22- Dúvidas e distância

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Eu estou sentado no sofá, Minho me olhando com preocupação. Ele abre a boca para falar, mas hesita por um momento, como se estivesse tentando encontrar as palavras certas.

-Você está bem?- ele pergunta, sua voz cheia de suor e perguntas. Eu não consigo encontrar as palavras para responder.

Minho continua a olhar para mim, seus olhos pesados com o que ele está prestes a dizer.

-Eu acho que não posso te ajudar com isso- ele diz, seu corpo se tornando distante-Eu acho que é melhor para os dois se a gente passar um tempo afastado.-Eu não consigo acreditar no que ele está dizendo.

-Por que você está fazendo isso?- eu pergunto, meu coração partindo-se com cada palavra.

-Eu não posso confiar em você- ele diz, seu olhar se voltando para a janela-Não posso ficar te protegendo enquanto você continua a se meter em problemas.

Eu tento me controlar, mas minha raiva e meu medo estão tomando conta de mim.

-Você não sabe de nada-eu digo, minha voz assustada e desesperada. -Você não sabe o que eu estou passando. Eu preciso de você.-Minho não olha para mim, suas palavras cortando minha pele como uma faca afiada.

Eu me levanto, incapaz de ficar sentado enquanto Minho me ignora.

-Eu não posso acreditar que você está fazendo isso- eu digo, as palavras saírem de mim em um queixume. Minho se levanta, seus olhos ainda não encontrando meus.

-Eu preciso ir agora- ele diz, seus passos seguindo em direção à porta. Eu não posso acreditar que Minho está me deixando sozinho no meio de todas essas problemas.

Eu levanto da cadeira, meu coração esmagado e meu corpo tremendo.

-Você vai me deixar sozinho agora?-eu grito, minhas palavras ganhando vida do meu terror. -Você vai abandonar a sua gangue assim tão fácil?-Minho não me olha, sua voz fria e calculista.-Você não sabe o que está fazendo-eu digo, minha voz ecoando nas paredes-Você é uma parte da minha gangue. Você não pode simplesmente virar as costas pra mim.- Minho continua a se movimentar para a porta, suas palavras igualmente crípticas.

-Eu sou parte da gangue-ele diz, sua voz monótona e segura.

-Você não vai conseguir lidar com isso sozinho-eu grito, meu coração se contorcendo com raiva e medo-Você está falando em desertar.-Minho não responde, sua presença escapando da sala. Eu fico ali, incapaz de processar o que aconteceu. Minha gangue estava caindo aos pedaços e eu estava ficando sozinho.

Eu esmagava a porta, gritando Minho para que fosse responsável pelas ações dele. Mas ele já tinha desaparecido. Eu me sentia desesperado, como se eu estivesse nadando num mar de problemas e ninguém estava disposto a me salvar. Eu precisava de ajuda, e eu precisava rápido.

Eu fui até o centro da cidade, procurando por qualquer indício sobre a faca ou a gangue que estava atrás de mim. Os meus passos ecoavam nos pavimentos, enquanto eu tentava encontrar algum sinal de vida. Eu estava sozinho e assustado, mas eu não podia desistir.

Então, eu vi algo que me fez parar no meu trilho. Era um bar de canto escondido, com uma luz pequena acesa no segundo andar. Eu sabia que eu não poderia entrar sozinho, mas eu também sabia que eu não tinha mais ninguém a quem recorrer. Eu entrei no bar, o som de minha respiração vibrando nos meus ouvidos.

Eu olhei em volta da sala, notando que todos os outros clientes do bar pareciam estranhos. Eles me observavam com curiosidade, suas bocas torcidas em sorrisos maldosos. Eu sabia que eu estava no lugar errado, mas eu não tinha escolha. Eu fui até o bar, perguntando em voz baixa se eles sabiam algo sobre a faca ou a gangue.

Um homem alto e macilento se aproximou de mim, sua pele escura como a noite. Ele cheira a álcool e cigarro, sua voz grave e ameaçadora.

-Eu sei quem você está procurando-ele disse, seus olhos escuros penetrando o meu ser.-Mas eu não vou te contar nada- ele continua, seu sorriso se transformando em um rosto ameaçador. -A menos que você me dê algo em troca.- Eu sabia que ele estava falando sobre dinheiro, e eu sabia que eu não tinha nada para oferecer.

-Eu não tenho dinheiro- eu disse, meu coração na garganta. -Eu não tenho nada que você possa querer.-Ele sorriu, seus dentes amarelos e assustadores.

-Eu tenho o que quero- ele disse, suas mãos se aproximando do meu rosto. -Mas eu quero mais.

-Eu quero te ver sofrer- ele disse, sua respiração quente e rastejante em minha face. -Eu quero te ver chorando, implorando por misericórdia.- Ele me segurou mais forte, sua força me fazendo sufocar. -Eu quero que você seja meu.
Eu me segurei firme, meus olhos encontrando os dele sem mostrar o medo que eu sentia.

-Eu não vou te dar nada-eu disse, minha voz firme e confiante. -Eu sou o líder da minha gangue e eu não vou sair de aqui sem saber quem está atrás de mim.- O homem olhou para mim, sua boca torcendo em uma máscara sombria.

-Você não tem ideia do que está se metendo- ele disse, seus olhos brilhando de raiva. -Eles vão te derrubar antes de você poder gritar por ajuda.-Eu encolhi os ombros, meu coração batendo contra meu peito.

-Isso não vai acontecer- eu disse, minha voz mais firme.

O homem me empurrou contra a parede, sua voz espetando em mim.

-Você está enfrentando uma coisa que você não consegue derrotar- ele disse. -Você deveria sair de aqui enquanto pode.- Eu olhei para ele, meu rosto duro e determinado.

-Eu sou o líder da minha gangue- eu disse, minha voz cheia de autoconfiança.-E eu não vou ser intimidado por ninguém- eu continuo, meu coração pulsando na raiva. -Vou descobrir quem está me atacando, e eu vou fazer com que eles paguem.- O homem fez uma careta, seus olhos esbugalhados de raiva.

-Você vai morrer como um idiota- ele disse, seus lábios se curvando em um sorriso sádico.
-Então tente- eu disse, meu coração bater à medida que eu colocava minha mão no bolso. O homem me empurrou mais, seu rosto próximo do meu.

-Você não tem ideia com quem você está lidando- ele disse.

Então, eu agarrei a faca do meu bolso, minha mão em torno da sua lâmina afiada.

-Eu sei o suficiente- eu disse, meu olhar penetrando seu ser como uma faca de diamante. O homem começou a se mover, mas eu o segurei. -Se você tentar qualquer coisa- eu disse, meu pulso certeiro na sua garganta. -Vou te cortar.

O homem parou, sua garganta se contraído sob minha faca.

-O que você quer saber?- ele perguntou, sua voz rouca com medo.

-Quem está atrás de mim?-eu perguntei, meu olhar fixado em seu rosto. Ele hesitou por um momento, seus olhos se contorcendo como se ele estivesse em busca de uma saída.

-Eles são pessoas perigosas- ele disse, seus olhos evitando o meu. -Eles são uma gangue poderosa, e eles vão te matar se descobrirem que você sabe demais.- O ar na sala ficou mais pesado e eu apaguei. -O nome deles é Sang.

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Espero que tenham gostado do capítulo♥︎

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