Capítulo 44 🦋

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- Quero que conheça uma pessoa

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- Quero que conheça uma pessoa...

Havia um mistério no tom de voz de Christian, contudo não me preocupei, confiava nele

- Posso saber quem é esta ilustre criatura?

Perguntei zombeteira e ele sorriu. Aliás, Christian andava muito sorridente nos últimos dias

- O meu terapeuta

- O seu terapeuta?

Perguntei meio receosa. Christian me falou sobre ele em alguns momentos quando nos conhecemos, mas nunca vi o rosto do homem, embora tivesse uma gratidão pelos anos que trabalhou duro com o Chris

- Exatamente... ele disse querer conhecer o anjo que pairou sobre a minha vida

Uma gargalhada me escapou, eu estava longe de ser um anjo, mas creio que devo ter feito bem ao Chris de algum modo, aprendemos muito um com o outro no decorrer daquele quase um ano

- Não me considero um anjo... no entanto, aceito conhecê-lo

Satisfeito com a minha resposta, ele acariciou o meu rosto e deu-me um beijo cálido. Contudo, um coçar de garganta nos interrompeu, fiquei sem jeito ao encarar o meu pai nos observando. Arthur ainda tinha um pouco de ciúmes ao ver a sua caçula namorando

- Papai

Christian se ajeitou no sofá um pouco envergonhado

- Oi filha, acabei de chegar, estava com o seu irmão na empresa. Ele precisou acertar algumas coisas para a confraternização de fim de ano

Se explicou

- Christian, como vai?

Se aproximou do genro amigavelmente

- Bem, senhor Arthur! Como está?

- Ainda me recuperando do susto!

Papai sentou na poltrona ao lado do sofá

- E que susto

Christian lamentou e estava claro que tudo o que havia acontecido comigo dois dias atrás, ainda era um trauma para toda a família, inclusive para mim, que vinha tendo pesadelos e picos de estresse. Os meus pais que passariam o ano novo no Brasil, acabaram desistindo, como tinham visto permanente, isso não foi um problema, mas me senti os atrapalhando, mesmo mamãe jurando por tudo que não seria incômodo permanecer em Toronto por mais um tempo.

Após a alta médica, voltei para a casa do meu irmão, mamãe quis assim e não me opus, queria ter todos por perto e poder abraça-los sempre que sentisse necessidade, no fim, fui paparicada por toda a família e ainda pelo meu quase namorado e como imaginei, mamãe esqueceu das palmadas que havia me prometido e no momento éramos só flores, beijos e abraços .

Christian evitava ao máximo se afastar de mim, pouco ia em casa, embora Ava não estivesse mais lá, ele alegou não se sentir mais bem vindo na própria casa e o máximo que podia, estava ali ao meu lado, ainda que não tivéssemos estabelecido a nossa relação, eu me sentia sua e ele meu. Kal também estava conosco, assim como Lois e me sentia literalmente acolhida e completa, todas as pessoas que amava estavam ao meu redor e aquele aconchego não tinha preço.

Refúgio no amor (Vol. 2) A descoberta Onde histórias criam vida. Descubra agora