PRESA

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ANNA

Abro meu olhos, dou um grito alto ao ver Marcelo na minha frente, olhando para mim sem parar, tento me levantar e noto que estou amarrada em uma cama

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Abro meu olhos, dou um grito alto ao ver Marcelo na minha frente, olhando para mim sem parar, tento me levantar e noto que estou amarrada em uma cama.

Olho ao redor e me vejo em um cômodo, praticamente vazio, apenas com a cama que estou e um pequeno guarda roupas, o local era bem velho, paredes com a tinta descascando e mofos por quase toda ela.

    — Cadê a minha mãe? — pergunto com minha cabeça ainda zonza.

    — Não me importo com aquela mulher, só me importa que eu consegui, finalmente eu consegui ter você, esperei tanto por isso.

Marcelo se deita por cima de mim, minha mente fica mais zonza ainda, aquele homem me causava uma repulsa tão grande que só sinto vontade de vomitar o tempo todo.

     — Me deixa em paz, seu maldito, desgraçado, eu odeio você, odeiooo!!!

Grito o mais alto que posso, realmente odeio Marcelo, quero que ele morra, eu quero matá-lo com minhas próprias mãos.

    — Pode gritar o tanto que quiser, amor. Onde estamos ninguém vai te ouvir — Marcelo sorri pra mim — adoro o quanto você é marrentinha, sabe que adoro, né?

Marcelo beija a minha boca, eu mordo o lábio dele, que se afasta um pouco e ri, ele encosta a testa na minha.

    — Eu te amo, Anna, te amo desde que sua mãe a levou na minha casa pela primeira vez, quando você socou a minha cara porque chutei aquele cachorro chato da minha mãe, eu soube ali, que você era minha, que não abaixava a cabeça para mim, como as outras faziam, meu desafio mais agradável, vamos ser muito felizes, meu amor!

    — Nunca vou ser feliz com você, não vou te amar nunca, prefiro que me mate, a ter que passar por aquilo de novo, tenho nojo de você!

Lágrimas rolavam por meu rosto, aquele velho maldito está com minha mãe, se juntou com esse verme, agora estou presa a esse imundo, fiquei tão desesperada com medo de machucarem minha mãe, que não pensei, só fiz as coisas, eu não ia encontrar o pai dos meninos no estacionamento, iria esperar os meninos chegarem, só não queria ficar presa na casa sem fazer nada, não imaginei nunca que esse verme, estava armando com o pai dos meninos.

    — Vai me amar, teremos a vida toda para isso — ele se levanta da cama, ficando de pé ao meu lado — amanhã iremos para o oriente médio, lá será nossa nova casa, vamos ser uma família, meu amor.

    — Onde está a minha mãe? — eu pergunto em desespero.

    — Relaxa que já vai vê-la, não vamos levar aquela maldita que quase me matou, amanhã vamos deixar ela para os Lambertt, será o consolo deles, a lembrança de você que terão, aquela maluca! — ele riu.

    — Porque não me deixa em paz, eu não gosto de você!

    — Foda-se, eu gosto de você e isso basta para mim.

Marcelo sai do quarto, eu deixo minhas lágrimas rolarem soltas, quero os meus namorados, eu nem disse que os amava hoje, vou ser levada embora por esse maluco, nunca mais vou vê-los, estava tão feliz com eles.

Todos eles me fazia tão feliz, o Nathan com seu jeito sério, autoritário, mas que continha tanto amor no coração, nos amava tanto que até se esquecia dele mesmo, o Nolan, sempre tão calmo, me amava mesmo eu o deixando de lado as vezes, sempre era compreensível comigo, nunca brigava comigo, eu  amo tanto ele, o Nass, aquele meu cavalo chucro era perfeito, me irritava atoa, me provocava, me instigava com seu jeito de quem vai matar todo mundo apenas por diversão, mas que fazia de tudo por mim, tudo, o Nico, o meu Nico, tão gentil, amoroso, brincalhão, mas ao mesmo tempo tão sensível, que precisa de tantos cuidados, não posso deixar que Marcelo me leve, o Nico vai sofrer, se ele tentar se matar de novo, não posso deixar ele me levar pra longe dos meus amores.

Fico nesse quarto, não sei quanto tempo, só sei que foi muito na minha opinião, era um silêncio total o lugar, acho até que estou sozinha, tentei me soltar várias vezes, até cortei meus pulsos tentando soltar, em vão, esses nós eram bem fortes.

Ouvi barulho de uma porta se abrindo, logo em seguida a do quarto se abre e Marcelo entra.

Não diz nada, apenas solta minhas mãos, e as prende com uma algema.

    — Olha a besteira que fez, machucar esse lindo corpo assim. — ele fala olhando meus pulsos.

Solta as minhas pernas e me levanta, segura meu braço e me arrasta para fora do quarto, a pequena casa estava totalmente vazia, sem móveis e sequer um resquício de que alguém morava ali, aliás parecia abandonada a anos e anos.

    — Vamos jantar, a viagem vai ser longa!

Saímos da casa e vejo mato alto por todo lugar, parece uma espécie de sítio abandonado, caminhamos entre o mato alto, até alcançar uma casa maior, havia luzes acesas nela.

Quando entramos, vi minha mãe amarrada numa cadeira, entre a sala de estar e a cozinha.

   —Mãe!! — tento correr até ela e sou puxada por Marcelo.

   — Quieta.

Ele me leva até a mesa, me sentando na cadeira, já a amarrando a parte de cima do meu corpo, quase toda enrolada na cadeira.

     — Mãe, mãe... mãe?

Eu chamava, ela estava com a cabeça caída parecia estar desacordada.

     — O que fez com minha mãe, seu desgraçado? — eu choro tentando me soltar.

    — Não fizemos nada, ela só cansou de apanhar por ser tão teimosa, teve a quem puxar, vadia!

O pai dos meus namorados surge, com algumas sacolas nas mãos, coloca na mesa, era alguns marmitex.

     — Desgraçado, por que bateu nela? — eu grito me debatendo na cadeira.

     — Muito folgada, igualzinho você — ele se senta, tira as coisas da sacola e joga na mesa — sabe, eu adoraria passar uma noite inteira comendo você, meus quatro filhos gostam de você, fico até curioso, sua buceta deve ser uma delícia...

     — Ei Lambertt, ela é minha! — Marcelo corta ele, pegando um dos marmitex.

     — Esse idiota não deixa, mas me vingar tirando você dos meus filhos, me satisfaz, até porque meu negócio é com a Nat, é ela quem eu quero, minha filhinha, que não é minha filha.

Ele fala e eu arregalou meus olhos, a Nat? O que a Nat fez a esse verme, ela nunca fez mal a ninguém.

      — O que quer com ela? — eu pergunto, é ele ri.

      — Ela é minha, não crio a filha dos outros para não receber nada em troca, meu intuito sempre foi ter ela, estou na merda, não posso mais chegar perto dela, dinheiro não me falta, mas ainda preciso daquela menininha, vai ser minha maior vingança com a puta da mãe dela, e dos meus filhos!

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Espero que estejam curtindo a história!

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BOA LEITURA!!

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