Christian ver Alice escapar por entre os seus dedos e isso torna a sua vida em um perfeito caos. Ele precisa lidar com tudo o que sente e descobrir sobre o que tanto o aterroriza, seus próprios sentimentos. Descrente do amor e na busca incessante po...
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Na semana seguinte resolvi fazer uma visita surpresa para Christian no trabalho, eu nunca havia ido a sua empresa e tinha certeza que ele não estaria esperando e nem passava pela sua cabeça que eu fizesse. Cheguei a empresa por volta das dez da manhã, passava do horário do café, mas levei uma garrafa de suco de laranjas e um bolo que também usei laranjas na receita, não tomamos café juntos, mas pelo menos comeríamos um lanche. Embora fosse só uma desculpa para agradá-lo e passarmos um tempo juntos.
Ao cruzar o salão de entrada, me dirigi ao balcão da recepção, lá duas atendentes conversavam distraídas e não notaram a minha chegada silenciosa. Não que eu fizesse de propósito, eu tinha mesmo essa mania de chegar aos lugares sem fazer barulho, acredito que tenha sido de tanto mamãe pegar no meu pé quando era criança por ser escandalosa.
- Amiga eu queria só uma, uma oportunidade e esse homem seria todo meu
A morena que estava de pé de costas para mim falava exibida. A outra estava sentada, mas não conseguia me ver, pois a grandona tampava sua visão
- Dizem que ele não tem namorada
A que estava sentada falou
- Isso pra mim é indiferente! Tenho certeza que depois de ficar comigo, ele não teria olhos mais para mulher nenhuma.
A morena se gabou, alisando o corpo de uma forma exagerada.
- Hum, determinada
Disse a outra
- Quem não planeja não concretiza, Alisson. Christian é o meu sonho de consumo
Ao ouvir o nome mágico, todos os meus estados de alerta foras acionados. Então eu tinha uma rival e muito presunçosa, ela esperasse sentada se quisesse. Christian tinha dona e naquele exato momento, a exibida saberia. Ajeitei a minha postura que as vezes tentava deixar a desejar e encostei no balcão. Minha roupa era simples, uma calça jeans e suéter, algo que eu usava no dia a dia no outono e minha maquiagem básica não me deixava com cara de doente, nem de socialite.
- Olá!
Falei com um sorriso nos lábios, interrompendo as duas ladies que conversavam como se não tivesse trabalho a fazer
- Oi
A morena alta e esnobe me respondeu. A outra que naquela hora consegui ver o rosto, só analisava
- Bom dia! Vim ver o Christian, pode avisa-lo?
- E quem é você?
Perguntou-me com desdém e eu só dei aquela bela revirada de olhos. Não era como se a cara de coruja não pudesse perguntar, eu até esperava ansiosamente pela sua pergunta para lhe dar a resposta que ela não estava preparada para ouvir. Mas seu olhar de desprezo me incomodou profundamente. Talvez eu não estivesse vestida como as pessoas que ela costumava ver passar por ali. Mas e daí?
