My Best Mistake

Feliz aniversário, Gabi

É o segundo mês do Paulo longe da Gabi, ta difícil lidar com isso e com o fato de eu ainda ser trouxa pelo Nathan. É, pois é. Espero não ser a única hahah XO.

Semanas depois:

Há dois dias que o Paulo e eu não nos falamos, e apesar de ser pouco tempo, já me faz sentir mal. Meus pais nem sequer me ligaram. Minha irmã parece estar distante apesar de estar ao meu lado durante todos os cafés da manhã e jantares.

Dizer que eu estou triste seria muito pouco. Na verdade não representaria nem metade de como eu estou me sentindo por saber que semana que vem é meu aniversário, e nem o Paulo, nem a Manoela, nem meus pais ou mesmo a Jasmim, disseram algo sobre isso. Não que eu esperasse muuuita empolgação da parte deles, mas queria que pelo menos alguém tivesse se lembrado da proximidade da data. Eu vou fazer vinte anos!

Mas não posso gastar muito tempo ficando chateada com as pessoas por cauda disso, eu preciso terminar de repassar a matéria da prova que tenho nessa semana. Preciso dessa nota! Falta pouco para minha faculdade acabar, são só mais quatro meses. Fim da faculdade. Fim da temporada longe do Paulo.

00:00, 4 de setembro:

Eu não me sinto mais velha, apesar de estar. E também não me sinto feliz, apesar de ser meu aniversário.

Paulo foi dormir cedo, porque logo de manhã tem a apresentação de um trabalho. Ele se esqueceu completamente de mim, e mesmo que eu não tenha chorado por causa disso, senti um pequeno pedaço do meu coração se partir, porque se o homem que me diz todos os dias que sou a pessoa mais importante na vida dele esqueceu-se do meu aniversário, quem é que vai se lembrar?

Ninguém se lembrou. Nem minha irmã, nem meus pais, nem o Paulo. Oh, espere, hoje na faculdade pelo menos cinco colegas me deram parabéns. Uau. Não vi o Nathan, mas resolvi não pensar muito sobre o que ele faria se me visse hoje. Ele falaria comigo ou abaixaria a cabeça como tem feito nos últimos tempos? Talvez eu deva fazer uma cara menos estranha quando ele passa por mim, só que é impossível não me sentir incomodada. Mas eu disse que não pensaria muito sobre isso.

Saí da faculdade às dez e meia da noite, como faço todos os dias de semana há quase dois anos. Tinha sido um dia normal, sem nada que o tornasse especial de verdade.

Eu andava até o estacionamento, quando ouvi uma voz chamando meu nome.

- Gabi, espera! - Nathan disse, do outro lado da rua.

Ah, não - pensei. - Parei de andar e observei enquanto ele caminhava em minha direção.

- Ei, feliz aniversário - diz ele, com um sorriso.

- Obrigada, Nathan - sorrio, apesar de não me sentir tão bem perto dele.

- Ah, e isso é pra você - meu ex-namorado/ex-melhor amigo anuncia, pondo em minhas mãos um pequeno embrulho dourado, com um laço de mesma cor por cima - mas só abra quando chegar em casa, tudo bem?

- Não precisava ter se incomodado com isso - rio um pouco - mas muito obrigada.

Ele concorda com a cabeça e abre um sorriso torto. Por quê ele tem que ser tão... Ele?

- Espero que você goste... Bem, eu já vou indo. Parabéns de novo - ele se despede rapidamente, sem me tocar em momento algum, "graças aos céus", penso.

- Até mais - repondo enquanto ele se distancia.

Não faço ideia do que há dentro dessa caixinha, mas como ele me pediu para abrir só em casa, tudo bem.

Dirijo devagar até chegar ao condomínio, dando mais tempo pra minha irmã se lembrar que dia é hoje. Subo as escadas até o meu andar, e, quando abro a porta do apartamento...

Me perdoem pelos capítulos estarem ficando pequenos! Até domingo eu posto o próximo e tento escrever algo maior, ok??

XO <3