Bianca, uma garota tímida com um sonho em seu coração, era filha de um dos maiores treinadores de futebol que o Brasil já viu. Determinada a buscar algo novo na vida, ela embarcou em uma emocionante jornada rumo à Espanha. Seu desejo de se tornar um...
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— Sim, eu conheço aquele desgraçado, ele é meu ex! Transformou minha vida em um inferno, eu odeio aquele homem! — Ela exclama, com as lágrimas aumentando.
Eu a levanto delicadamente, enquanto ela continua a chorar, e saímos rapidamente do local. Carol, com certeza, não merecia passar por aquela situação. Ninguém mereceria.
Enlaço-a em um abraço reconfortante e começo a acalmá-la. Relato meu encontro com Pedro, compartilhando cada detalhe minucioso para distraí-la. Observo sua respiração se tornar mais tranquila, pego meu celular e envio uma mensagem para Vinicius vir nos buscar.
Poucos minutos depois, Vinicius chega. Ela estava esboçando um sorriso, mas ao ver Carol, a expressão dele muda para uma de preocupação, e ele corre em nossa direção.
— Minha princesa, você está bem? — ele pergunta, envolvendo-a em um abraço apertado.
— Não, Vini, me tira daqui, por favor. — Ela suplica entre soluços.
— Em casa falamos tudo, Vinicius! — afirmo, observando o abraço dos dois e sentindo a angústia que compartilham.
Vinicius acena, concordando silenciosamente, e eles entram no carro. De repente, lembro que esqueci minha bolsa na padaria. Corro de volta, mas ao chegar, descubro que minha bolsa desapareceu... Merda
Retorno ao carro, abro a porta traseira e lá está Bellingham, adormecido e sereno como uma criança exausta após um dia de aula. Incredulidade toma conta de mim. Entro no carro e, ao vê-lo abrir os olhos, noto seu rosto marcado pelo sono. Uma risada escapa involuntariamente de mim ao ver seu sorriso tímido. Reviro os olhos e respiro fundo, tentando conter minha frustração.
— Por que não avisou que o Bellingham vinha? Eu tinha pedido um Uber! — exclamei, deixando que a força do ódio me empurrasse para dentro do carro.
Um silêncio desconfortável se instalou, pesado como o ar antes de uma tempestade. Acomodei-me no banco, sentindo o couro frio contra minha pele. Lancei um olhar furtivo para Bellingham, que retribuiu com um olhar de canto, carregado de algo indefinido. "Filho da mãe", pensei, questionando-me se minha raiva era exagerada. Mas não, ele havia me tratado mal sem razão alguma.
— Vou passar na farmácia, Jude não está muito bem. Aproveito e compro algumas coisas para fazermos uma noite do pijama. — Vinicius anunciou, lançando um olhar preocupado para Carol.
— Ok. — respondi, minha atenção presa ao celular, dedos deslizando pela tela como se pudessem apagar a tensão no ar.
Jude apenas acenou com a cabeça, um gesto breve, quase imperceptível. Carol decidiu acompanhar Vinicius, deixando-me a sós com Bellingham. O clima entre nós era tão desconfortável quanto um silêncio gritante.
