cap 6

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O silêncio predomina o ambiente por alguns minutos, os mesmos onde Natália se permitiu admirar a beleza angelical de carol. O silêncio fora interrompido pela voz rouca da garota de olhos claros.

—  Você acha que a mamãe vai demorar? - Carol perguntou, bocejando novamente. Natália já havia perdido as contas de quantas vezes viu carol bocejar somente nos últimos dez minutos.

— Ela já deve estar chegando. Por que não descansa um pouquinho? Teve um dia exaustivo e ainda tem algumas boas horas para ele acabar.- Natália disse serenamente.

— Porque a mamãe me põe para dormir e se deita comigo. Carol explicou. Ela me conta história igual o papai fazia.

— Ela já deve estar vindo. Natália disse, levando sua mão até os cabelos de carol e acariciando.

— Você pode me pôr para dormir igual a mamãe faz? - Pediu com a voz fraca, seus olhos quase se fechando já tamanho era seu sono.

— Claro. Natália disse. Eu só, bem, não sei como ela faz isso. Confessou um pouco embaraçada.

— Deita aqui comigo. - Carol instruiu e Natália a olhou receosa, mas os olhinhos vermelhos pelo sono a fizeram acatar seu pedido.

Natália subiu gentilmente na cama e se deitou ao lado de Carol, vendo a garota se mover e se deitar sobre seu peito.

— Hoje eu vi um montão de gente, Nat. Carol disse, tendo os seus olhos já fechados.

— Por isso está tão cansada, imagino. - Carol moveu a cabeça em positivo.

— Pode me contar uma história? - Ela pediu baixinho e Natália levou uma mão ao cabelo dela, acariciando seu couro cabeludo lentamente e sorriu diante do pedido.

— Era uma vez uma linda princesa...

Quando Esther retornou ao quarto seu sorriso se abriu de uma forma terna, pois se deparou com Carol dormindo sobre Natália. Ela deduziu que carol lhe pedira que contasse uma história. Oh, como ela amava histórias!

O mais bonito de tudo era que Natália também dormia pacificamente, tendo um braço sobre as costas de Carol, como se a protegesse dos males do mundo.

A mulher sentiu-se apenada por ter que acordar Natália, deduziu que a menina havia dormido pouco, única e inteiramente por ter passado a noite no hospital con ela e Carol.

— Querida... A mulher chamou, balançando seu corpo delicadamente. Natália deu um salto, acordando assustada: Os olhos arregalados e o coração acelerado.

— Oh, céus. Eu sinto muito. Natália se aprontou em dizer.

— Ela queria que eu...

Contasse uma história. Esther completou sorrindo. Eu sei, não se preocupe. Obrigada por isso. Disse tranquilizando nat. - Só te acordei porque suponho que queira comer algo e que precise voltar para a suas aulas práticas. Os olhos de Natália se esbugalharam e ela verificou seu relógio de pulso, se desvencilhando cuidadosamente de Carol e descendo da cama.

— Obrigada por ter me acordado. Preciso realmente ir. Natália disse, bocejando. Ainda se sentia muito cansada, mas o que poderia fazer?

— Obrigada você por ter cuidado dela para mim. Ela odeia ficar sozinha.

— imagino. Ela disse que hoje viu várias pessoas. natalia comentou, vendo Esther assentir.

— Sim. O psiquiatra, a psicóloga, a imprensa, vários médicos diferentes. Por isso eu adiei de ver o fisioterapeuta, que no caso agora é você. Esther disse com um sorriso fraternal.

— Imagino que todos estejam querendo vê-la.

— Ela não liga, mas quando a imprensa perguntou se ela se sentia preparada para voltar a vida, incluindo a vida amorosa, bem, ela começou a chorar.

— Perguntaram isso? - Natália se sobressaltou. Como se atreveram? Eles não sabem que ela...

—Oh, querida, eles sabem, mas esses ratos fazem de tudo por audiência. Eu proibir a entrada deles aqui após isso. - NAT assentiu, já mais calma.

— Eu saio em quatro horas. Meredith informou um pouco constrangida pelo que se atreveria a
dizer.-  Quero que a senhora vá para a casa hoje, coma bem, tome um relaxante banho e descanse. Ficarei com ela.

— De maneira alguma. - Esther disse séria. - Sei o quanto está cansada, querida.

— Mas pelo menos eu dormi algo. Amanhã começamos a fisioterapia, ela precisará de todo
o seu apoio, se dormir estará cem por cento.- Natália disse..

— Mas você é a fisioterapeuta, também precisará estar cem por cento. Esther rebateu.

—  E estarei. Dormirei pela madrugada aqui enquanto ela também dorme. -  explicou. E caso eu não esteja cem por cento, de qualquer forma, eu não estarei sozinha, terei o acompanhamento do senhor Thorpe. - Esther suspirou e olhou para a filha.

— Tem certeza? - Indagou. - Digo, você já fez demais por ela e...

— Tenho. - Se antecedeu em dizer, vendo Esther lhe fitar.

— Qualquer coisa, por menor que seja, você me liga. Ela disse, vendo um sorriso se abrir no rosto de Natália.

— Vou precisar do número do seu telefone. - Três batidas na porta, que já estava aberta, fizeram as duas olharem na direção do som.

— Senhora Rozelli? - A voz de Ulisses perguntou apenas por perguntar, afinal sabia quem era a mulher.

— Pois não?

— Eu gostaria de falar com a senhora sobre a fisioterapia. Esther franziu o cenho.

—  Já conversei com Webber e com Natália. Tudo está acertado.

— Senhora, eu sei que você adora Natália. Ele comentou, se aproximando, falando como se a garota não estivesse ali. Mas comigo teremos um
avanço mais rápido e eficiente. Esther assentiu e sorriu.

— Oh, fico muito feliz em saber que auxiliará Natália então. Ela disse, vendo o homem entortar a boca em desaprovação.

— Eu quis dizer que sugiro que eu seja o fisioterapeuta principal. Ele foi direto, fazendo Natália suspirar e colocar suas mãos no jaleco.

— Bem, acredito que eu não pago uma parcela astronômica por mês para este hospital para o senhor me sugerir algo, quando claramente o chefe do hospital já me certificou de que Natalia é capaz.

— Ela é, porém...

— Ela ser capaz já é o suficiente para mim. Obrigada. Ela disse séria. Nos vemos amanhã e, como eu disse, que bom que estará lá para auxiliar Natália.

— Esther, nos vemos mais tarde. Natália. disse um tanto constrangida por Ulisses, vendo a mulher assentir. Os olhos verdes se direcionaram para Carol e ela sorriu ao ver a expressão serena em seu rosto. Caminhou até a garota e se inclinou, deixando um beijo em sua testa, fazendo Esther sorrir.

Definitivamente Natalia cuidaria bem de sua filha na fisioterapia, mas algo em seu interior dizia que aquele cuidado ultrapassava a barreira do profissionalismo e Esther, absolutamente, gostava daquilo.

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Autora: Esther,nós também gostamos...

Em um piscar de olhos - adaptada versão Narol Onde histórias criam vida. Descubra agora