Juliette tinha tomado um banho e vestido um robe. Veio em direcção à entrada e parou ao ver Rodolffo.
- Sou eu. Eles precisaram ficar até ao final do espectáculo.
- Porque vieste, Rodolffo?
- Temos uma conversa inacabada ou melhor, uma conversa adiada.
Juliette sentou-se numa ponta do sofá e Rodolffo na outra.
- Eu só tenho a dizer que lamento tudo o que fiz. Portei-me mal contigo e espero que no teu coração não haja ódio contra mim. Acredita que paguei pela minha atitude. Perdoa-me.
- Não sabes nada. É fácil pedir perdão. Não estavas lá para me ver sofrer. A princípio nem sabia de ti. Procurei-te como um louco até a Anya me dizer que tinhas partido com o milionário.
- Quem é a Anya? Nunca conheci ninguém com esse nome.
- Amiga do teu queridinho, mas isso agora é o menos importante.
Porque estás a morar aqui? O milionário trocou-te por outra? Já se cansou do brinquedo e deu-te um chute?- Escusas de ser tão sarcástico. Não sabes o que passei por isso não julgues.
- Não tenho pena. Ainda foi pouco. Agiste como uma ordinária interesseira e se há justiça divina ela há-de chegar.
- Podes xingar e insultar. Fala tudo de uma vez e vai embora. - Disse Juliette deixando as lágrimas cair.
- Não sei como pude acreditar em ti. Todas as juras de amor eram falsas. Falsas, Juliette. Nunca me amaste e na primeira briga trocaste-me, mas fica sabendo que hoje eu estou resolvido. Tenho uma companheira e uma filha que é o meu orgulho.
- Fico feliz por ti. Espera pelo Tomé e pela Ana ou vai embora. Eu vou para o meu quarto.
- Estás a fugir de novo. É só isso que sabes fazer.
- Não. Também sei pedir perdão. Também sei pedir desculpa, mas vendo o ódio que tens de mim nada do que eu diga vai amaciar esse teu coração.
- Julgas que basta um desculpa, um pedido de perdão? Nunca hei- de perdoar. Não nesta vida.
Os donos da casa chegaram entretanto. Rodolffo ia despedir-se, mas Tomé chamou-o para conversar no escritório enquanto Ana acompanhava Juliette até ao seu quarto.
Esta tinha os olhos vermelhos. Lavou o rosto e sentou-se na cama com Ana.- Ele ainda está muito magoado, Ana.
- É do.momento. Vais ver que passando o primeiro impacto ele age diferente.
- Vai pedir ao Tomé que não lhe conte nada da minha vida aqui. Eu não quero que ninguém tenha pena de mim.
Ana assim fez, mas Tomé disse que não era justo e Rodolffo exigiu saber tudo.
Contrariando a vontade dela, Tomé contou a história de Juliette na Alemanha.

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Troquei tudo por Amor
Fiksi PenggemarNão permitas que aconteça. Foge enquanto há esperança