Felipe narrando.
Então eu passo na sua casa às seis, ok? - Falei esperançoso.- tudo bem então, até! - desliguei o telefone. - Ah ela aceitou! - faço uma dancinha. - que bela tarde não é, Dona Eulália?! - pego em sua mão convidando-a a se juntar a minha dança.
Felipe, para com isso, tá me atrapalhando! - A senhora que conduzia a panela ao fogão diz. - Qual o motivo para toda essa alegria? - ela volta a atenção a panela.
Ela aceitou Mamãe, ela aceitou! - pareço uma criança abrindo seu presente de natal.
Que conversa é essa Lipe? Aceitou o que menino?? - ela se volta em minha direção.
Eliete, finalmente aceitou meu pedido para jantar. - me encosto na mesa.
Ela ri. - Bom, não é como se ela tivesse aceitando um pedido de casamento. - Experimenta o caldo.
Mas depois que tanto pedi, é como se fosse. A senhora acredita que minha beleza natural e encantadora não foi o suficiente desta vez? - falo.
Isso significa que ela tem juízo! - Continua rindo.
Bom mainha, eu já vou la me arrumar. - Dei-lhe um beijo na testa.
Vai lá menino. E ó - ela me aponta a colher. - juízo heim?
Que isso mãe, Sr. Cícero de Souza criou um cavalheiro. - me retirei da cozinha.
Assim espero! - escuto sua voz de longe.
...Não esperava que minha alegria repentina fosse cessada assim tão de repente por causa de uma caixa.
Fui bombardeado com infelizes lembranças ao reencontra-la.
Quem diria que um objeto tão pequeno me deixaria assim. - pego a aliança que antes tinha tanto significado para mim e para A... - Não sei por que não joguei fora antes. - jogo-a no lixeiro.
Depois de ontem, tudo que menos queria era lembrar de Alessandra. Principalmente quando decidi me dar uma nova chance, e , novamente acreditar no amor.
Paixão adolescente, é assim que quero me lembrar dela daqui por diante. A alguns anos atrás, ainda na flor da juventude, Apaixonei me por ela — não me orgulho nada disso — Ignorei todos os sinais que a vida me deu, de que ela não era pra mim. Pois, enquanto meu plano era casar e construir uma família, ela só me queria como passa tempo. Queria mais era curtir a vida, dizia ser nova demais para se "amarrar" .
Meu pior erro foi ter me entregado de todo coração a ela. Eu realmente achei que ela mudaria algum dia. Como errei.
Sempre odiei o fato dela ser uma "metamorfose ambulante" e nunca conseguir sustentar nada a longo prazo. Foram inúmeras as vezes que eu lhe deu chance para mudar, coisa que ela sempre me garantia que faria, mas...
O que passou, fica no passado. - sacudi a cabeça, na tentativa de esquecer as lembranças. - vamos lá. - suspirei. Pego as chaves do carro, para seguir para o meu "talvez" novo futuro.
Por que todo esse atrasso? - olho o relógio pela 10ª vez. Seria melhor se ela tivesse aceitado que eu a fosse buscar. Mas ela insistiu em vir de táxi. - já estou aqui há quase 40 mim. - sussurro ao conferir o relógio enquanto me arrumo na cadeira.
De repente, alguém chega por trás e cobre meus olhos. Um alívio toma meu interior. - Que bom, ela não me deu bolo!
Adivinha quem é? - aquela voz faz meu alívio torna-se dor.
O que faz aqui? - me viro em sua direção. - ela me olha com um sorriso. É incrível a capacidade que ela tem de agir como se nada tivesse acontecido, depois de fazer besteira.
Feliz em me ver, Lipe? - ela se senta na cadeira a minha frente.
Como me encontrou? Esta me seguindo? - refletia minha fúria nas palavras.
Não! Eu... Eu tava passando quando por coincidência te vi. Nós precisamos conversar. - coloca a sua mão sobre a minha.
Não temos nada para conversar. -Me levanto bruscamente.
Lipe! - ela vem correndo em minha direção. - preciso que me escute! - me tenta impedir de ir. Não respondo, apenas continuei a caminhar para a saída, enquanto ela segue meus passos a fio.
Por favor, não vai... - o tom de sua voz me leva a concluir que ela está prestes a chorar.
Caminho até ela de volta. - O que você quer? - tento disfarçar a dor do meu interior.
Te pedir perdão...- ela fala quase sussurrando.
Desdenho.
Eu sei, sei que te causei muita dor, por todas as minhas escolhas. - ela começa a chorar. - mas? Me dá mais uma chance, eu prometo...
Me poupe dessas suas promessas vazias. Não sou mais um adolescente que está pronto a perdoar suas bobagens e correr atrás de você, como naquele dia no aeroporto. Te implorei pra não ir, e mesmo assim você foi. - uma lágrima tenta escapar, mas me recuso a dar esse luxo a ela. - prometi que nunca me humilharia assim de novo, não por você.
Dessa vez eu vou mudar de verdade, eu... - coloca as mãos sobre meus ombros e neste instante, percebo uma Jovem de cabelos lisos e negros, óculos redondos dando um brilho especial ao seu rosto. Que ótimo momento para ela chegar. Ela saí correndo após contemplar aquela cena.
Tiro as mãos de Alessandra de mim. - Nunca mais me procure. - vou correndo atrás de Eliete.
Procuro por ela, até avista la sentada num banco de praça.
Eliete, sei que o que você viu pode ser um pouco confuso, mas me deixa explicar. - falei com medo de sua reação.
Então diga. - ela fala num tom calmo, ainda que com dor no olhar, contrariando minhas expectativas.
Me dispus a contar toda minha história com relação a minha ex - futura esposa. Me pareceu um pouco estranho falar sobre isso logo no primeiro encontro, mas confesso, precisava tirar essa coisa de "dentro".
Ela também se dispôs a contar sobre seu relacionamento anterior, e, parece que temos muito em comum. Dois corações destroçados querendo se reconstruir.
Bom, podemos escolher outro restaurante, se quiser. - proponho.
Não. - ela olha ao redor. - podemos comer por aqui mesmo. Não preciso de um lugar chique pra ser uma boa companhia. - ela fala com um sorriso.
Meu Deus, é ela! - pensei comigo.
Capítulo está um pouco diferente hoje né?
Pra flr verdade nem sei por que inclui a história deles aqui. (Ksksks)
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Minha lua - O Milagre da noite de luar
SpiritualLua é uma garota que perdeu os movimentos das pernas quando pequena.Depois da morte da sua avó ela vai morar em um orfanato onde passa seus dias sonhando em fazer parte de uma linda família. Por outro lado, Cíntia Monteiro sonha em ser mãe, porém é...