Michael Jackson
Rancho Neverland, Los Olivos
29 de setembro de 1997, 22:23Com um sorriso nos lábios, encaro Jéssica aos prantos dizer ao telefone que Petra precisa de cuidados e que a deixasse ir cuidar dela. Enquanto isso, uma música de circo toca sutilmente em minha mente. Michael, Michael, você tem que parar de se meter nessas coisas.
— Senhor Jackson — Dayse murmura para mim — Telefone para o senhor, passei para o telefone do seu quarto!
— Muito obrigado, Dayse! — respondo entre risos nervosos. Olho para Jéssica uma última vez e saio do escritório. Em passos firmes e raivosos, caminho até as escadas. Subo as escadas com a raiva petrificada em meus pés.
Ao chegar no quarto, caminho até perto da cama e atendo o telefone. É Daniel. E a voz dele não está nada boa. Ele está chorando.
— Nem precisa me contar nada, eu já sei — suspiro — O que você quer fazer agora? — pergunto para ele, que continua chorando, então, eu espero até ele conseguir respirar e me dizer. Sem dúvida alguma ele terminou com ela. Dan é um homem emotivo e muito caridoso, mas essa situação é demais, até mesmo para nós dois.
— Acho que devíamos largar tudo e nos casar — ele fala entre lágrimas, me fazendo rir.
— Também acho — digo entre risos — Foi muito feio? — pergunto para ele, que apenas volta a chorar.
— Não — ele fala entre soluços e lágrimas — Eu só peguei as minhas coisas e fui embora — Dan tenta se acalmar — Mas, claro que conversamos por um curto período — ele respira fundo.
— Não sei se vou ser tão tranquilo assim — dou uma risadinha — Estou fervendo de raiva, Dan. Tudo o que eu quero é agarrar os cabelos dela, beijá-la e mostrar que posso ser melhor que ela, mas nós sabemos que não tem como ser melhor que Petra Pritchett.
— É — ele volta a chorar — Mas, vamos ficar bem. Concentre sua raiva em outra mulher quando vocês terminarem, sexo com ela só vai te prender mais e mais — ele fala entre soluços — Eu vou fazer isso também, mas com calma.
— É o Dan? Ele está bem? — Jéssica pergunta com uma voz baixa e calma. Olho para ela, que está em pé na porta. Ela está soluçando e seu rosto está vermelho feito uma pimenta.
— E você ainda pergunta? — digo em um tom mais alto e forte do que eu planejava.
— Te ligo depois, vou para Itália, te vejo em Veneza — Dan murmura do outro lado da linha antes de desligar.
— Michael, eu não estou entendendo — Jess diz entre sussurros, com uma cara de ofendida. Coloco o telefone de volta no gancho e viro minha total atenção para ela.
— Não está entendendo? — minha voz sai mais fria do que eu esperava — Você está chorando por Petra, Jéssica! A mesma Petra que partiu o seu coração quando se separou de você. Você sabe o que isso significa para mim? Significa que você ainda está presa a ela. E eu? Onde fico nessa história toda? — Jéssica arregala os olhos, surpresa com a minha explosão.
— Michael, você sabe que isso não é verdade. Eu estou preocupada com ela porque ela passou por uma cirurgia complicada. Isso não significa que eu ainda a amo como mulher — ela tenta explicar mas, pra mim está tão claro.
— Não significa? — dou um passo em direção a ela, sentindo o calor da raiva crescer dentro de mim — Então, por que você está tão abalada? Por que cada vez que ela está em apuros, você se esquece de tudo e de todos ao seu redor, inclusive de mim?
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The Girl Is Mine
FanfictionPetra Pritchett, a mulher mais poderosa do mundo, comanda o Departamento de Segurança dos Estados Unidos com determinação e coragem. Ela não se limita a dar ordens de um escritório, mas faz questão de estar na linha de frente das missões mais perig...