ᴛʜᴇ sᴛᴏʀᴍ☔ 𝟏° 𝐓𝐞𝐦𝐩𝐨𝐫𝐚𝐝𝐚 | ᴠᴇʀsᴀ̃ᴏ ʜʏᴜɴʟɪx ✔

32° Capítulo🤍

Um mês depois...

Fazia um mês desde que nós havíamos nos formado no colegial, e as férias de verão finalmente haviam começado. O pessoal marcou de se encontrar na sorveteria do centro, e é onde eu estava naquele momento, me preparando emocionalmente para dar a notícia a eles.

Me preocupava com suas reações, principalmente com a de Hyunjin, mas imaginei que era a hora certa para falar.
Procurei por meus amigos e os encontrei sentados em uma mesa perto das grandes janelas. Me aproximei sentindo-me ansioso e nervoso.

─ Oi gente. ─ cumprimentei sorrindo. ─ Hyunjin ainda não chegou? Típico
dele. ─ soltei um riso anasalado mas mudei minha expressão ao olhar para meus amigos e perceber que eles não pareciam felizes. ─ O que houve? ─ questionei, me sentando ao lado de Minho.

─ Hyunjin não vem. ─ Han murmurou sem me olhar nos olhos, e foi assim que percebi que havia algo de muito sério acontecendo.

─ Ele está ocupado hoje? ─ questionei, tentando entender.

─ Não é isso, Lixie. ─ Chaewon disse após alguns segundos em silêncio. ─ Hyunjin foi embora. ─ concluiu. Naquele momento, senti como se o meu chão tivesse sido arrancado.

─ O que? Como assim foi embora? ─ a olhei sem entender.

─ O pai dele recebeu uma proposta de emprego em Londres no mês passado, logo depois da formatura e ele aceitou. ─ Kazuha contou em um suspiro, fazendo com que meus olhos se enchessem de lágrimas. ─ Hyunjin também foi aceito em Oxford. ─ completou.

─ Eles viajaram ontem à noite.

─ Ele deixou isso para você. ─ Minho disse, me entregando um envelope.

─ Espera, então ele foi embora do país e todos vocês sabiam. ─ ri sem humor ao receber silêncio como resposta. Olhei para Seungmin, que ainda não havia se pronunciado e me olhava com um semblante triste. ─ R não me disseram uma palavra se quer? ─ deixei as lágrimas escorrerem livremente por minha bochechas, sem me importar.

─ Ele pediu que fosse assim. ─ Chaewon tentou explicar. ─ Ele queria passar a maior parte do tempo que tinha sendo feliz com você. Apenas leia a carta.

Funguei baixinho, rasgando o envelope em minhas mãos e encontrando uma breve carta escrita com a letra que eu reconheceria em qualquer lugar.

" Felix, eu sinto muito por estar indo sem me despedir, mas, acredite, é melhor assim. Eu não queria te deixar, mas eu não tive escolha. Vou partir, mas não vou realmente embora. Estarei sempre com você em pensamento. Quero que saiba que tudo o que vivemos foi especial para mim. Você me tornou mais forte. Você me amou. Espero que não fique chateado com nossos amigos. Eu pedi que fosse assim, pois não teria coragem de me despedir pessoalmente.
Apenas, obrigado. Por tudo.
Hyunjin."

─ Ele pode nunca ter lhe dito, Lixie. ─ o garoto ao meu lado chamou minha
atenção ─ Mas ele te ama. Ele pode não te amar do jeito que você quer, mas isso não significa que ele não te ame com tudo o que ele tem. Ter sido abandonado pela própria mãe o fez ser mais fechado para sentimentos, mas você mudou isso nele, de alguma forma. Nunca se esqueça disso. ─ sequei as insistentes lágrimas que caiam em minha face e olhei para Minho, que estava ao meu lado.

─ Isso não importa mais, Minho. ─ disse com a voz embargada. ─ Tudo o que importa agora é que ele foi embora e nem se quer me deu a chance de dizer adeus, e isso, eu jamais irei perdoar. ─ me levantei da cadeira e olhei para cada um ali. ─ Ele nem me deu a chance de contar a ele. ─ murmurei, desnorteado.

─ Contar o que? ─ Seungmin questionou confuso, como todos ali pareciam estar.

─ Eu vou ter um bebê, Seungmin. ─ revelei, me sentindo tonto e com o coração batendo descompassado e notei seus olhares surpresos. ─ E essa criança vai nascer sem um de seus pais. ─ sussurrei, deixando uma lágrima solitária escapar. ─ Eu preciso de um tempo ─ disse por fim, saindo dali.

Eu não podia acreditar que ele realmente havia ido embora. Que ele foi egoísta ao ponto de não me deixar dizer adeus. Parece que eu me enganei. Ele não tem um coração tão bom quanto eu pensei que tinha. Porque quem quebra o coração alheio, não é capaz de ter um. Uma vez eu li uma frase que, agora, faz mais sentido do que nunca: " não fico triste apenas por ter me deixado, mas também por ter sido incapaz de enxergar o melhor em mim. E que esse melhor de mim era para ter sido seu, mas você não teve braços para segura-lo. "

Agora eu estou quebrado, e, sinceramente, não sei se algum dia, estarei inteiro novamente. Mas preciso me reerguer por essa criança que, hoje, vive dentro de mim. Eu serei o melhor pai que eu puder ser e, mesmo sem uma família completa, ela jamais se sentirá sozinha.