Perto de completar um ano de rerecasamento, Helô e Stenio embarcam para a Espanha, onde o advogado está auxiliando um de seus antigos clientes num caso enigmático, onde o homem foi acusado de estar envolvido em um suspeito roubo de joias.
Em meio a...
como vocês já devem ter percebido, estamos chegando a uma reta final, se eu conseguir esticar bastante, de repente essa história ainda dura mais 10 capítulos, vamos ver, acho que ainda dá tempo pra mais uma complicaçãozinha nesse plot. boa leitura!!
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O vestido preto possuía uma camada de tecido que parecia uma rede por cima do cetim que se assentava no corpo da delegada, moldando suas curvas. Essa rede era adornada por centenas de pontinhos de brilho que refletiam a luz lindamente. As mangas longas tinham uma abertura para serem enganchadas no polegar, dando a impressão de infinidade no comprimento do tecido.
Solta nos quadris, a saia tinha certo volume ao deslizar por suas pernas, dando apenas um sneakpeek das coxas nuas pela fenda que subia até a lateral de seu quadril. No torso, o decote se estendia até quase alcançar o umbigo, contornando os seios. O único outro acessório que acompanhava a região, infelizmente não era o microdermal, como ela gostaria, mas sim um colar de diamantes, com um design de ramos e flores, o que também não era tão ruim.
O colar foi cortesia de Sebastian, que tinha várias e várias jóias de valor inestimável escondidas em caixas-cofres no banco. Aquela era emprestada claro, só para que o grupo se encaixasse melhor em meio a nata da sociedade que estaria presente no evento.
A delegada ainda iluminou bem os olhos, os esfumando nas laterais com um marrom bem escuro. Soltou as ondas, que imediatamente emolduraram seu rosto, o enfatizando da curvatura do maxilar, até a ponta do seu nariz. Terminou o look com saltos bem altos e bem finos.
Quando ficou pronta, Stenio a encarou por um minuto inteiro sem dizer nada. O sapato a colocava quase na mesma altura que ele, olho no olho, e o que viu ali, foi a forma mais pura de admiração.
Tão deliciosamente clichê.
Nada poderia barrar o brilho que suas orbes queriam conter, mas que simplesmente transbordavam dali.
Ele lhe ofereceu o braço e os dois partiram para a festa.
O iate era imenso, um exagero luxuoso sobre as águas do mar de Barcelona. A embarcação de quatro andares, não era nenhum espécime revolucionário do mundo náutico, mas parecia gigantesco para quem olhava de fora, ainda mais quando se dava conta que o barco possuía um heliponto no topo.
Ao chegar, o joalheiro os apresentou para os anfitriões, que o receberam como se o homem fosse parte da família. Apertaram mãos bilionárias enquanto estudavam o ambiente no salão, procurando por rostos familiares.
Claro que todos já sabiam a história que levou a prisão de Sebastian, a única coisa que faltava na equação, eram meios legais de provar toda aquela teorização. A missão de hoje era farejar rastros sólidos que pudessem seguir, algo difícil quando nem sequer podiam contar com a ajuda da polícia.
A primeira pessoa conhecida com quem toparam foi Sanchez, seguido de Carmo.
Stenio ficou perplexo ao ver o sócio, com uma taça de martini na mão, casualmente conversando com um empresário do ramo petrolífero. O homem nem poderia estar naquela festa, ele era apenas um advogado, sócio de uma firma que nem era dele, impossível que tivesse conexões o suficiente para estar ali, nem mesmo sem querer ou por sorte.
