Somos irmãs

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"Quando lhe falo dos meus problemas,
Não estou reclamando,
Estou confiando em você."

Mun para o carro e olha para Hana ainda paralisada no banco do carro. Ele tira o cinto e pergunta:

— Noona, você está bem ?

Hana apenas assente e sai do carro. Já Mun tem que cuidar de três jovens dorminhocos do banco de trás.

Já de manhã, os quatro estavam tomando sopa para curar a ressaca, e Mun estava completamente bem. Senhora Chu entra na cozinha e diz sorrindo para Hana:

— Hana, eu soube pelo além que seu aniversário é em dois dias. Pensei em comemorar.

O som da colher de metal faz um barulho estridente ao cair na mesa. Todos olham para Hana, que mantém seus olhos na sopa. Senhora Chu fica preocupada:

— Hana, eu disse algo errado?

Hana ergue o rosto para encará-la e diz com um sorriso falso:

— Não, nada errado. Só não precisam fazer nada.

— Ah, minha querida, aniversário é uma data especial. Sei que vai gostar.

Hana engole em seco. Não quer dizer a verdade, mas também não quer ser grosseira. Apenas esboça um sorriso falso e sai da cozinha. Mun, apesar de querer manter distância de Hana e de seus assuntos, não consegue controlar suas pernas e, quando percebe, está no terraço, observando Hana chorar silenciosamente debaixo de um céu nublado, que em breve derramará uma forte tempestade.

Ele não sabe o que fazer, mas percebe que seu lugar de conforto virou o lugar de conforto dela. Mun se aproxima e Hana olha para ele, enxugando as lágrimas e fungando rapidamente.

Mun se senta ao lado dela no chão e pergunta, com cuidado:

— Quer conversar?

Hana olha para ele, um misto de surpresa e desconfiança em seus olhos.

— Por que conversar logo com você? — ela questiona.

— Não sei. Estou levemente preocupado e, apesar de não saber confortar as pessoas, pois sempre me confortam, quero tentar.

Hana sorri de leve, uma expressão de tristeza ainda pairando em seu rosto.

— O que eu te contar não deve sair daqui.

— Claro, só confie em mim.

— O motivo de eu ter entrado em coma foi que no meu aniversário de 18 anos, minha família morreu... meu tio envenenou a gente no bolo de aniversário. Se eu soubesse... — lágrimas caem — nunca teria permitido isso. De alguma forma, eu sabia que meu tio queria se livrar de mim e da minha família. Estávamos dando trabalho, sendo um peso morto... naquele dia eu estava feliz. E agora, eu só não quero comemorar o meu aniversário. Eu odeio o meu aniversário.

Mun ouve atentamente, sentindo o peso da história dela.

— Sinto muito, noona. E essa comemoração não vai acontecer.

— Já disse para não contar.

— Eu não vou, mas essa comemoração não vai acontecer.

Lágrimas Do Destino Onde histórias criam vida. Descubra agora