parte 8

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Nesse capítulo serão apresentados novos personagens*

Cíntia narrando

Oi, me chamo Cíntia Monteiro, tenho 29 anos e sou casada com Ataíde monteiro, que é médico.
Vou contar um pouco sobre minha história.

Antes de me casar com o Ataíde, eu era só a filha da empregada da casa dele, mais como eu frequentava bastante a casa dos monteiros, por causa da minha mãe, eu e Ataíde nós apaixonamos.

De início ficamos com medo de falar sobre os nossos sentimentos para os pais dele, eles poderiam pensar que eu estava interessada apenas no dinheiro e no nome da família monteiro.

E foi dito e feito, eles não gostaram nada quando souberam do nosso relacionamento, principalmente a tia dele, Dona Joana.

Apesar de toda adversidade, nossos sentimentos foram maiores, e acabou que deu tudo certo, nós casamos e eu passei a ser bem tratada pela familia dele, exceto pela dona Joana que sempre me tratou com desprezo por eu ser filha de uma empregada.

O início do meu casamento foi um verdadeiro Sonho, quando nós casamos, eu tinha 19 e ele 24.

Passados 2 anos, recebi a notícia de que seria mãe. Ataíde e eu estávamos muito felizes com a chegada do nosso bebezinho, mas não sabíamos da tragédia que arrancaría a felicidade das nossas vidas.

Um acidente de carro, levou o meu bebezinho , e não só isso, nunca mais eu poderia engravidar novamente.

Eu fiquei muito abalada, ser mãe era meu sonho.

Depois de algum tempo eu comecei a aceitar a trágica realidade: eu nunca poderia dar um filho para Ataíde.

Por esse motivo, eu quis optar para a adoção, mas meu marido não recebeu muito bem essa ideia. Ele não gostava muito da ideia de criar um filho de um desconhecido.

Sempre que eu insisto nesse assunto, nós acabamos brigando.
Mas já que meu ventre está impossibilitado de gerar vida, eu queria dar todo esse meu amor a uma criança que precise. Por isso não vou desistir de insistir com esse assunto.

....

Cíntia narrando

É de manhã e eu estou ajudando a Filomena, minha empregada a preparar a mesa para o café da manhã, quando meu marido entra na sala.

Bom dia querida - ele diz vindo até mim pra me dar um beijo.

Bom dia - eu respondi sem ânimo.

Porque essa cara logo cedo Cíntia? - ela fala me olhando fixamente.

Você sabe - eu falei.

Cíntia, por favor não vamos começar de novo, está cedo demais para discussão- ele responde esfregando os olhos enquanto a Filomena serve o café dele.

Para você nunca é hora pra falar sobre isso. Você sempre me enrola e deixa pra depois. - eu respondi virando os olhos.

Bem, eu já vou. Não quero discutir. - Ele fala e se levanta da cadeira e vai até mim pra me dar um beijo, mas eu viro o rosto e faço uma cara feia.

Assim que ele sai eu me arrumo e vou visitar a minha mãe. No caminho para casa dela, eu estou parada no semáforo e vejo uma mulher com o seu bebê e começo a lembrar daquele acidente horrível que mudou minha vida.

Como estaria meu filho agora, se ele não tivesse morrido?  Teria Oito anos ....- eu sussurrei enquanto uma lágrima escapava.

Depois de passar na casa da minha mãe, eu fui até a clínica do meu marido que estava no horário de almoço.

Entro no hospital e vejo a clara na recepção.

Olá clara, meu marido está com paciente agora? - perguntei.

Olá dona Cíntia, ele esta livre agora. - ela responde.

Quando eu estou quase entrando na sala do meu marido e vi que ele estava conversando com a tia dele e fiquei escutando a conversa.

Ah, Ataíde, sabe estés dias eu estive conversando com a Maria, mãe da Suelen, você se lembra dela? - ela fala.

Sim, tia como poderia me esquecer se a senhora faz questão de me lembrar dela sempre? - ele fala

Ela está grávida, é na verdade ela já tem 2 filhos, mas ele foi abençoada mais uma vez.
Particularmente eu acho os filhos dela lindos, assim como a mãe deles. Você já pensou que eles poderiam ser seus se você tivesse me escutado naquele tempo ne ? - ela diz.

Tia. Por favor não comece tá? - ele fala.

Bem, se você tivesse me ouvido poderia ter uma família linda agora, mas você preferiu casar com aquela sem sal, agora tá aí com esse problema.

Após ouvir essa conversa, eu não consegui me conter. Saí correndo da hospital, entrei no carro e pedi pro motorista voltar pra casa.
Fazia muito tempo que eu já vinha aguentando essa mulher, ela adorava passar na minha cara a minha situação. Minha relação com o Ataíde já não estava boa e agora estava me sentindo um peso inútil pra vida dele.

Filomena, vem aqui por favor. - eu falei em meio as lágrimas.

O que aconteceu sinhá?! - ela pergunta assustada.

Me ajude a encontrar minha mala, aquela pequena por favor! - respondi.

Porque sinhá, vai viajar ? - ela pergunta.

Eu quero ir embora! Não aguento mais essa situação! - falei jogando algumas mudas de roupa na mala.

Sinhazinha, não faz isso não! O que q eu vou dizer pro sinhô Ataíde? - ela fala.

Sei lá fala qualquer coisa - eu falo com olhos os marejados.

Mas pra onde a sinhá vai?- ela pergunta

Pra casa da minha mãe - eu falo e vou embora .

Mermã do céu! - ela põe a mão sobre o coração, assutada.

....
     

Mermãs vocês tão gostando da história?
O que será que vai acontecer?

Minha lua - O Milagre da noite de luarOnde histórias criam vida. Descubra agora