Capítulo 17

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Michael Jackson
Cherry Festival, Paris
5 de janeiro de 1997, 21:02

   O tapete vermelho se estende à minha frente, um caminho de veludo escarlate que parece se curvar sob os holofotes. Os flashes das câmeras piscam como estrelas distantes, e o murmúrio da multidão é um zumbido constante em meus ouvidos. E ao meu lado: Jéssica. Seu nome é um sussurro sagrado nos lábios de todos que a veem.

   Ela não é apenas uma mulher; ela é uma divindade encarnada. Seus cabelos dourados caem em ondas perfeitas sobre os ombros, como raios de sol filtrando através das nuvens. Seus olhos, oh, seus olhos... São como duas esmeraldas brilhantes, profundas e misteriosas. Quando ela olha para mim, sinto como se estivesse sendo julgado por um ser celestial.

   Sua pele é alabastro, suave e imaculada. Cada centímetro dela parece ter sido esculpido por mãos divinas. Seus lábios são rubros, convidativos, e eu me pergunto como seria beijá-los. Será que eles têm o gosto do néctar dos deuses?

   Ela está vestida em um vestido que parece ter sido costurado pelas próprias fadas. O tecido é tão fino que mal posso acreditar que é real. É um azul profundo, como o oceano à meia-noite, e se ajusta perfeitamente ao seu corpo. Os diamantes cravejados no decote brilham como estrelas cadentes.

   Jéssica se move com graça, como se flutuasse acima do tapete vermelho. Ela sorri para os fotógrafos, e suas covinhas aparecem, tornando-a ainda mais irresistível. Eu a observo, hipnotizado, enquanto ela se aproxima de mim. Ela não é apenas uma mulher bonita; ela é a personificação da beleza, do desejo e da perfeição. Não acredito que estou apaixonado por ela... Nossa eu estou muito lascado.

Hotel Hichello, Paris7 de agosto de 1997, 23:02

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Hotel Hichello, Paris
7 de agosto de 1997, 23:02

   — Uma carne assada e uma caipirinha, por favor — Jess murmura, deslizando para o assento ao meu lado — O lugar para onde estamos indo, tem comida boa? Estou com uma fome! — ela murmura desanimada. Ela está tão cansada, tem me acompanhado para todos os lados.

   — Tem sim — respondo num sussurro, enquanto rabisco um autógrafo numa foto para um fã que a enfiou pela janela do carro.

   — Tem sim — respondo num sussurro, enquanto rabisco um autógrafo numa foto para um fã que a enfiou pela janela do carro

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   — Agora você me deixou curiosa, qual é o destino? — ela pergunta, um brilho de empolgação nos olhos. A tristeza dela se esvaiu em um instante. Como ela faz isso?

   — Vamos a um restaurante bem peculiar — digo, mantendo a voz tranquila enquanto devolvo a foto autografada.

   — Um lugar que vai marcar sua memória — prometo com um sorriso.

   — Mesmo? — Jess se anima, a curiosidade iluminando seu semblante — Você sempre tem um ás na manga.

   — É o que eu faço de melhor — digo em um tom convencido e bem humorado que a faz rir.

Ponte Alexandre III, Paris
8 de janeiro de 1997, 02:38

   Abro a porta para Jéssica, que desce do carro elegantemente com seu vestido preto e um belo decote, e seus cabelos ondulados recém-lavados voam suavemente graças ao vento frio que sopra. Tiro a máscara cirúrgica preta que estava usando e a coloco no bolso. Ainda com meus óculos escuros, caminho lado a lado com Jéssica até chegarmos perto da ponte Alexandre III. Ela franze o cenho, mas não para. Começamos a atravessar a ponte até chegarmos ao meio dela. Lá, temos uma mesa redonda com uma toalha vermelha. Os três melhores chefs de cozinha da França estão cozinhando para nós ao ar livre, e seus assistentes estão prontos para nos servir durante toda a madrugada, se necessário. Eu fechei uma das pontes mais famosas do mundo por ela.

   Ela olha ao redor, incrédula. As velas tremulam ao vento, lançando sombras dançantes sobre a toalha vermelha e iluminando os rostos concentrados dos chefs. O aroma dos pratos sendo preparados ao ar livre se mistura com a fragrância do rio Sena.

   — Você fez tudo isso... por mim? — Jéssica pergunta, sua voz uma mistura de incredulidade e admiração.

   — Cada vela, cada flor, cada prato que será servido... — respondo, segurando sua mão com carinho — É uma noite para celebrar você, a beleza de Paris e o nosso tempo juntos — falo baixinho para ela.

   Os chefs se aproximam, nos cumprimentam com um aceno respeitoso, e um deles se aproxima, apresentando o menu da noite com um orgulho evidente em seu sorriso.

   — Esperamos que desfrutem de uma experiência gastronômica inesquecível — diz o chef, antes de retornar à sua estação.

   Uma criança incrivelmente talentosa começa a tocar uma das músicas de Chopin ao piano. Jéssica traz sua mão até a minha e a aperta. Seu sorriso é impagável.

   — Isso é... incrível. Você sempre sabe como me deixar sem palavras — ela murmura enquanto ainda observa cada detalhe, e eu posso ver a luz das velas refletida em seus olhos.

   — Tudo o que eu fizer por você não será suficiente para demonstrar a intensidade do meu amor — admito em um murmúrio, e ela vira toda a sua atenção para mim, como se eu tivesse lançado uma bomba em seu colo — Sim, Jess, eu te amo. Você não ouviu errado — suspiro — Sou completamente apaixonado por você. Esses meses juntos, você me acompanhando na HIStory Tour, compondo comigo, gravando, têm sido incríveis para mim. Você é uma mulher maravilhosa, e eu adoraria ter a chance de te fazer feliz como você me faz apenas com sua presença.

   Jess olha para baixo e, em seguida, para mim. Seu semblante não me dá nenhuma pista do que ela está pensando nesse exato momento. Ela tira sutilmente sua mão da minha e continua me encarando. Coloco-me à sua frente, ajoelho-me e levo minha mão até a dela novamente.

   — Jess, quer namorar comigo? — pergunto em um tom claro e calmo. Ela se ajoelha à minha frente e acena positivamente com a cabeça.

   — Sim — Jess deixa escapar de seus lábios enquanto seus olhos se inundam — Pensei que estava ficando louca — ela balbucia — Ainda bem que não estou sentindo isso sozinha — diz entre risos, enquanto limpa suas lágrimas.

   — Mulher, não precisa chorar de fome! Vamos jantar! — digo em um tom descontraído. Levanto-me e a ajudo a ficar de pé. Jess odeia chorar, se eu posso evitar, então, porque não? — Uma caipirinha para esta mulher, por favor — acompanho-a até a mesa e nos sentamos lado a lado. Ela ainda está rindo das minhas gracinhas, e eu estou sentindo meu coração ficar leve por finalmente confessar o que sinto por essa mulher espetacular, a quem prometo proteger os sentimentos e o coração com a minha vida.

The Girl Is MineOnde histórias criam vida. Descubra agora