XVIII.

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“Então tudo o que temos que fazer é queimar o corpo dele?” Norman queria ver se havia entendido direito

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“Então tudo o que temos que fazer é queimar o corpo dele?” Norman queria ver se havia entendido direito. “Era isso que estava escrito?”

   “Sim, basicamente.”

   Ainda estava ensolarado lá fora, a maioria dos outros órfãos estava brincando no jardim, exceto os dois, que estavam sentados à mesa na sala de jogos, com uma janela voltada ao quintal.

   Depois de acordar na manhã seguinte, Tim não sabia se conseguiria esperar mais tempo para contar a alguém o que havia descoberto, mas é claro que esse alguém só poderia ser Norman e Eliza, que estava sentada ao lado deles ouvindo tudo com um rosto interessado.

   “Sério? Não pensei que seria tão fácil”, disse Norman.

   “É porque não é”, Tim despejou água em seu entusiasmo. “O corpo está na casa, mas não sabemos onde, pode estar em qualquer lugar do jardim inteiro.”

   “E na casa em si, não estaria escondido lá? Achei que era isso que o bilhete da Sra. Parsons significava.”

   “Acho que não, senão o fogo já teria feito esse trabalho para nós há muito tempo”, ele explicou.

   Eliza ficou quieta ao seu lado, com a mão no queixo. Até que finalmente falou:

   “Talvez possa estar lá, não é nada impossível. O fogo não queimou a casa inteira, você disse que partes dela ainda estavam de pé.”

   “Sim, mas… isso não faria sentido”, ele contestou. “Por que ele colocaria fogo na própria casa sabendo que seu corpo ainda estava lá? Deve estar em outro lugar.”

   “Você acha que foi ele então?” Eliza perguntou. “Foi ele quem colocou fogo na sua casa?”

   “Foi ele, tenho certeza. Naquele dia eu disse a ele que ia me mudar para outra casa e então o fogo aconteceu, não pode ter sido uma coincidência”, ele lembrou, a maneira como Damien olhou para ele quando ouviu a notícia ainda estava gravada em sua memória.

   “Poderíamos ler os papéis daquela salinha novamente”, sugeriu Norman. “Ver se deixamos algo para trás, deve haver uma pista de onde o corpo dele pode estar.”

   “Não sei se há alguma, acho que o corpo dele nunca foi encontrado,” disse Tim. Norman soltou um grande suspiro.

   “Precisamos fazer alguma coisa, isso pode ser o fim do orfanato! Vamos morrer, não é? Se nada for feito?” ele se levantou, seu coração disparado. “Não sei, talvez seja hora de contar à Sra. Parsons ou pelo menos a Stephen, acho que eles saberão o que fazer.”

A Menina no JardimOnde histórias criam vida. Descubra agora