✓ | 𝐌𝐈𝐃𝐍𝐈𝐆𝐇𝐓 𝐒𝐔𝐍¹, ᴘᴀᴜʟ ʟᴀʜᴏᴛᴇ

𝐂𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫 𝟏𝟓

𝟏𝟓 — 𝐃𝐎𝐑
𝖕𝖆𝖚𝖑 𝖑𝖆𝖍𝖔𝖙𝖊 𝖕𝖔𝖎𝖓𝖙 𝖔𝖋 𝖛𝖎𝖊𝖜

𝐄𝐔 𝐂𝐎𝐑𝐑𝐈𝐀 𝐅𝐄𝐈𝐓𝐎 𝐋𝐎𝐔𝐂𝐎 em direção a praia. O som das ondas quebrando contra a parede de pedra do penhasco misturava-se ao meu desespero. Calíope e Bella haviam se jogado do penhasco, não fazia ideia do porque aquelas duas haviam feito isso, mas eu não podia perder tempo. Cada segundo parecia uma eternidade enquanto meus pés deslizavam e escorregavam no terreno íngreme e pedregoso.

Quando finalmente avistei a areia, passei a correr mais rápido, minha garota estava naquele mar gelado sabe-se lá a quanto tempo. Eu não poderei perdê-la, não aguentaria caso algo acontecesse.

Arfei ao ver Jacob carregando Bella. A garota estava desmaiada nos braços do Black e para piorar meu desespero, Calíope não estava com eles.

— Paul, eu não consegui pegá-la. Ela está afundando. — Jacob disse enquanto colocava o corpo desfalecido e pálido de Bella na areia.

Passando por eles, corri em direção ao mar, minhas pernas pesadas como chumbo, o coração disparado no peito. A água gelada envolveu-me, mas continuei nadando com todas as minhas forças. Cada segundo parecia uma eternidade.

Tudo estava desmoronando naquele dia. Uma vampira ruiva psicótica havia adentrado em nossas terras, justamente no dia em que William estaria caçando junto com Harry, Charlie e os outros e por ironia do destino, eles estavam nos caçando. Algo havia acontecido com Harry e William, o que piorou ainda mais a situação.

Finalmente, avistei seu corpo de afundando lentamente, os lindos cabelos castanhos escuro flutuando como uma sombra na água. Forcei meus braços a se moverem mais rápido, precisava a todo custo chegar até ela.

Minha mão tocou a sua e logo eu estava puxando a mesma para a superfície. Apesar de não me cansar com facilidade, o mar estava agitado e as ondas batendo com força, o que dificultava um pouco.

Segurar o corpo desfalecido de Calíope em meus braços me causou calafrios. Não era assim que eu esperava carregá-la um dia. Caminhando até a areia, olhei para seu rosto, sentindo meu coração apertar. Sua pele antes bronzeada estava pálida, os lábios rosados agora estavam roxos.

Estremeci ao perceber que minha menina parecia estar morta em meus braços.

Com cuidado, coloquei Calíope­ deitada sob a areia fofa e cai de joelhos ao seu lado, começando a revezar entre massagem cardíaca e respiração boca a boca, implorando para que ela voltasse a respirar.

— Por favor, não faça isso comigo, amor. — murmurei, voltando a fazer a massagem. — Vamos lá, Solzinho.

Cada segundo era uma tortura. Calíope continuava imóvel, seu coração batia lentamente, fraco e baixo.