Capítulo 1

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Capítulo 1

Faxineiro

Eu sou um maldito faxineiro!Eu fui idiota por acreditar que eu trabalharia em outra área da empresa, era para ter ter suspeitado quando aquela velha coroca falou "você aceita qualquer vaga?".

Agora, eu estou aqui, limpando chão com o esfregão no primeiro andar, já coloquei a placa de cuidado, meu uniforme de faxineiro e o crachá com o meu nome e sobrenome.

Eu lavava o local sem animo nenhum, mas depois de alguns segundos refletindo percebo que é melhor ser faxineiro do que ainda estar desempregado.

–Não tem como esse dia melhorar.

Falei em tom de ironia totalmente visível, eu terminei de lavar o chão, pego um balde que possuía água cheia de espuma com os produtos de limpeza dentro, eu decidi colocar uma música para pelo menos deixar esse trabalho menos tedioso e cansativo.

Ao colocar a música do meu gosto, me viro para ir na direção das janelas, mas acabo esbarrando em uma pessoa que faz o balde molhar um pouco a roupa da mesma.

–Ai cara, me desculpa eu...

Falei ainda não olhando para o rosto da pessoa, pego um lenço para tirar o pelo menos a espuma

–Não, não, não, está tudo bem.

Quando eu escuto essa voz familiar rapidamente olho para cima, com essa minha ação, eu e a pessoa tivemos por segundo uma troca de olhares confusos, que rapidamente virou surpresa, como eu não reconheci ele logo de cara.

–Você?!

–Você?!

Nós dois falamos na mesma hora, eu fico rapidamente fico mal-humorado ao ve-lo, parece que o tempo ficou a favor para ele, Bradley, continua com aquele cabelo castanhos sedoso, todo arrumando como um riquinho e com roupa formal.

–Max, Max, Max, parece que não teve sorte na vida, o que não me surpreende.

Ele fala me olhando de cima baixo, com aquele maldito sorriso de lado demostrando orgulhoso de si e com olhar direto em meu cracha.

Eu só revirei meus olhos, por mais que eu queira agora xingar ele, eu não posso discutir no meu primeiro dia no trabalho.

–Dá licença, princesinha.

Falo e antes que ele me respondesse algo que me estressar mais, passo por ele dando um leve esbarrão no ombro um pouco largo, eu fui andando até a janela que precisa ser lavada, mas senti o olhar de raiva do Bradley queimar minhas costas.

–Max, não liga para aquele cretino.

Murmurei para mim mesmo, rapidamente lavei as janelas, falar que as janelas estão só sujas seria um eufemismo, a janela está imunda, demorou mais do que esperava para eu lavar, agora eu sei porque o faxineiro antigo se demitiu.

–Finalmente limpo.

Falei aliviado e com uma gota de suor escorrendo da minha testa, eu passo meu braço e limpo o suor, fico olhando com ar orgulhoso e vitorioso para a última janela que agora está brilhando.

–Max.

Eu escuto o meu nome ser chamado, me viro e vejo que era a senhora Lily, de braços cruzados.

–O que foi agora?

–Não ficar parado, agora você vai ter que limpar o banheiro masculino do terceiro andar.

–O BANHEIRO MASCULINO?! Mas se a janela estava imunda antes de eu lavar, imagine o banheiro masculino!

Eu falo sem querer alto e com leve tic no olho direito no final da minha frase, e para finalizar acabou deixando o esfregão cair no chão, mas a senhora parecia não ligar com minha reclamação.

Que (des)animador te reverOnde histórias criam vida. Descubra agora