CAP 24

142 24 8
                                    

- Mamãe, eu posso pedir algo de presente de natal? - Carol perguntou, fazendo sua mãe lhe fitar.

- Querida, não posso comprar mais nada agora, já é quase mela noite. - Sua mãe informou enquanto comia.

- Não, mamãe. Não é nada que precise comprar.

- Então diga, querida.

- Posso mostrar meu quarto para a Nat? O James está aqui hoje, ele pode me levar lá em cima. - Natália, que limpava o canto de sua boca com o guardanapo olhou surpresa para Carol.

- Eu fiz certo em não comer nada durante o dia. Isso aqui está uma delícia. - Jonas mencionou, alheio às pessoas na mesa.

- Já terminaram de comer, hm? Então, sim, querida. Pode ir. - Esther disse, chamando James no momento seguinte. - Natália, só se certifique de descerem antes da meia noite para abrirmos os presentes.

- Pode deixar comigo. - Ela disse, vendo James adentrar a cozinha e começar a empurrar a cadeira de Carol até a escadaria da sala. A garota se levantou e viu Bruno sussurrar algo que a fez enrusbecer.

-Tchuneves. - O rapaz silibou sem que a mãe da garota pudesse ver. Ele ergueu seu corpo, simulando uma investida em alguém e logo tremeu os dedos no ar, como se estivesse masturbando uma mulher.

Natália ignora a ação estúpida e indecente de seu amigo, até porque sabia que ele estava apenas brincando, e seguiu Carol e James, pedindo licença antes de sair da cozinha.

O homem embalou Carol nos braços e a levou escada acima, a colocando na cadeira de rodas que tinha no piso superior.

- Obrigada, deixa que eu consigo. - Natália disse gentilmente, fazendo o homem assentir e voltar para a sua refeição.

- É na última porta,nat. - Carol explicou, apontando para o fim do corredor.

- Sim, senhora. - Natália disse, rindo.

- É senhorita, nat. Eu não sou casada ainda. - Carol disse e Natália riu, chegando ao fim do corredor.

Carol empurrou com a mão a porta branca e os olhos de Natália se encantaram com o que viram. Havia pequenas fadas de gesso para todos os lados. Sobre sua cama havia as que se sustentavam por um pequeno fio de Nylon transparente, dando a sensação de que voavan. O tilintar dos metais pendurados que se esbarravam pelo vento que provinha da janela aberta soou como melodia para Natália. A sensação de que havia entrado no mundo do Peter Pan, no mundo dos sonhos, era bem real.

- O seu quarto é incrível.- Natália comentou completamente embasbacada com tudo.

- Eu gosto muito de fadas.-  Ela confessou, entrelaçando seus dedos com os de Natália quando a menor parou ao seu lado. -Você se parece com elas. - O pescoço de Natalia, na mesma hora, se virou de encontro com Carolina, surpresa demais ao ouvir aquilo.

- Pareço?-Perguntou, vendo Carol assentir e puxar seu braço. A menor entendeu o recado e se inclinou, colocando as duas mãos, uma de cada lado, no apoio braçal da cadeira de rodas de Carol.

- Sim. - Carol disse, levando uma mão aberta até o rosto de Natália e acariciando. - Sua pele é macia
igual a delas parece ser. - Disse pondo toda a atenção de seus olhos nos traços de Natália. - E você é fisicamente delicada e meiga igual elas.

- Uau. - Natália sentiu-se completamente lisonjeada.

- E a sua voz é doce. - Disse suspirando.- E os seus olhos são cativantes. - Você só não tem asinhas, mas eu acho que você cortou elas para enganar todo mundo. - Disse franzindo o cenho.- Sabe mais o que eu acho, nat?

- Não. O quê? - Natália perguntou sorrindo.

- Que você é uma fada disfarçada. - Disse acariciando o rosto de Natália, presa demais à beleza inegável da garota.- E que você apareceu na minha vida e jogou seu pózinho mágico de fada em mim e por isso eu acordei.

- Você acha isso mesmo? - Natália perguntou sorrindo, extremamente encantada com as palavras de Carol.

- Sim. Você é a minha fada. A fada nat. -  Natália riu graciosamente.

Carol a via de uma maneira tão pura e linda que foi impossível não se sentir transbordando emoção.

- Meu coração é fraco demais para aguentar tanto elogio de você. - Natália brincou rindo.

- Nat, me conta uma história de pirata? - Carol pediu, fazendo dois "O's" com as mãos e as levando aos próprios olhos, como se fosse um binóculo.

- Acho que não conheço nenhuma assim. - Natália disse.-  Vem, vou te ajeitar na sua cama para você ficar mais confortável. - Dito isso, fechou a janela, pois estava muito frio e empurrou a cadeira de rodas até a beira da cama.

Ela levantou Carol  nos braços,a colocando sobre a cama. A maior se arrastou até o cantinho e franziu o cenho.

--Ops. Eu não deveria querer ouvir histórias. - Disse com a expressão repleta de culpa.

- Tem uma onde Natália é pirata, mas em só uma parte da estória.

- Por quê? - Carol perguntou curiosamente.

- Porque é uma estória sobre reencarnações. Se chama "O amor nunca morre. Explicou, se sentando na cama.

- Deita aqui, Nat. Já falei que gosto de você pertinho. - natalia disse e Carol sorriu, obedecendo-a. Deixou apenas seus pés para fora da cama e se recostou na cabeceira, tendo carol se encostando em seu corpo.

- Melhor assim? - Natália perguntou e viu Carolina assentir.

- Onde você aprendeu tanta história? - Addison perguntou.

- Eu nunca tive tantos amigos, nunca fui muito sociável, então passava todo o meu tempo estudando ou lendo por hobby.

-  Oh! - Carol expressou.-  Nat a mamãe vai brigar comigo.- Carol disse, coçando os olhos.

- Por quê?

- Porque eu estou com sono. Não vou aguentar meia noite. - Disse, bocejando no momento seguinte.

Natália se esquivou dela e retirou seus sapatos, fazendo o mesmo consigo mesma.

- Vem aqui. - Natália chamou assim que se deitou de vez na cama.

Carol não hesitou em se aconchegarnos braços da garota, afinal ela adorava estar ali.

- Você vai ficar aqui comigo? - Carol indagou, fechando os olhos ao sentir o carinho de Natália em seus cabelos.

- Assim que você dormir eu chamo a sua mãe para vir vestir roupas mais confortáveis em você. - Natália disse.

- Dorme comigo hoje? - Carol pediu.

- Não sei se devo. - Natália disse verdadeiramente.

- Eu peço para a mamãe como presente de natal. - Disse, se forçando a manter-se acordada.

- Pensei que já tivesse pedido para eu conhecer o seu quarto. - Natália disse rindo, jamais cessando suas carícias.

- Dormi por quatorze anos, nat. Tenho mais treze pedidos de natal. - Carol disse, fazendo Natália gargalhar.

- Muito bem pensado. - Ela disse suavemente, depositando um beijo na testa de Carol

- Você não vai descer para abrir os seus presentes?-  Carolina perguntou, se aconchegando melhor sobre o corpo quente de Natália.

- Meu melhor presente de natal é poder passar um tempinho com você. - Sussurrou, sentindo Carol suspirar sobre si.

- Boa noite, nat. - Carolina sussurrou, totalmente dopada de sono. - Feliz natal para a minha fada.-  Natália sorriu bobamente.

- Boa noite, Carolzinha.- Retribuiu. - E feliz natal para a minha princesinha.

Em um piscar de olhos - adaptada versão Narol Onde histórias criam vida. Descubra agora