Capítulo 4

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Capítulo 4

Agora coloco um café na mesa da sala de descanso, em seguida pegou uma cadeira, a virou e me sento, ficando com meus braços apoiado no encosto da cadeira, fico olhando para Bradley que está bastante quieto, e bebe o café como quisesse algo para molhar a garganta.

–Por que está aqui?

–Porque se quer saber? Isso não te interessa.

Revirei os olhos como resposta dele, era óbvio que ele não ia me responder de cara, nem sei porque eu estou perguntando para começo de conversa.

–Bem, não importa, daqui a pouco vou fechar, então espero que tenha feito que queria fazer aqui.

Falei de um jeito indiferente, Bradley por outro lado pareceu em alerta e um pouco preocupado com algo, apesar de estar disfarçando com o seu orgulho, mas esse maltido olhar não me engana.

–Você ainda tem algo para fazer aqui né?

–...Sim

Suspirei e olhei para o teto, enquanto ele dava mais um gole em seu café um pouco amargo.

–Tá legal, você vai fazer o que tem que fazer, mas eu vou ficar no escritório, para quando você acabar já me avisar.

–Está bem, mas não me atrapalhe.

–Te atrapalhar? jamais, na verdade quero que você termine tudo para eu voltar para meu apartamento quentinho.

Bradley se levantou, faço o mesmo, o sigo para o escritório dele, quando chegamos olho ao redor com leve admiração e surpresa, era um pouco grande e confortável, possui um sofá vermelho aparentemente macio, sem perder tempo, já me joguei no sofá macio, sentir olhar de raiva sobre mim mas ignorei com um leve sorriso vitorioso no rosto.

–Não suja o meu sofá.

–Cara, eu sou faxineiro, eu não sujo, eu limpo.

Falei dando um sorriso travesso e o mesmo revirou os olhos.

–Tá, mas fica quieto.

–Sim, senhor.

Falei, levanto a minha mão até minha testa e depois abaixando em um movimento rápido, como um soldado seguindo ordem, Bradley ignorou isso e foi se sentar em sua cadeira que ficava na frente de uma mesa e começou a escrever em seu computador.

Eu fiquei deitado no sofá sem fazer nada, algumas vezes escutava música, mas mesmo assim eu fiquei no tédio, me aconcheguei mais no sofá e discretamente olhei para Bradley, ele estava realmente concentrado no trabalho, escrevendo alguma coisa no computador.

Enquanto eu olhava para ele eu senti um sono aos poucos me vencendo, até que eu acabei dormindo no sofá mesmo.

...

Abri meus olhos lentamente, me sentei no sofá, estiquei meus braços, quando eu estou ficando mais consciente, escuto uma breve conversa de Bradley com alguém no celular, ele parecia não perceber que eu acordei, pois ele está de costas sentado na sua cadeira.

–Eu sei, mas qual é eu não tenho mais nenhum lugar..mas pai...desculpa.

Bradley falou com voz totalmente desanimado e levemente deprimido, a ligação acabou e ele se virou e me viu sentado no sofá e ficou levemente em pânico.

–Quando que você acordou?

–Não se preocupe que foi só a pouco tempo.

Falei com a voz um pouco grossa por eu ter acordado, em seguida veio um silêncio preenchendo o local todo.

Que (des)animador te reverOnde histórias criam vida. Descubra agora