Capítulo 38 🦋

14 3 0
                                    

Assim que uma Heloísa aflita ligou relatando o que havia acontecido com Kal, me desesperei imediatamente, peguei o carro e dirigi até a casa de Jaime

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Assim que uma Heloísa aflita ligou relatando o que havia acontecido com Kal, me desesperei imediatamente, peguei o carro e dirigi até a casa de Jaime. Eu havia me apegado a Kal de tal maneira, que saber do seu desaparecimento foi tão desesperador quanto de um ente querido, sem exageros, só quem tem um pet ou já perdeu um, consegue ter a dimensão do que é o amor entre um humano e seu bichinho e Kal, de fato se tornou um pouco meu também.

- Mãe, pai?!

Já cheguei chamando atenção da casa toda, em uma ansiedade por notícias. Pensei que talvez os vinte minutos que levei até a casa de Jay, pudesse já ter alguma novidade boa que acalmasse o meu coração

- Alice, amor! Que bom que veio!

Mamãe me abraçou e papai também

- Como está, papai?

- Estou bem, meu amor!

- Ali, que bom que veio! O Christian está arrasado

Melinda me avisou e doeu o meu coração. Christian também me preocupava e muito, Kal era como sua família e isso nunca foi segredo, ele sempre fez questão de explicitar o quanto o cão era importante em sua vida.

A espera por notícias foi grande, nem Christian ou Jaime atendia as minhas ligações e eu estava de fato desesperada para que tudo aquilo acabasse logo e bem. Christian não suportaria perder o seu fiel escudeiro, eles se amavam muito e eu tão pouco queria pensar nesta possibilidade, ainda que tudo estivesse no escuro ainda.

Depois de pouco mais de duas horas, Jaime e Christian chegaram em casa. Estávamos no sofá da sala, na expectativa por respostas ou alguma explicação. Não poderia um cachorro desaparecer em um condomínio de luxo sem se quer ser visto por ninguém, era quase impossível.

Fui a primeira a me levantar rapidamente na ânsia por notícias, as caras de ambos não eram nada amigáveis e quando Christian me olhou nos olhos vi ali o tamanho do seu desespero, sem que ele se quer tivesse aberto a boca.

Ignorando a presença dos meus pais e o que poderiam pensar, fui até o homem grande, porém desamparado e lhe abracei. Christian pareceu levar alguns segundos para processar, permaneceu estático até que o apertei com mais força para fazê-lo sentir, ele estava anestesiado e só então, seus braços me circularam com força e permanecemos ali, sem que ninguém ousasse dizer nada.

Um breve filme passou pela minha cabeça, a imagem de um Christian bravo, assim como desesperado por ver o seu bichinho vomitando, quando achou que os petiscos lhe fizeram mal. Seu desespero palpável ao sair com o animal nos braços para o veterinário e o alívio ao retornar com ele bem após a alta. Mas naquela ocasião, não existia se quer notícias de onde ou como Kal estaria e isso sim, conseguia ser ainda mais desesperador

- Vai ficar tudo bem, Chris!

Falei e ele cheirou os meus cabelos e cochichou baixinho

- Estou contando com isso, minha Alice

Refúgio no amor (Vol. 2) A descoberta Onde histórias criam vida. Descubra agora