12 - Luzes da cozinha.

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Reclamar da minha vida seria hipocrisia, se levar em consideração o quão feliz ela tem sido desde que tive Nicollas de volta. Seria ingratidão depois de todas as vezes que Nicollas me protegeu em seus braços e cuidou de mim quando precisei dele.

Quando soube que Hallana tinha recebido alta, meu sorriso foi tão largo que tirei risadas de Nathalie e de Nicollas.

Nathalie foi buscar Hallana, e trouxe ela pra minha casa, eu corri pra abraçar ela assim que a vi passar pela porta, e a ouvi gargalhar e me abraçar de volta

— Senti saudades, Lana. — Ela me apertava

— Sei que sentiu, meu bem. — Eu ri baixinho, e me afastei dela, sabia que ela já tinha matado a saudades de Nathalie quando senti o perfume dela em sua camisa. — Mas estou aqui agora, não estou?

Nathalie nunca foi otimista, sempre imaginava o pior. Talvez ela tenha esquecido o lado pessimista depois de conhecer Hallana. Era impossível tê-la por perto e imaginar que algo daria errado. Admirava isso nela.

Chegamos a conversar bastante sobre tudo, nos perdemos em diversos assuntos e histórias. Posso admitir que matei a saudade que estava dela.

Nathalie havia saído de carro com Hallana, provavelmente para a levar em casa. Fiquei sozinho com Nicollas.

— Viu só? Ela está bem. Sem nenhum arranhão. Nathalie disse que ela está bem melhor. Que está ótima. Eu falei pra você que tudo iria melhorar, não falei? — Ele me abraçou.


Após algumas semanas, tudo estava do jeito que estava antes. Nada mais com o que se preocupar. Nathalie e Hallana estavam na cozinha, Hallana estava fazendo o café da manhã.

Nathalie a abraçou por trás, com sua cabeça encostada no ombro da mais nova, beijando seu pescoço. Hallana não se assustou, ouvindo os passos de Nathalie antes dela se aproximar, e conhecendo a namorada que tinha.

Hallana deixou o que fazia de lado, se virando de frente pra Nathalie, enquanto a olhava com um olhar repreensivo, mas que Nathalie sabia que não passava de um mentirinha dela pra manter sua pose. Nathalie sorriu de canto, Hallana a puxou pra perto pela argola de sua camisa.

— Quanto tempo faz que a gente não... — Nathalie começou.

— Seis meses. Ou cinco. Por aí... — Hallana era rápida quando o assunto era Nathalie, e em um piscar de olhos, a morena estava sentada no balcão da cozinha, que não tinham se dado nem o trabalho de acender as luzes, já que a luz das janelas iluminava toda a casa durante a manhã.

Nathalie estava entre as pernas de Hallana, suas coxas grossas apertando sua cintura, trazendo a mais velha pra mais perto. Nathalie colocou os cabelos de Hallana — que estavam em seu rosto — atrás de sua orelha, e começou a beijar seus lábios, matando a saudade que sentiu.

— O quão sensível você está, Hallana? Seis meses é muita coisa. — Nathalie susurrou, contra os lábios da mais nova. Ela sorriu de canto.

— O quanto você acha? Não é como se eu estivesse lhe impedindo de descobrir. — A morena deu um sorrisinho, e teve seus lábios tomados pela mais velha, que começou a beijar ela lentamente, enquanto tinha mãos bobas por seu corpo.

De fato, não surpreendeu Nathalie quando suas mãos desceram até sua intimidade, e a calcinha que Hallana usava estava encharcada. Após passar a metade de um ano sem ter sido tocada, apenas um beijo lento e demorado e as grandes mãos de Nathalie sobre sua bunda e seu peito, a deixariam completamente molhada.

Nathalie adorava tocar Hallana quando estavam em locais inapropriados, encima do balcão da cozinha parecia ser uma boa opção, mas Nathalie sorriu um pouco mais largo quando ouviu a mais nova sussurrar em seu ouvido com aquela voz baixinha e tímida

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