18. She's gone

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Billie Point of view.

Já faz algumas horas desde que eu acordei. Não vou dizer que estou calma pois eu não estou, não é todo dia que você acorda e descobre que acordou de um coma.

Eu só conseguia pensar em como estava a minha família, e no meu amor.

Como diabos isso aconteceu?

Enfim, acho que agora não importa, já que eu estou bem e viva.

- O'connell, a senhorita tem visita. - Me assustei com a voz do doutor. Meus olhos brilharam um pouco pensando ser Hailee ali, mas era a minha mãe.

Não me levem a mal, mas eu quero muito ver ela.

- Meu amor. - Ela chegou perto sem esperar mais nem um segundo, e me envolveu nos seus enormes e quentes braços. - Como você está?

- Me sinto perdida. - respirei fundo

- É estranho pensar que eu dormi por tanto tempo.

- Eu sei, meu bem. - ela dizia palavras de conforto e acariciava meus cabelos.

- Eu quero ir para casa. - Olhei chorosa para a mais velha.

- Amanhã mesmo você terá alta, filha. - Meus ouvidos escutaram isso mesmo?

Mal podia esperar para ver minha namorada, poder voltar a minha rotina normal. É terrível estar em um quarto branco de hospital, estou com saudade do meu quarto, da minha casa.

[...]


Passaram algumas horas desde que minha mãe foi embora. Após isso, meu pai e meu irmão também tinham me visitado, porém nada de Hailee aparecer.

Será que ela ao menos sabe que eu acordei?

Para de pensar assim Billie, ela deve saber, pode estar apenas ocupada. Ela é minha namorada, certo? Ela não me deixaria aqui sabendo que já acordei... Não é?

Esse sentimento estava me consumindo, o dia já havia acabado e ela não apareceu.

A noite também passou e nada.

O que será que aconteceu? Eu nem ao menos tinha meu celular comigo para me comunicar com ela, ele ficou totalmente destroçado no acidente.

Amanheceu, eu recebi alta e já estava em casa, mas Hailee não tinha aparecido lá ainda. Estava começando a ficar com medo, poderia ter acontecido algo com ela. Minha mãe avisou para a mãe dela que eu já estava em casa e ela nem ao menos viu a mensagem, ligações também não chamavam.

Eu tentei convencer a minha mãe a deixar eu ir na casa dela, mas ela ainda estava com medo e disse que poderíamos esperar mais um pouco pois eu precisava de repouso.

Eu não queria repouso, eu estava bem e não precisava disso, precisava apenas da minha namorada aqui comigo.

Eram quatro horas da tarde quando a campainha tocou.

Era ela, mas não a Hailee que eu costumava ver. Ela estava toda de preto, seus olhos estavam inchados e com olheiras enormes.

- Ela se foi. - Fungou. - Minha mãe morreu.

Leaving Tonight - G!POnde histórias criam vida. Descubra agora