PARTE 2!

218 19 3
                                    



Já está tarde quando saímos do café. Eu não consigo para de sorrir, isso está ficando estranho! Andamos até a calçada e paramos na frente do meu carro.

- Obrigado por hoje - ele diz, com um sorriso tão bobo quanto o meu.

- Eu é que tenho que agradecer.

- Hmm, eu acho que só dizer obrigada não é o suficiente - ele provoca de brincadeira - eu cantei uma música na frente de toda aquela gente.

Nós damos risada. Me aproximo mais dele e o beijo delicadamente.

Nos afastamos apenas o suficiente para olhar nos olhos do outro.

O azul dos olhos dele faz meu coração se acelerar. Ele me puxa para outro beijos, agora um intenso.



Na manhã seguinte, acordo com o toque do meu celular. Resmungo alguma coisa sobre ainda estar cansada, mas as reclamações cessam quando vejo que quem me liga é o Paulo.

- Bom dia - diz ele, fazendo-me sorrir.

- Diz que você vem me ver hoje, por favor.

Hoje é o último dia dele aqui. Parte de mim se despedaça ao pensar nisso.

- Digamos que eu já esteja aqui...

Arregalo meus olhos. O quê?

- Aqui onde? - pergunto, já levantando da cama.

- Na árvore do meio - sorrio - você sabe onde fica.



"Árvore do meio" é a que fica bem no centro do bosque ao lado do condomínio em que moro. Chamamos assim desde sempre. Era onde eu, Paulo, Jasmim e mais alguns amigos costumávamos nos encontrar depois da aula quando éramos crianças. É um lugar especial.

- É difícil acreditar que você existe mesmo - digo ao ver o que ele preparou pra nós.

- Diz logo que gosta de mim - brinca.

De baixo da Árvore do Meio, tem uma toalha extendida no gramado. Em cima dela, alguns sanduíches, bolo, suco e outras coisas deliciosas.

- Por que você é tão convencido? - Acho graça.

Ele se aproxima mais de mim, para um abraço demorado. Deixo que seu calor me envolva. Me sinto tão segura com ele aqui.

- Eu touxe uma coisa pra você - Paulo conta, agora segurando minha mão e me levando até a toalha.

Ele se senta com as costas apoiadas no tronco da árvore, e eu no meio de suas pernas.

- Não é algo extraordinário, mas...

Paulo tira do bolso uma correntinha prateada, que tem como pingente uma palheta escura. É lindo!

- É a palheta que eu usei ontem no café, acabei ganhando daquele cantor, mas quero que fique com você. Sabe, pra se lembrar de mim.

Sorrio, me virando de frente para ele.

- Eu amei - me inclino para frente e toco seus lábios com os meus por um breve momento. - Obrigada.

- Posso colocar em você?

Faço que sim com a cabeça e volto a ficar de costas para ele.

Sinto a palheta fria contra meu peito, mas logo me acostumo com a sensação.

Toco esse pequeno tesouro com a ponta dos dedos. Um sorriso toma conta do meu rosto quando olho novamente para o Paulo.

Com algo tão simples. ele me fez tão feliz. Quando estivermos longe um do outro, eu posso me apegar à esse colar.

- Amo quando você sorri desse jeito.

- Acontece quando você está perto.

Nós passamos um bom tempo conversando,eu não me canso de ouvir a voz dele. Comemos quase toda a comida que ele trouxe, tudo estava tão bom.

- Não posso imaginar como vão ser as coisas sem você aqui...- pego uma de suas mãos e coloco sobre a minha, que perto da dele, parece a de uma criança.

Ele suspira.

- Também será difícil pra mim, mas sei que logo vou poder voltar e ficar com você.

- Vai ser até estranho poder te abraçar sabendo que você volta no outro dia e não no próximo ano - eu brinco e ele ri um pouco.

- Quando tudo isso acabar, eu não vou a lugar nenhum - ele me dá um beio na testa.

- Tenho medo que as coisas mudem entre nós ou que você conheça uma britânica bem mais bonita que eu - digo fingindo seriedade

Ele cai na risada, e eu o acompanho.

- Ouvi dizer que elas são mesmo lindas - ele provoca.

- Vamos parar a brincadeira por aqui, ok?

- Que ciúmes...

- Ah, pode parar - falo dando um soco fraco em seu braço.

- Vem aqui - Paulo me puxa pra mais perto, deixando nossos narizes se tocarem. - Você sabe que nada entre nós vai mudar por causa dessa viagem, não sabe?

Confirmo com a cabeça, e ganho um beijo.

Colocamos dentro da cesta o que sobrou de comida e deixamos a toalha livre para podermos deitar. Apoio minha cabeça em seu peito, e é impossível não querer chorar ao saber que daqui a algumas horas ele vai estar do outro lado do oceano.








Desculpem pelo cap pequeno e pela demora pra postar! Passei três dias fora e voltei com gripe e febre... Agora estou melhorando! Vou postar mais um cap até sábado se tudo der certo.

Não gosto de deixá-los(as) esperando tanto tempo :(

Bem, espero que entendam.

Beijos, Lais. <3


Ah, e o que acharam da nova capa?

Ps.: Obrigada, Dommy!!







My Best MistakeOnde histórias criam vida. Descubra agora