Capítulo 11

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Capítulo 11


Meu pai parecia ansioso para me ver chegar em casa, mas também sentia que tinha acontecido algo de errado.

–Querido, eu quero te contar uma coisa!

Sylvia falou ansiosa e mostrando um suéter verde que parecia que pinicava, era nítido que a mesma fez, sem dar tempo para ter alguma resposta, ela vestiu o mei com o suéter, apesar de ser desconfortável, ele ainda usou pois amou ver Sylvia com sorriso fofo e apaixonada.

–Obrigada querida.

–De nada meu amorzinho.

–Ah,o meu filho vai passar aqui.

–Sério, isso é ótimo! Será que devemos fazer uma coisa para ele comer?

–Boa ideia!

Os dois foram para a cozinha preparar alguma coisa e decidiram fazer macarrão, enquanto faziam o molho, meu pai ficou perdido em seus pensamentos com uma expressão preocupada, Sylvia claramente percebeu.

–Aconteceu alguma coisa, amor?

–Eu estou preocupado.

–Com o que? aconteceu alguma coisa com o Max?

–Eu não sei, mas eu sinto que tem algo errado com ele.

–Tem certeza?

–Sim...

–Ele deve está bem amor.

Sylvia queria pensar positivo, mas parecia que a preocupação não diminuía sobre meu pai.

–Sabe querida, o Max nunca fala as coisas para mim de cara e só desabafa quando já está encrencado, desde criança que ele faz isso.

–Desde de criança?

–Sim.

Meu pai olhou para Sylvia.

...

Quando eu tinha seis anos não era uma criança muito fácil de lidar, dormia algumas vezes na sala de aula, conversava com meu amigo Pj na hora da explicação, e algumas vezes colava, mas quase sempre eu era pego e como esperado ficava no corredor perto da porta da diretoria, enquanto meu pai se desculpava pelo meu comportamento para a diretora.

Mas naquele dia, meu pai não foi chamado por ponta da minha malcriação ou ter colado no teste de ciências, não, foi porque eu acabei entrando em uma briga.

Meu pai me olhou no corredor eu estava com a boca um pouco machucado e olho um pouco roxo, eu evitei olha-lo nos olhos pois sabia que eu estou encrencado, já o garoto que eu briguei estava mais machucado, olho completamente roxo, bochecha um um pouco inchada e o braço um pouco machucado , meu pai entrou na sala da diretoria e começou a se desculpar com a mãe do garoto, quando a mini discussão na sala acabou, meu pai e a mãe do garoto saiu da sala.

–Peço perdão de novo pelo meu filho.

–Senhor...

–Não precisa me chamar tão formalmente, me chama pelo apelido, Pateta.

Meu pai falou com um sorriso simpático, mas a mulher olhava para meu ele de cima para baixo com olhar de nojo.

–Pateta, você deveria criar mais essa sua criança.

Ela disse de um jeito tão esnobe que dava raiva, eu olhei para a mesma irritado.

–Filho...

–Me...desculpa

Eu falei baixo e totalmente contra minha vontade a mulher escutou sem falar nada, em seguida segurou a mão do seu filho, o garoto me olhou com orgulho de sim, aquele pirralho.

Que (des)animador te reverOnde histórias criam vida. Descubra agora