— Você acha, meu amor? Porque isso? — Eu digo, limpando as lágrimas, mas sabia que ele já imaginava que eu estava chorando
— Não sei. Só acho ele falso. E forçado. E ele fica sempre tentando me abraçar e fazer carinho, eu me sinto um cachorro. Não gosto disso. — Ele dizia, olhando a janela. Vi um sorrisinho de canto nos lábios de Nicollas, que começou a dirigir até em casa.
— Dê um desconto, amor. Ele não sabia que você não gostava. Lavínia é bem afetuosa e ama abraços e carinho. Ele sugeriu que você fosse como ela. Ele não imaginava. Tenho certeza que não foi de propósito. — Eu digo, e vejo Nathan ficar em silêncio
— Ele não deveria pensar que sou como ela. Tipo, eu sou eu, ela é ela. Eu não gosto que me comparem com ela. Sem querer ofender. — Ele diz, mais baixo.
— Ah, meu amor. Eu sei disso. Vocês dois são muito diferentes. Mas vocês se parecem bastante fisicamente. Se não fosse pela altura, todo mundo pensaria que são gêmeos. Por serem irmãos e serem criados com as mesmas pessoas, talvez ele pensou que tinham algo parecido sobre a personalidade. Mas não fique chateado por isso, tudo bem? Ele não fez por mal.
— Bom, independente. Quase todo mundo que a Lavínia gosta, no final é gente ruim. E ela gosta do Anthony num nível absurdo. — Eu não sabia se ficava feliz ao ver Nathan falando tanto, quando normalmente passa dias sem falar uma palavra sequer, ou se me chateava com a situação
Nathan odiava falar, pra estar gastando palavras com essa opinião.
— Entendi. — É tudo que digo.
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— Filho, cadê o homem mais bonito do mundo? — Escuto Nicollas dizer, olhando pra Nathan, que riu, olhando para onde eu estava
— O papai? Eu só não digo que ele se escondeu atrás da porta, porque gosto dele. — E Nicollas sorriu de canto, passando a olhar pra porta.
Eu bufei, saindo de trás da porta e correndo em direção ao quarto, mas assim que passei ao lado de Nicollas, ele me segurou pela cintura, me olhando de cima a baixo.
— Chega de correr e se esconder. Você precisa tomar o remédio. — Ele diz, apertando minha cintura com mais força, para que eu não fugisse. Quase deixei duas palavrinhas escaparem, olhando nos olhos de Nicollas.
— Tá, tá... Eu tomo o remédio. — Eu digo, tentando me soltar dele, que não largou minha cintura nem quando aceitei meu triste destino de tomar aquele maldito remédio.
Eu engoli em seco. E ele me levou pro quarto, já com o remédio encima da nossa cabeceira, me olhando com um sorrisinho no rosto, e eu rolei os olhos, bufando.
— Abre a boca. — Ele disse, e passou o polegar nos meus lábios. Eu abri a boca, pouco, e sorri de canto, colocando a língua pra fora. Ele fechou os olhos, e eu ri baixinho, o provocando. Ele bufou, apertando minha bochecha.
Eu passei a língua pelos meus lábios, o olhando de uma forma que meus olhos substituiam palavras, que ele sabia quais eram.
Me sentei em seu colo, o fazendo engolir em seco. Senti suas mãos descerem sobre meu corpo, uma delas adentrando minha camisa. Eu sorri mais largo, e comecei a me mexer em seu colo, devagarinho, enquanto o olhava nos olhos
Ele apertou minha cintura, forte, e me tirou de seu colo, eu bufei, rolando os olhos
— Nem vem, Nathaniel. Você vai tomar o remédio sim. Tente usar sua magia de sedução em mim outra hora. Agora, precisa tomar o remédio.
— Mas se eu tentar outra hora, você nem vai hesitar em ceder. Eu gosto de te ver se segurando.
— Não mude o assunto. Remédio.
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Caminhos entrelaçados: 2MPEJ.
RomanceDois motivos para estarmos juntos (2MPEJ) Como o primeiro livro da sequência, dando origem ao nome Caminhos Entrelaçados, "Dois motivos" é um livro que se trata de um romance entre Nathaniel Rodriguez e Nicollas Oliveira, ex maridos que se amaram de...