Paulo Castagnoli

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Ele colocou a caixa em cima da mesa, entre nós dois e em seguida a abriu. Havia um par de alianças de prata dentro da caixinha. Meu coração acelerou e minhas mão começaram a tremer!

Meu rosto se iluminou comum sorriso ao olhar nos olhos dele, que também estava sorrindo. Eu não sei decifrar a expressão que ele carrega no olhar mas sei que ele está tão feliz por nós quanto eu.

- Gabi, - ele começou a falar, segurando minha mão direita - sei o quanto isso significa pra nós dois e acho que já está na hora de usarmos essas alianças de compromisso - eu assenti, ainda sorrindo - mas quero que você saiba que objeto nenhum no mundo poderia representar o quanto eu te amo - ele fez uma pausa quando viu que meus olhos começaram a se encher de lágrimas - e eu te prometo que sempre, sempre vou te amar, independente do que aconteça.

Eu fiquei sem reação, não sabia o que dizer ou fazer. Aquilo era mais do que eu podia sonhar, esse amor tão sincero que haviamos descoberto a tão pouco tempo, era tudo que eu precisava pra me completar. Ele colocou a aliança no meu dedo anelar da mão direita e eu coloquei a dele.

- Eu te amo tanto! - eu disse eu tive que me esticar para beijá-lo e ele fez o mesmo.

Havia umas trinta e poucas pessoas no restaurante e todas começaram a aplaudir, eu fiquei completamente sem jeito e o Nathan não parava de sorrir! Era o dia perfeito, eu queria pegar cada segundo dele e guardar dentro de uma caixa, pra sempre.

Um mês depois:

- Amor, anda logo, nós vamos nos atrasar ainda mais! - Nathan falou enquanto eu colocava as maquiagens na maleta.

O reencontro da turma da sétima série vai ser numa chácara. O bom é que a maioria da turma continuou junta até o segundo ano do ensino médio, três anos atrás.

O pai do Caíque tem uma chácara que todo mundo já foi e sabe onde fica, o problema é que é muito longe então vamos passar o fim de semana todo lá. Mas vai ser divertido, tem até piscina e trilhas pra fazer.

Terminei de arrumar minha coisas e finalmente saímos do apartamento e seguimos para a chácara. Demoramos cerca de duas horas para chegar e o dia estava maravilhoso, o sol brilhava no céu e eu estava rodeada de amigos.

Eu e o Nathan estávamos comendo churrasco na mesa de madeira na varanda, junto com o pessoal. A comida estava ótima, eu estava tão concentrada em cortar a carne que não vi quando mais pessoas chegaram e começaram a nos comprimentar.

Até aí tudo bem. O que fez meu coração querer sair pela boca foi o último garoto do grupo que havia chegado. Paulo Castagnoli. EU QUERIA SAIR CORRENDO, GRITAR, ME JOGAR NA PISCINA, CAVAR UM BURACO E ME ESCONDER POR TRÊS DIAS, QUALQUER COISA!

- Oi, Gabi - ele disse me dando um beijo no rosto, tão sem jeito quanto eu com aquilo.

- oi - eu respondi, com a voz trêmula.

Ele sorriu e foi para a sala, onde o resto do pessoal estava.

NÃO. NÃO, NÃO, NÃO. O que ele faz aqui? Eu parei de comer, meu apetite havia sumido completamente.

Ele foi a primeira pessoa que eu amei de verdade, meu primeiro amor, foi com ele meu primeiro beijo. De repente, todas essas lembranças voltaram a preecher cada parte dos meus pensamentos. Não que eu ainda goste dele, calma, isso aconteceu três anos atrás e... Está tudo bem, não tem motivo pra eu ficar desse jeito com a presença dele.

Eu acho.

My Best MistakeOnde histórias criam vida. Descubra agora