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Abri e fechei meus olhos várias vezes, tentando me acostumar com a claridade vinda da janela e, ao mesmo tempo, pareci voltar aos poucos a raciocinar.
─ Bom dia. ─ ouvi a voz rouca de Hyunjin ecoar pelo ambiente, bem próximo ao meu ouvido, e senti um arrepio percorrer meu corpo ao lembrar que ele também estava aqui.
─ Bom dia. ─ abri meus olhos por fim e vi que continuava deitado sobre ele. Senti minhas bochechas corarem instantaneamente.
─ Desculpa. ─ me levantei rápido demais, ficando tonto por alguns segundos.
─ Sem problemas. ─ ele sorriu.
─ É sério, me desculpe por tudo. Espero que não tenha se incomodado por ontem, sabe. ─ tentei encontrar uma maneira de dizer, mas falhei.
─ Ei. ─ ele chamou minha atenção ─ Está tudo bem, você só sentiu medo, acontece com todo mundo, acredite. ─ sorri como forma de agradecimento, mas antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ouvi a porta do escritório ser aberta bruscamente, me assustando.
─ Filho! ─ vi minha mãe correr em minha direção, e sua expressão era de pura preocupação assim como a do pai de Hyunjin.
─ Fiquei tão preocupada ─ disse, me abraçando fortemente.
─ Eu sei mãe. ─ retribui o abraço. ─ Não foi nada fácil sem você. ─ ela assentiu, entendendo sobre o que eu estava falando.
─ Agora está tudo bem! ─ concordei, sentindo um beijo ser depositado no topo de minha cabeça. ─ Jieun está conversando com os técnicos que vieram concertar as portas, melhor irmos para casa. ─ concordo brevemente, virando-me para o mais alto.
─ Até mais. ─ aceno com um pequeno sorriso.
─ Até. ─ ele sorri de volta e seu pai sorri também, sussurrando algo em seu ouvido.
[...]
─ Sério, eu não acredito que você realmente ficou uma noite inteirinha preso com ele ─ Seungmin exclama dando pulinhos de alegria pela milésima vez. ─ Você é tão sortudo! - o olho incrédulo.
─ Sortudo? Era uma tempestade Seungmin, você sabe o que isso representa para mim. ─ digo sentando-me em minha cama e meu amigo parece finalmente se dar conta da situação.
─ Céus, é mesmo! ─ ele se aproximou e sentou-se ao meu lado. ─ Me desculpe, eu sou um idiota. ─ bateu com a mão na testa.
─ Você não é idiota ─ segurei sua mão ─ só é desatento. ─ ele ri concordando.
─ E como foi? ─ questionou, tomando para si uma feição preocupada.
─ Foi horrível. ─ suspirei ─ eu senti aquele mesmo aperto no peito e não conseguia parar de chorar. ─ ele assentiu, sabendo exatamente do que eu falava já que minha mãe e ele sempre me ajudam nessas situações.
─ Por sorte o Hyunjin me ajudou. ─ sorri ao me lembrar de seu abraço carinhoso.
─ Você contou para ele? ─ perguntou, curioso.
─ Não, é claro que não.─ neguei veementemente. ─ Ele apenas me ajudou a me acalmar.
─ Eu sei que não foi por uma situação boa, mas eu achei fofo. ─ ele sorriu e eu concordei, sorrindo de volta ─ Mas de qualquer forma, melhor você não se iludir, ele é um mauricinho popular e pode não ser tão gentil quanto você pensa. ─ ele alerta.
─ Eu sei, mas mesmo assim, prefiro pensar que ele é meu príncipe encantado. ─ suspirei, pensando em seus lindos olhos negros enquanto Seungmin revirava os olhos.
─ Tudo bem então, só não diga que eu não avisei.
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