Capítulo 22 🦋

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Não foi fácil sobreviver a o tsunami que atingiu minha vida, houveram dias que desejei não ter nascido, outros que quis esquecer tudo que vivi nos últimos oito meses e em outros, o meu quarto escuro era o único lugar que parecia me acolher

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Não foi fácil sobreviver a o tsunami que atingiu minha vida, houveram dias que desejei não ter nascido, outros que quis esquecer tudo que vivi nos últimos oito meses e em outros, o meu quarto escuro era o único lugar que parecia me acolher.

Mamãe tentava bravamente me tirar daquele estado caótico que me encontrava, papai fazia graça e achava que me mimando, devolveria o sorriso ao meu rosto, Maddie todos os dias buscava por assuntos dos mais diversos na internet para tentar despertar o meu interesse, Lois deitava ao meu lado e parecia entender das minhas angústias, Melinda me segurava em seus braços enquanto eu despejava minhas dores e lamúria e o meu irmão, ele parecia tão doente quanto eu, porque ele, carregava culpa dentro de si, mesmo não tendo nenhuma.

Foram mais de quinze dias praticamente de cama, quinze dias que a minha vida passou sem que eu se quer colocasse o pé para fora do meu apartamento, a vida não tinha mais cor ou graça e eu não tinha forças, ele conseguiu me quebrar totalmente e reconstruir cacos é mais difícil do que parece ser.

Dia seguinte ao ocorrido, reuni minha família, depois deles terem respeitado o meu espaço e lhes contei o que havia acontecido, por mais difícil que pudesse ser, reviver aquele fatídico dia, eu precisava lhes dar uma explicação e assim fiz. Após a nossa conversa, pude me entregar ao que chamei de "calabouço " e de lá, eu parecia que nunca mais iria sair. O carinho que mamãe sentia por Christian se deteriorou, meu pai não queria vê-lo em sua frente e Jay, confesso que tive pena em ver a decepção no rosto do meu irmão, talvez ele estivesse realmente confiando que daríamos certo e se frustrou. Acontece!

Estávamos a quinze dias do Natal e amando tanto aquela época dos sonhos, onde as luzes deixavam as noites de inverno mágicas, eu lutava contra o desânimo para atender ao pedido do meu irmão e ir ajudar mamãe e Melinda a decorar sua casa. Jay tinha dinheiro para pagar uma equipe que fizesse o trabalho, mas eu sabia que sua real intenção era me tirar de casa e com muita luta, ele conseguiu e lá estava eu, em um sábado de manhã, com a sala do meu irmão repleta de bugingangas para tentar fazer uma decoração que agradasse  a todos.

Lois e Maddie também foram nos ajudar e eram tantas as opiniões que ninguém sabia ao certo no que daria tudo aquilo e já estávamos atrasados o suficiente para deixar papai nervoso, alegando ser a única casa da rua a não estar decorada ainda.

- Eu acho que já podemos colocar essas luzes lá fora! Está tudo sem graça!

Papai disse já ficando impaciente. O medo dele era o cair da noite e nada estar no lugar e no ritmo que íamos, era bem provável que acontecesse.

- Concordo, papai!

Falei e ele ficou todo orgulhoso

- Mas a árvore é o mais importante, temos que monta-la primeiro!

Minha mãe só pensava na árvore!

- Vamos fazer o seguinte... - Melin chamou a atenção de todos – Alice,  o senhor Arthur e Jay ficam com a parte externa da casa. Dona Heloísa e eu montamos a árvore e a Maddie fica responsável por colocar todas as guirlandas! O que acham?

Refúgio no amor (Vol. 2) A descoberta Onde histórias criam vida. Descubra agora