Perto de completar um ano de rerecasamento, Helô e Stenio embarcam para a Espanha, onde o advogado está auxiliando um de seus antigos clientes num caso enigmático, onde o homem foi acusado de estar envolvido em um suspeito roubo de joias.
Em meio a...
oii, voltei!! já estava com saudades de escrever essa, mas acreditem em mim quando eu digo que tava tão frio esses dias onde eu estava que meus dedos congelaram e nem se eu quisesse escrever eu teria conseguido.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
"Onde você foi, hein?" Helô bateu a porta do hotel com força ao ver o marido casualmente deitado na cama que os dois dividiam há algum tempo na Espanha.
Ele vestia uma camisa branca, colada no torso e nos bíceps, combinada com uma calça de moletom despojada, e parecia bem confortável lendo alguns papéis, com os óculos escorregando pela ponta do nariz.
"Boa noite, meu amor. Tudo bem com você? Comigo tá tudo ótimo, obrigada por perguntar." Stenio debochou da esposa, o que parecia ser uma péssima ideia por si só, já que a mulher estava bufando com as mãos na cintura.
Ela deixou a bolsa cair no chão sem se preocupar com os itens que estavam guardados ali, o homem parecia já ter chegado ali há horas, enquanto ela fazia papel de boba o esperando do outro lado da cidade.
"Eu fiquei no escritório esperando você voltar, custava avisar que não planejava mais passar lá hoje?" Ela seguia o encarando com fogo nos olhos, o advogado sabia que estava andando sobre um linha muito, muito tênue.
Também sabia que tal fogo não tinha nada a ver com o fato dele não ter voltado ao escritório, e sim por ele não ter voltado ao escritório depois de provocá-la ao máximo e deixá-la a ver navios.
"Eu disse pra não esperar por mim." O homem levantou as sobrancelhas com aquele olhar de inocência que Helô tanto detestava.
Principalmente, porque de inocente, Stenio Alencar nunca teve nada.
"Urgh!" Ela urrou de forma cômica, e quase fez o marido rir, antes de sair em direção ao banheiro batendo o salto das botas no chão de madeira.
O homem foi atrás, chegando lá assim que ela estava fechando a porta de vidro que separava a área do chuveiro do restante do banheiro. Ele só podia ver as curvas acentuadas pelo vidro que não era daqueles transparentes, mas sim completamente fosco, dando apenas um gostinho do que ele tinha deixado de terminar em sua sessão com ela no sofá de sua sala.
"Já que você está tão interessada em saber-" Ele começou mas foi interrompido.
"Não estou mais, pode guardar pra você." Sua mulher respondeu, brava e birrenta como sempre.
Stenio resolveu ignorar.
"Como eu ia dizendo," aumentou levemente o tom de voz, limpando a garganta, "eu fui atrás do amigo da Amanda na polícia, ver se eu conseguia pescar alguma coisa aqui ou ali sobre o seu amiguinho." O desdém em sua voz era claro, mas a delegada nada respondeu.
Ela arqueou as costas, massageando com a ponta dos dedos, algo que deveria ser o shampoo nos longos fios de cabelo que pareciam continuar por quilômetros até atingir o final de suas costas, alcançando a lombar. O clássico cheiro de baunilha e a silhueta perfeita o fizeram salivar, encostado na parede de frente para o show que se desenrolava debaixo do chuveiro. Ele não podia enxergar a água deslizando pela pele da delegada, mas a imagem lhe era tão familiar, que sua mente sozinha compunha perfeitamente o cenário.
