CONVERSA.

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ANNA

  - Só pode estar brincando não é Anna?

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- Só pode estar brincando não é Anna?

Nolan fala olhando para mim nervoso, até fico um pouco surpresa ja que ele é tão calmo. Seus olhos estavam escuros e me encaravam furiosos.

- Porque? Eu moro na favela, minha mãe e eu vamos ficar em nossa casa...

- Porque não vai logo bater na porta do Marcelo, ja que está praticamente se expondo para ele, facilite ainda mais, e vai de uma vez até ele.

A expressão de Nolan era tão raivosa que não consegui nem responder, eu não tinha pensado nisso, minha empolgação de ter minha mãe livre de novo, me fez esquecer esse psicopata, ainda mais depois que ele me disse que pagava alguém para poder entrar na favela.

- Você não vai sair de perto de nós Anna, nem pense nisso! - Nathan falou sério.

- Eu...

- Nem tente argumentar, doçura, não vai e pronto, nem que eu tenha que te trancar num cofre. - Nasser falou com seu tom de impaciência de sempre.

Olhei para ele com a sombrancelha arqueada me perguntando cade meu submisso de algumas horas atrás?

- Eu...

- Porque ainda está tentando argumentar abelhinha, você não vai sair de perto de nós, que parte disso está difícil de você entender? - Nolan ainda parecia bem irritado.

- Mas...

- Sério Anna, é sério que quer mesmo ficar exposta para aquele maluco?

Desta vez foi Nico quem me interrompeu, seu tom ainda era seco para mim.

- Eu posso falar?

Eu quase gritei exasperada, os quatro me olharam com suas expressões raivosas.

- Falar o que porra, você não vai voltar pra favela! - Nasser disse.

- Está bem, eu não vou, que saco, não me deixam falar!

- Fala então! - Nolan disse me olhando.

- Marcelo disse para mim que tem sempre alguem de olho em mim, sei que na favela ele paga alguém para poder entrar la, mas como ele sabe que estou morando com vocês, ele sabe da nossa rotina! - falei e agora os olhares de raiva que estavam sobre mim, deram passagem a preocupação, os quatro se entreolharam.

- Vamos nos mudar o mais rapido possível, vamos contratar novos funcionarios, não vamos levar nenhum daqui, aposto que um deles está sendo pago por aquele maldito!

Nathan estava furioso, mas não falou alto, talvez tenha ficado com resceio de alguns dos funcionarios ouvir.

- Por favor a Aline é muito legal e precisa do emprego, deixa ela ir? - eu pedi e os quatro me encararam de novo.

- Por favorzinho a Line é muito legal com a Nat!

Nat se junta a mim no pedido, nós duas olhamos para eles com o olhar cheio de esperança, como um cachorrinho pedindo carinho ao dono, duvido eles resistirem a isso.

- Ahh, vocês duas juntas é impossível negar algo! - Nolan resmunga e nós duas sorrimos, olhando para os outros irmãos.

- Mas são duas pestinhas mesmo! - Nathan me beijou.

- Nass? - olhei para ele que riu.

- Como se eu conseguisse te negar algo! - Nasser falou e eu olhei para Nico.

- Tanto faz! - ele fala seco novamente e se levanta da cadeira indo em direção a sala.

- O que deu nele? - Nasser indagou sem entender.

- Sabe que depois que ele regride, ele fica envergonhado e se fecha. - Nathan falou.

Eu olhei para o Nico na sala, sei que ele não se sente bem após regredir, mas ele não faz mal a ninguém a não ser implicar com seus irmãos, ele precisa entender que é algo que ele não pode ficar mal, ele precisa procurar um tratamento ja que isso o incomoda tanto, apesar de eu amar meu Nico neném, eu também amo o Nicolas divertido, alegre, carinhoso e extremamente safado do jeito que ele é, e só quero que ele fique bem.

Terminamos o café e fui até a sala, assim que sentei ao lado do Nico, ele se levantou e subiu e ouvi daqui a batida brusca da porta de seu quarto.

- Tem algo errado com ele? - Nasser falou.

- Vou falar com ele. - Nolan disse ao se levantar, eu segurei ele.

- Deixa que eu vou, ele está nervoso comigo e quero saber o porque?

Eu subi até o quarto dele, ao abrir a porta ele está deitado de barriga para cima, com o travesseiro no rosto, me aproximo da cama e me sento na ponta da cama, Nico tira o travesseiro do rosto, ao me olhar coloca de volta.

- Eu quero ficar sozinho por favor Anna?

Ele fala e eu deito por cima dele o abraçando, sinto o corpo dele se enrigecer.

- O que eu te fiz Nico? Eu te amo...

- Não diz isso, não diz que me ama Anna, você não ama!

Nico me colocou na cama e se levantou, eu fui até ele, quando ele deu as costas para mim.

- Eu te amo Nico, eu disse que te amo...

- Não você não disse para mim que me ama, disse para ele! - Nico falou alterado.

Eu olho para ele sem entender, agora pronto, ele está com ciúmes dos irmãos?

- Ele quem? Os seus irmãos? Eu os amo também!

- Não ama, você disse que me amava, mas não eu.

Eu olho para Nico e me pergunto do que raios ele esta falando, eu tento respirar fundo e ser calma com aquela conversa confusa.

- Nico eu te amo!

- Não ama, você ama o Nico maluco que regride e vira uma criança, você ama ele e não eu.

- Mas ele é você Nico!

- Não, não é, só uma aberração que tenho dentro de mim, graças ao meu pai, esse sou eu e não quero que fique comigo por causa da aberração que tenho dentro de mim.

- Não é assim que eu vejo você Nico, você não é uma aberração, quando você regride, ainda é você seu jeito carinhoso e brincalhão, e quando você está sem regredir ainda é o Nico criança, cheio de disposição, amoroso, pestinha, do jeito que eu amo.

- Sai daqui Anna, me deixa por favor!

- Nico... - eu abracei ele.

Nico estava chorando, e isso me deixava com o coração despedaçado, porque ele se via assim. Eu realmente amo ele, do jeito que for.

- Vai Anna, sai daqui! - Nico falou mais alto e eu fui para trás, nunca vi ele assim e me assustei um pouco.

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Espero que estejam curtindo a história!

Ajudem a autora deem uma estrelinha e comentem!

BOA LEITURA!!

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