Ninjago AU - Eu (Não) Posso Ouvir Você (Greenflame)

⚘ CAPÍTULO V - Decisões Que Tomamos Às 3 Da Manhã ⚘

☽NOTAS INICIAIS☾

Primeiramente, queria pedir desculpas pela minha demora em postar (mesmo que só por dois dias), mas é que por questão de problemas emocionais privados,  não consegui ter cabeça para escrever essa fanfic. Mas já dei uma melhorada, então consegui voltar a escrever. Não tive tempo de revisar muito, então qualquer erro de ortografia ou erro de coerência grotesco, por favor, me avisem.

É isso, aproveitem o capítulo!

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Tudo seguiu-se normal.

Chegaram em casa e correram para a ferraria atrelada a casa por uma porta deslizante que saía da cozinha. Nya passou o dia contando aos pais como se divertiu, ao mesmo tempo em que contava decepção quanto ao pessoal em sua turma. As meninas que encontraram mais cedo ao irem para a escola, por exemplo, de acordo com ela, só sabiam falar sobre NSYNC e Justin Timberlake. Ela não esqueceu de mencionar como havia brilhando nas aulas, como tinha certeza que havia se tornado uma favorita de alguns professores, o que não era novidade, sempre foi a favorita deles. Claro, ela não esqueceu de contar sobre o clube de robótica e que se inscreveu para participar. Contou como era a sala, e era realmente um laboratório. Haviam robôs de verdade lá dentro, feitos por estudantes que já passaram pelo colégio ou que ainda estavam lá. Ouviu dizer que alguns, nas horas vagas, trabalhavam com isso fora da escola. Os computadores foram uma doação de nada mais que as Indústrias Borg, então seria tecnologia de ponta. O sorriso nos lábios dela enquanto contava alvoroçada era contagiante.

Entretanto, mesmo quando perguntado sobre seu dia, fosse pelos pais ou um cliente regular que o conhecia desde criança, sua resposta era a mesa, automática como um robô repetindo o que fora programado para dizer: "normal". Nya olhava-o de soslaio com certa decepção no olhar cada vez que ele respondia aquilo, de maneira que fazia a presença daquele garoto ruivo ser insignificante. Ela apenas continuou quieta, fazendo seu dever de casa, ao lado dele no balcão. Era algo tão bom, mesmo que uma pequena diferença na vida diária do irmão, que não conseguia pensar em porque ele não falaria pelo menos daquilo. Ou do tapa que levara na cara ao chegar na escola.

Ao contrário da irmã, Kai passava o dia anotando encomendas e ouvindo música no toca CD.

E então, no jantar, foi quando as atenções se voltaram para ele. Ficava sempre quieto quando voltava do primeiro dia, já era algo de se esperar, mas algo que Nya disse mais cedo fez com que os pais se atentassem a um pequeno e crucial detalhe:

— Quem é Jay? — Ray questionou.

— É um garoto da sala do Kai — Nya explicou, bebendo um gole de refrigerante.

Maya arquejou, colocando a mão na bochecha com uma expressão dramática de surpresa no rosto.

— Kai fez um amigo? — ela disse com a boca em um "O" perfeito.

— Inacreditável — Ray entrou na brinca

Kai respondeu com uma risada sarcástica, abocanhando o macarrão em seu kuaizi com um olhar desinteressado.

— É brincadeira — Maya apontou, levando sua mão ao cabelo do filho, que desviou, a fim de não estragar o penteado. — Mas conta como foi o seu primeiro dia.

— Normal — Ele deu de ombros.

— Mentira — protestou Nya, inclinando a cabeça para a frente.

— Foi normal, e você sabe.

— Não foi, simplesmente porque você não tem amigos e o Jay veio te agradecer.

Kai arregalou seus olhos em direção a ela, sentindo seu rosto drenar-se de qualquer gota sangue. Fodeu. Ele largou os kuaizi no prato, esperando a pergunta.