑦 𝑎𝑏𝑠𝑒𝑛𝑐𝑒. "

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[ FLASHBACK ON ]

Após o pequeno acidente de Jeongin, Hwang não o soltava. Ficou com ele a tarde inteira na enfermaria até os pais do mais novo o irem buscar. Mesmo assim, Hyunjin o ajudou a ir até o carro, quase o pegando no colo se fosse preciso.

Assim que chegaram, Sra. Yang saiu do veículo preocupadíssima.

— Meu filho, o que você aprontou?? — A mulher disse checando o moreno detalhe por detalhe. — Ai Hyunjin! O que seria de mim sem você! — Ela suspirou dando uma palmadinha no ombro do mais alto. — Obrigada Hwang, só você pra ficar de olho nesse menino.

— É a minha principal função Sra. Yang. — O loiro respondeu com um sorriso tímido enquanto olhava pro mais novo, deixando um selar rápido em sua testa.

— Vocês são os dois uns dramáticos! — Jeongin resmungou, enquanto entrava no carro, emburrado. Hyunjin então bateu no vidro, na intenção de fazer Heignin abrir-lo.

— Fique bem ouviu? Me manda mensagem! — Ele disse com um sorriso irónico, o que fez Jeongin apenas revirar os olhos e fechar o vidro novamente.

O carro logo seguiu seucaminho, e o olhar do Hwang o seguiu também, até ser interrompido com uma buzina no qual o chamou a atenção. Hwang olhou pro lado oposto, paralisando ao ver o BMW de seu progenitor ali estacionado. O mesmo engoliu seco ao ver o veículo se aproximar. Se perguntava o que caralhos seu pai fazia ali, nunca o buscou na escola, Hwang sempre voltava de onibus.

— Entre. — Jihoon ordenou, sua voz fria de sempre.

Engolindo seco, Hyunjin abriu a porta, se sentando no banco de trás. Nunca que viajaria ao lado de seu pai.

Nenhum dos dois disse nada durante tempo, aquele silêncio era ensurdecedor para o Hwang. Suas mãos suavam, enquanto o mesmo abraçava a mochila com força em seus braços.

— Aquele era Yang Jeongin não era? — Depois daquele silêncio absurdo, o mais velho quebrou o silêncio.

Hyunjin hesitou responder por alguns instantes. Suas pernas tremendo enquanto mordia seus lábios em busca de como responder.

— Sim. — No fim, o garoto apenas assentiu, baixo, sem qualquer mais nem menos.

Uma risada irónica foi ouvida vinda de Jihoon. Enquanto batia no volante algumas vezes como forma de descontar a raiva.

— Você não aprende...— O mais velho com tou, ainda com aquele sorriso horrível no rosto. — Como que meu único filho conseguiu ser tão inútil ao ponto de gostar de um garoto qualquer? De um lixo daqueles? — Aquelas palavras fizeram o cérebro de Hwang endoidecer, não admitiria ouvir aquelas atrocidades sobre SEU innie nem morto.

— Não o chame disso...o único lixo aqui é o senhor! — O filho disse, sem vergonha alguma, pelo contrário, com gosto em dizer aquilo.

Jihoon parou o carro, estavam numa estrada vazia. O mesmo saiu do veículo obrigando o filho a fazer o mesmo. Assim que Hyunjin se aproximou, a gravata de seu uniforme escolar foi puxada por seu pai.

— Me escuta aqui imbecil, eu sou seu pai e você ainda me deve respeito! E eu não vou continuar deixando que você seja essa merda que você está se tornando, esse vaiadinho de lixo! — Exclamou, aquelas palavras perfurando o coração do Hwang mais novo como inúmeras facadas. — Ele é assim tão importante assim pra você? Então você não o verá mais! Não verá ninguém mais! Pra aprender a deixar de ser um lixo humano!

O rosto de Hyunjin se tornou furioso, fazendo empurrar Jihoon com todas as suas forças.

— Lixo humano? — Hyunjin pergunta sarcasticamente, rindo. — Você é a definição de lixo humano! — Ele gritou, sem medo ou receio, vendo Jihoon se levantar e apenas desferir um soco no rosto do filho.

— A partir de agora as coisas vão ser diferentes, você me escutou? — O mais velho perguntou, vendo o loiro segurar o próprio nariz enquanto tentava impedir o sangramento.

Jihoon pegou Hyunjin pelo braço fortemente e o empurrou pra dentro do carro, fazia o mesmo consigo e logo dirigindo com rapidez até casa.

Aquele dia foi a última vez em que Hyunjin foi visto.

[ FLASHBACK OFF ]



O sol radiante foi o que fez Hwang levantar naquele dia, embora sua vontade e suas forças parecessem ter desaparecido junto com a esperança. Sua vida havia sido virada de cabeça para baixo por Hwang Jihoon, um completo psicopata cuja influência dominava cada aspecto de sua existência.

Hyunjin estava virtualmente aprisionado em sua própria casa, vigiado de perto e submetido a aulas com professores particulares. Seu celular era mantido sob chave em um cofre cuja senha somente seu pai conhecia. Sua rotina monótona consistia em acordar, vestir-se, estudar, comer, estudar novamente e, por fim, dormir. Ele não tinha liberdade, e qualquer tentativa de resistência resultava em castigos brutais.

No entanto, Hyunjin havia se resignado à sua situação. A dor física já não o afetava mais; ela se tornara apenas um lembrete constante do seu sofrimento. No início, ele tentara fugir, buscando desesperadamente uma forma de pedir ajuda. Mas quando seu pai começou a descarregar sua crueldade em sua mãe, Hyunjin cedeu, decidido a protegê-la a qualquer custo. Ele se recusava a permitir que outra pessoa sofresse em seu lugar, mesmo que isso significasse suportar sua própria tortura em silêncio.

À medida que um mês se passava nessa tortura interminável, Hyunjin mal reconhecia a pessoa que se tornara. Ele se perguntava incessantemente por que tinha um pai tão cruel e o que fizera para merecer tal destino. A incerteza e a angústia o consumiam, transformando sua existência em uma prisão mental tão sufocante quanto sua realidade física.

Enquanto isso, seu relacionamento com sua mãe se tornava cada vez mais complicado. Ele a via como uma vítima indefesa, incapaz de protegê-la da tirania de seu pai. Sentimentos de culpa e impotência o assombravam, deixando-o mergulhado em um mar de conflitos internos.

Hyunjin também nutria uma mistura de ódio e desespero em relação a seu pai. Seus pensamentos oscilavam entre desejar vingança e ansiar por uma forma de escapar dessa vida de tormento. No entanto, o medo do desconhecido o paralisava, deixando-o preso em um ciclo interminável de sofrimento e desespero.

Pensava em Jeongin, sua única razão de viver. Como estaria seu pequeno agora? Estaria bem? Provavelmente, ninguém sentiria falta de si. Hyunjin tinha certeza disso, então o deixava mais aliviado. Mas o desespero e saudades que tinha de ver o menor eram insuportáveis.

Hyunjin não tinha o que fazer. Não tinha como pedir ajuda, como gritar, como fazer qualquer coisa sem ser percebido.

Haveria alguma esperança para ele no final do túnel, ou seria condenado a vagar na escuridão para sempre?

ECHOES OF THE HEART| 𝗵𝘆𝘂𝗻𝗶𝗻Onde histórias criam vida. Descubra agora