XIII.

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Era uma tarde quente de final de verão, só se conseguia ouvir o cantar dos pássaros e o som do vento que balançava as árvores do jardim de uma casa modesta no interior da Inglaterra

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Era uma tarde quente de final de verão, só se conseguia ouvir o cantar dos pássaros e o som do vento que balançava as árvores do jardim de uma casa modesta no interior da Inglaterra.

   Não havia chovido naquele dia. Na verdade, fazia um tempo que não chovia no vilarejo, e essa não poderia ser uma notícia melhor para Timothy, já era a segunda semana seguida que ele conseguia brincar lá for a sem que a chuva o atrapalhasse. 

   Timmy já havia trocado seu uniforme da escola e estava em seu local habitual, indo para cima e para baixo em seu balanço. Uma das mãos segurava com força a corda enquanto a outra segurava seu avião de brinquedo. Na sua imaginação, ele voava acima das nuvens, sentindo a brisa e vendo o pôr do sol. Ele sempre imaginava a mesma coisa toda vez que balançava.

   Sua mãe estava dentro de casa, provavelmente estava limpando a sala, ela disse que faria isso hoje. Ele pensou em chamá-la para brincar com ele, só para passar o tempo enquanto ele espera. Às vezes ela aceitava quando podia, mas hoje provavelmente não seria um desses dias, ela não teria tempo para isso, quase nunca tinha, mesmo estando em casa a maior parte do tempo.

   Ainda faltava um pouco para o pôr-do-sol, mas ainda assim, ele não podia esperar por muito tempo, se não o dia acabaria e eles não teriam brincado nada.

   Já era para ele ter chegado em casa, a essa hora que todas as crianças já teriam voltado da escola. Então onde ele estava que ainda não tinha aparecido?

   “Ei, Timmy! Aqui!” ele ouviu uma voz lhe chamar e ele se virou de imediato. Um menino magro estava parado com uma das mãos apoiadas em uma árvore, a outra estava acenando para ele.

   “Você veio! Achei que a gente não ia mais brincar hoje.” Timmy exclamou, indo ao seu encontro.

   Fazia poucos meses que Timothy conheceu Damian. Nesse dia, ele resolveu que iria brincar de explorar a floresta que tinha atrás de sua casa, até que encontrou um menino perto de um riacho, ele brincava de atravessar nas pedras e se assustou quando o viu chegar, o que o fez se molhar inteiro. Os dois riram juntos da situação, foi uma conexão instantânea. Depois disso, eles começaram a brincar juntos, todos os dias quando ele voltava da escola.

   “Por que demorou tanto?” Perguntou Timmy.

   “Ei, eu não demorei nada, você que saiu mais cedo!” O menino respondeu. “Vem, vamos apostar corrida, quem chegar no riacho primeiro ganha.”

   “Tá, fechado!”

   “Um, dois, três e… já!”

   Ao dizer isso, Damian sai correndo através das árvores, desviando dos galhos pelo caminho. Suas pernas longas e finas lhe davam impulso e ele disparava na sua frente, sendo difícil para Timmy acompanhá-lo, ele nunca ganhava nenhuma das corridas que apostavam.

   Damian tinha nove anos, era dois anos mais velho que ele, mas parecia ser mais, isso se comparado ao seu tamanho. Timmy era baixinho para uma criança da sua idade, suas bochechas carnudas e sardentas o faziam ter uma cara mais infantil do que ele gostaria.

A Menina no JardimOnde histórias criam vida. Descubra agora