LIVRO UM DA TRILOGIA LOVERS
Clair Campbell é uma aspirante a cantora que mora na pequena e pacata cidade Clarysville, uma cidade que parou no tempo, sendo cheia de turistas. Durante os seus dezessete anos, sempre diziam a ela que o primeiro amor er...
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─ Ei! Casal! Nós vamos ao rio aqui perto, vocês vêm? ─ Gritou um garoto que eu não conheço. Nos obrigando a sair do nosso momento de tensão, eu não sabia como reagir, o que dizer agora? Nunca cheguei nessa parte da história.
─ Já vamos! ─ exclamou Christopher. Ele se levantou da pedra e arfou, ajeitou a bermuda que ele estava vestindo e, em seguida, se virou para mim. Ele me olhou por alguns segundos, sua boca abriu e fechou algumas vezes e um tom escarlate tomou suas bochechas. Christopher está nervoso...? ─ Você... você vem?
─ Melhor do que ficar aqui sozinha. ─ Me levantei da pedra e instantaneamente eu entrelacei minha mão à de Christopher. Eu mesma se surpreendi com minha atitude, tentei recuar, mas ele manteve nossas mãos firmes e entrelaçadas. Nós caminhamos em direção ao rio, imersos num silêncio que só era quebrado pelo sussurrar do vento de inverno, pelos trinados dos pássaros e pelas risadas dos nossos colegas espalhadas pela floresta. ─ Não é perigoso deixar nossas coisas aqui e sair? ─ arrisquei, quebrando o silêncio.
─ Tem guardas florestais e câmeras por todo lado, é tranquilo ─ Explicou ele.
Quando chegamos ao rio, todo mundo já estava dentro dele. Aparentemente, ninguém havia trazido roupa de banho, todos entraram no rio vestindo apenas peças íntimas. Amberly, April e Samantha tiraram suas blusas de pijama, exibindo seus seios fartos, sendo segurados pelo sutiã que os envolve. Elas também tiram seus shorts de pijama e, em um pulo, entram no rio. Ambas gritam pelo choque térmico, a água deve estar super gelada com a mudança de estação. Apesar de ter Christopher ao meu lado e as meninas me incluírem nas suas atividades, ainda me sinto excluída, me sinto fora do quebra-cabeça, como se nada disso fosse real.
Eu não aguento mais me sentir invisível. Quero ser parte de algo.
Na margem do rio, a voz de Luke ecoa, chamando Christopher com um entusiasmo que enche o ar da manhã. Christopher se desvencilha da minha mão com uma energia contagiante e dispara em direção ao cais de madeira. O som dos passos de Christopher sobre o cais de madeira ressoava, misturado ao leve ruído da estrutura. Enquanto corre, ele arranca sua camiseta num movimento fluido, lançando-a ao céu como um pássaro alçando voo, e se lança na água com um mergulho estiloso de bola de canhão. O impacto é seguido por um estrondo aquático, espirrando gotículas que brilham como diamantes ao sol.
Emergindo, Christopher solta um grito agudo, uma mistura de choque e alegria pela água fria que o envolve. Ele e Luke brincam, jogando água um no outro. Christopher mantém um sorriso divertido nos lábios, seus cabelos castanhos estão grudados em sua testa, escorrendo um pouco de água. Ele balança a cabeça com a intenção de se livrar da água que percorre os fios de seus cabelos.
Enquanto isso, eu me acomodava na borda do cais de madeira, o sol da manhã pintava a superfície da água com pinceladas de ouro. Meus pés descalços eram acariciados pela água gelada que oscilava suavemente.
