Perto de completar um ano de rerecasamento, Helô e Stenio embarcam para a Espanha, onde o advogado está auxiliando um de seus antigos clientes num caso enigmático, onde o homem foi acusado de estar envolvido em um suspeito roubo de joias.
Em meio a...
P.S.: não posso provar nada do que eu escrevi aqui, juridicamente falando, não levem a sério.
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Espanha, uma semana antes do aniversário
A cada segundo que se passava, Stenio tinha mais certeza que a única solução seria fechar o escritório internacional, ou no mínimo, finalizar a parceria que tinha com os advogados espanhóis.
Talvez ele estivesse sendo um pouco dramático em sua abordagem, mas já haviam se passado duas longas semanas de trabalho incessante e ininterrupto, e a investigação que conduziam continuava tão perto de encontrar os meios de inocentar Sebastian quanto estava quando Stenio ainda estava auxiliando de forma remota em solo brasileiro.
Seu time de advogados estava em peso trabalhando nesse caso, simplesmente porque não podiam perder mais tempo, a janela de vantagem estava se fechando e eles iam fracassar. 'Todos manos a la obra', era a lógica sendo usada pelo time, mas o método parecia ter mais desvantagens que o oposto.
Já podia ver seu nome na lama, arruinado por praticamente condenar seu cliente à prisão.
Sem falar no fato de que Sebastian seguia preso, às leis e os trâmites do direito espanhol não eram tão permissivos quanto no Brasil, eles não tiveram sucesso em conseguir um Habeas Corpus, então a prisão preventiva continua valendo.
Se nenhuma das mentes envolvidas no caso encontrasse uma prova qualquer que levantasse, nem que fosse uma dúvida, sobre a autoria do crime, eles estariam completamente ferrados.
Depois de investigar e muito pesquisar a vida de seu cliente e analisar as provas que apontavam para ele, até mesmo Stenio se perguntava se o cara não tinha mesmo feito aquilo do que lhe acusavam. Mesmo conhecendo o homem como conhecia, as evidências eram concretas demais: eles tinham as digitais na cena do crime (um erro muito primário, se lhe perguntassem), eles tinham as filmagens (outra evidência absurdamente calculada) e, por fim, o acusado não tinha um álibi (conveniente).
Tudo se encaixava perfeitamente.
Perfeitamente até demais, o que lhe fez desconfiar que talvez Sebastian esteja sendo propositalmente incriminado pelo roubo das tais jóias.
Mas quem poderia ter orquestrado isso? O próprio concorrente que foi assaltado? Talvez. Mas a perda daquelas jóias era de um valor inestimável, e as mesmas não poderiam retornar à cena legal sem inocentar Sebastian, portanto, estariam inutilizadas em algum lugar por bons anos.
Também pode ter sido alguém que o conhece bem o suficiente para saber seu paradeiro, mas que secretamente prendia prejudicar o empresário. Quem sabe um ex-funcionário, ou uma ex-mulher magoada. El infierno no es nada comparado con una mujer estafada, no?
