Confissões desesperadas

181 22 13
                                    

"Seus olhos me deixam em dúvida se o céu,
Fica realmente lá em cima."

O pedido deles chega, e Hana vira o copo de uma vez, sentindo o ardor familiar passar pela sua garganta.

Mun se levanta, vai até o bar e pede uma garrafa de água. Ao retornar, percebe o olhar de reprovação de Hana, mas decide ignorar, mesmo que se sinta um pouco patético aos olhos dela.

Jeok-bong, já envolto pelo álcool, se levanta e diz alto por causa da música:

— Eu vou dançar! Quem vem?

Woong-min e Joo-yeon se levantam animadamente e seguem Jeok-bong escadas abaixo, para o meio das pessoas que se mexem como bonecos.

Hana então se aproxima de Mun com um copo cheio de uísque e diz, colocando-o na frente do rosto dele:

— Não quer? É bom, você vai gostar.

Ela estava obcecada em ver ele sair de sua rigidez, por alguma razão.

Mun revira os olhos e responde:

— Não, obrigado.

Hana bufa e sussurra provocativamente no ouvido dele, causando arrepios com seu hálito, quentura e cheiro de cereja:

— Para de ser tão certinho...

Mun vira o rosto para ela, ficando a centímetros de distância, e responde:

— Eu gosto do meu jeito de viver, Hana. Sinto muito se pareço patético por isso.

Hana ri e diz:

— Ah, não é patético... eu até acho legal — confessa ela.

Mun vira o rosto para ela, mas Hana já está mais distante, virando mais um copo. Em seguida, ela abre o primeiro botão da blusa e desce para a pista de dança sem dizer mais nada.

Ela quer esquecer o sonho que teve, por isso pediu algo que não costuma beber várias vezes, e com a música alta, ela se envolve apenas no momento. Homens se aproximam dela, mas Hana não vê nada especial neles e sempre os dispensa.

— Qual é o seu nome? Deixa eu te pagar uma bebida.

Hana fecha a cara e responde:

— Não, obrigada.

Ela percebe então que nem na pista de dança encontra o sossego que sua mente precisa, então decide subir. Joo-yeon, Woong-min e Jeok-bong já haviam voltado. Jeok-bong então propõe:

— Vamos jogar o jogo da garrafa. Quem não responder às perguntas, vira o copo.

Todos aceitam entusiasmadamente, mas Mun sabe que se jogar, terá que responder a todas as perguntas, ou então terá que beber, e ele não quer isso.

Jeok-bong gira a garrafa e pergunta a Joo-yeon com um sorriso malicioso:

— Você gosta de alguém?

Joo-yeon fica envergonhada com a pergunta, especialmente ao perceber a curiosidade de seu irmão mais velho pela resposta.

— Sim, eu gosto — responde ela.

Nesse momento, uma onda de ciúmes passa por Mun e Woong-min. A garrafa gira novamente, e é a vez de Hana perguntar a Woong-min:

— Então... você gosta de alguém daqui?

Woong-min olha ao redor e então pega o copo, virando-o de uma vez e fazendo careta.

Todos riem, percebendo que a pessoa que Woong-min gosta está presente na roda, o que deixa Joo-yeon pensativa.

A garrafa gira novamente, e Mun pergunta a Hana. Na realidade, ele não sabe o que perguntar. Tem várias coisas que ele gostaria de saber, mas nada apropriado para o momento.

— Não tenho o que perguntar — responde ele.

Hana então toma a frente:

— Ótimo, eu pergunto.

Mun assente, curioso sobre o que ela vai perguntar.

— Bem, eu gostaria de ouvir o que você pensa sobre mim. Apesar de eu saber, quero ouvir de você... — diz Hana.

Ele não sabe exatamente o que ela quer ouvir, então diz o que qualquer um diria:

— Acho você uma excelente caçadora e... uma louca. — sorri de seu próprio comentário.

Hana ri também, e os olhares dos dois se encontram por milésimos de segundos, antes de Jeok-bong retomar o jogo. E dessa vez ele pergunta a Hana:

— Quem você mata, beija e casa da roda?

Hana dá um sorriso malicioso enquanto olha diretamente para So Mun e declara:

— Mato você, Jeok-bong, beijo o Mun, e caso com ele também... — ela diz,sorvendo sua bebida ao mesmo tempo.

Mun fica vermelho e Hana ri por isso, enquanto Jeok-bong fica chateado pelo fato de ela o "matar".


Jeok-bong, ao girar a garrafa, tapa o nariz e diz:

— espírito maligno!

Hana olha para ele e percebe que não conseguiu sentir antes dele, o que é estranho.

Os jovens se levantam e seguem Jeok-bong. Assim que chegam na parte de trás da boate, do lado de fora, Mun se posiciona na frente de todos, pois sabe que nenhum está com os melhores reflexos.

O espírito é o mesmo jovem que Hana tinha rejeitado dentro da boate, e é apenas um nível 1.

Mun usa sua psicocinese para puxá-lo, e os dois trocam socos por alguns segundos. O espírito tenta alcançar Hana, mas Mun segura o braço dele, joga-o no chão e começa a invocar.

Ao terminar, ele se levanta e diz a todos:

— Para o carro, todo mundo. Vamos para casa.

Todos assentem e entram no carro. Hana se senta no banco do passageiro ao lado de Mun, enquanto ele dirige.

Hana olha pela janela, pensativa sobre como não sentiu o espírito e como sua vontade de acabar com aquele desapareceu. Ela estava sem reação. Se Mun não tivesse pegado ele, Hana teria sido atacada, pois seu corpo estava paralisado.

Prévia do próximo capítulo:

— Hana, eu disse algo errado?

Hana ergue o rosto para encará-la e diz com um sorriso falso:

— Não, nada errado. Só não precisam fazer nada.

— Ah, minha querida, aniversário é uma data especial. Sei que vai gostar.

Oii espero que tenham gostado do capítulo! Comentem pliss, amo ler seus comentários.
Até breve!

Lágrimas Do Destino Onde histórias criam vida. Descubra agora