Já está tarde quando saímos do café. Eu não consigo para de sorrir, isso está ficando estranho! Andamos até a calçada e paramos na frente do meu carro.
- Obrigado por hoje - ele diz, com um sorriso tão bobo quanto o meu.
- Eu é que tenho que agradecer.
- Hmm, eu acho que só dizer obrigada não é o suficiente - ele provoca de brincadeira - eu cantei uma música na frente de toda aquela gente.
Nós damos risada. Me aproximo mais dele e o beijo delicadamente.
Nos afastamos apenas o suficiente para olhar nos olhos do outro.
O azul dos olhos dele faz meu coração se acelerar. Ele me puxa para outro beijos, agora um intenso.
Na manhã seguinte, acordo com o toque do meu celular. Resmungo alguma coisa sobre ainda estar cansada, mas as reclamações cessam quando vejo que quem me liga é o Paulo.
- Bom dia - diz ele, fazendo-me sorrir.
- Diz que você vem me ver hoje, por favor.
Hoje é o último dia dele aqui. Parte de mim se despedaça ao pensar nisso.
- Digamos que eu já esteja aqui...
Arregalo meus olhos. O quê?
- Aqui onde? - pergunto, já levantando da cama.
- Na árvore do meio - sorrio - você sabe onde fica.
"Árvore do meio" é a que fica bem no centro do bosque ao lado do condomínio em que moro. Chamamos assim desde sempre. Era onde eu, Paulo, Jasmim e mais alguns amigos costumávamos nos encontrar depois da aula quando éramos crianças. É um lugar especial.
- É difícil acreditar que você existe mesmo - digo ao ver o que ele preparou pra nós.
- Diz logo que gosta de mim - brinca.
De baixo da Árvore do Meio, tem uma toalha extendida no gramado. Em cima dela, alguns sanduíches, bolo, suco e outras coisas deliciosas.
- Por que você é tão convencido? - Acho graça.
Ele se aproxima mais de mim, para um abraço demorado. Deixo que seu calor me envolva. Me sinto tão segura com ele aqui.
- Eu touxe uma coisa pra você - Paulo conta, agora segurando minha mão e me levando até a toalha.
Ele se senta com as costas apoiadas no tronco da árvore, e eu no meio de suas pernas.
- Não é algo extraordinário, mas...
Paulo tira do bolso uma correntinha prateada, que tem como pingente uma palheta escura. É lindo!
- É a palheta que eu usei ontem no café, acabei ganhando daquele cantor, mas quero que fique com você. Sabe, pra se lembrar de mim.
Sorrio, me virando de frente para ele.
- Eu amei - me inclino para frente e toco seus lábios com os meus por um breve momento. - Obrigada.
- Posso colocar em você?
Faço que sim com a cabeça e volto a ficar de costas para ele.
Sinto a palheta fria contra meu peito, mas logo me acostumo com a sensação.
Toco esse pequeno tesouro com a ponta dos dedos. Um sorriso toma conta do meu rosto quando olho novamente para o Paulo.
Com algo tão simples. ele me fez tão feliz. Quando estivermos longe um do outro, eu posso me apegar à esse colar.
- Amo quando você sorri desse jeito.
- Acontece quando você está perto.
Nós passamos um bom tempo conversando,eu não me canso de ouvir a voz dele. Comemos quase toda a comida que ele trouxe, tudo estava tão bom.
- Não posso imaginar como vão ser as coisas sem você aqui...- pego uma de suas mãos e coloco sobre a minha, que perto da dele, parece a de uma criança.
Ele suspira.
- Também será difícil pra mim, mas sei que logo vou poder voltar e ficar com você.
- Vai ser até estranho poder te abraçar sabendo que você volta no outro dia e não no próximo ano - eu brinco e ele ri um pouco.
- Quando tudo isso acabar, eu não vou a lugar nenhum - ele me dá um beio na testa.
- Tenho medo que as coisas mudem entre nós ou que você conheça uma britânica bem mais bonita que eu - digo fingindo seriedade
Ele cai na risada, e eu o acompanho.
- Ouvi dizer que elas são mesmo lindas - ele provoca.
- Vamos parar a brincadeira por aqui, ok?
- Que ciúmes...
- Ah, pode parar - falo dando um soco fraco em seu braço.
- Vem aqui - Paulo me puxa pra mais perto, deixando nossos narizes se tocarem. - Você sabe que nada entre nós vai mudar por causa dessa viagem, não sabe?
Confirmo com a cabeça, e ganho um beijo.
Colocamos dentro da cesta o que sobrou de comida e deixamos a toalha livre para podermos deitar. Apoio minha cabeça em seu peito, e é impossível não querer chorar ao saber que daqui a algumas horas ele vai estar do outro lado do oceano.
Desculpem pelo cap pequeno e pela demora pra postar! Passei três dias fora e voltei com gripe e febre... Agora estou melhorando! Vou postar mais um cap até sábado se tudo der certo.
Não gosto de deixá-los(as) esperando tanto tempo :(
Bem, espero que entendam.
Beijos, Lais. <3
Ah, e o que acharam da nova capa?
Ps.: Obrigada, Dommy!!
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My Best Mistake
Fiksi PenggemarPor mais planos que você faça, por mais chances que você aposte, tudo pode desmoronar em menos de um segundo. Simples assim. Não seria diferente com Gabi. Depois de anos sendo melhores amigos, Gabi e Nathan descobrem um sentimento novo entre eles. T...