- Então por que está assim, meu amor? - Natália perguntou confusa.
- Porque eu não gosto de ela te tocando daquela forma. - Carol explicou, fazendo Natália sorrir.- O meu estômago se comprime e não é por florzinhas nascerem, é por morrerem.
- Eu não vou deixar ela me tocar daquela forma, tudo bem? - Natália perguntou, se inclinando e depositando um beijo no rosto de Carol.
- Está bem. - Carol disse, enlaçando os dois braços em torno de Natália e depositando um beijo em seus lábios antes de enterrar a cabeça em seu pescoço.
- Linda. - Natália sussurrou, fazendo Carol rir baixinho.
- Você. - Carol disse, mordendo o próprio lábio. - Promete não demorar muito?
- Para quê? - Carol alçou uma sobrancelha e riu.
- Dona Nathalia, dona Natália,você está com amnésia? - Carol perguntou rindo. - Você disse que iria là embaixo ver se eles precisavam de algo.
- Ahl Certo. - Natália disse, se levantando novamente.- É que quando estou com você esqueço até meu nome.- Natália disse rindo. - Tern certeza de que não tem problema eu ir lá embaixo sem você, mesmo com a helena lá? Se você quiser...
- Natália...-Carol a cortou. - Eu confio em você. Um sorriso alegre tentou, sem sucesso, se esconder no rosto de Natália.
- Argh... Não quero mais ir. - Natália disse, mordendo o próprio lábio. - Vou ficar com saudade.
- Eu posso colocar um filme para assistirmos enquanto isso? Você sempre quer assistir na sala, mas como estão todos lá... - Carol deixou a frase morrer e Natália assentiu.
- Eu trago os de...
- Não, nat. Não quero ver os da Disney.
- Por quê? Eles são bons. - Natália defendeu e Carol assentiu.
- Sim, mas quero assistir comédia romântica ou romance.
- Algum motivo em especial? - Natália perguntou, balançando as duas sobrancelhas de forma brincalhona.
- Agora que estou grandinha e ouvir histórias é coisa de criança, vou fazer o que os adultos fazem.
- Que seria?... - Natália perguntou, arqueando uma sobrancelha.
- Ver filme, que é o mesmo que uma história,mas não é a mamãe ou você que conta. - Natália deu de ombros.
- Esperta, mas sabe que ler livros românticos não exige idade, certo? Eu mesma os leio até hoje e adoro.
- Então você pode contar uma história para mim qualquer dia desses? - Carol perguntou vibrando por dentro.
- Sempre que quiser. - Natália disse.
- Quando eu terminar os estudos já sei o que eu quero ser.- Carol disse.
- Ah, sim? O quê?
- Avaliadora ou leitora de histórias. - Natália riu e negou com a cabeça.
- Isso não existe, princesa. - Usou a voz mais melosa na última palavra.
- Chame meu futuro patrão de editora se quiser. - Carol disse, piscando para Natália, fazendo a mesma abrir a boca surpresa.
- Você está ficando muito esperta. - Concluiu rindo.
- Nat, eu posso garantir para você que eu acho que você não quer descer lá. - Carol disse. - Então por que não ficamos abraçadinhas e vendo filme?
- Sou tão previsível. - Natália disse em um suspiro. - Vou ir preparar pipoca para nós duas. - Falou, caminhando até a cômoda que compartilha com Thais e pegando alguns DVD's. - Vai escolhendo entre esses aí. Eu nem vi o que são, porque são da Thaís, mas Taís geralmente gosta de romance.- Disse ao colocar os DVD's sobre a cama. - Já volto. - Falou, se debruçando para roubar um selinho de Carol.
- Já estou com saudades. - Carol disse e Natália sorriu.
- Eu também. - Replicou, mandando um beijinho no ar, vendo Carol simular que o pegava no ar e o levar até seus lábios.
No fim das contas, ela saiu do quarto sorrindo como sempre ultimamente: Com o coração.
- Quando suas aulas voltam? - Thais questionou Natália quando a viu passando com a pipoca na mão.
- Em duas semanas? - Meredith replicou.
- Começo de fevereiro? Essa faculdade te explora, você trabalhou até quase o natal. - Bruno disse.
- Saí de férias poucos dias depois de conhecer Carol, mas me voluntariei a ficar até o natal.- Explicou.- Além do mais, ainda vou lá para as sessões de Carol. Ela se sente confortável comigo, não queria ter que trocar o fisioterapeuta dela.
-Addison Oh na na, half of my heart is on Addison oh na na! - Bruno cantarolou e Natália corou.
- Tenho certeza de que a música não é assim. - Ela disse.
- Para você é.- O garoto respondeu rindo.
- Nat, você gostou do "meninas malvadas 3*? - Thais perguntou e Natália arqueou uma sobrancelha.
- O que é isso? - Indagou, levando uma pipoca até sua boca.
- O curta-metragem que te comprei para se auto foder. Pensei que precisava, não sabia que você e Carol já estavam na fase dos amassos.
- Onde você deixou isso? - Natália perguntou aterrorizada, provavelmente todo o sangue de seu corpo havia desaparecido, pois a garota estava pálida.
- Lá em cima com nossos film... - Sua voz se perdeu no ar ao ver Natália correr escada acima quase na velocidade da luz.
- O que deu nela? - Bruno perguntou confuso.
- Só Deus entende a nat, cara. - Ela disse rindo.
Carol podia jurar que nunca correu tanto em toda a sua vida, mas quando alcançou a maçaneta da porta e a abriu percebeu que era tarde demais: Carol estava em pé, escorada nas muletas, com os olhos vidrados na tela da TV, onde duas garotas nitidamente transavam.
Natália correu até a TV e a desligou às pressas, parando na frente de Addison e colocando a pipoca sobre a comoda. Um suspiro longo de esvaiu de seus pulmões.
- No começo eu pensei que uma estava machucando a outra. - Carol disse.
- Por que?
- Porque ela gritava igual uma hiena. - Carol disse, fazendo Natália rir ao imaginar o tipo de curta que Thais havia alugado.
- Desculpe por isso, amor- Natália disse sinceramente, levando uma mecha do cabelo de Carol até atrás de sua orelha- Eu não sabia que isso estava al
- Natália, eu entendi que ela não estavam se machucando.- Carol avisou.
- Eu trouxe pipoca, que tal um filme de romance? - disse envergonhada.
- E eu fiquei com vontade de fazer xixi. Meredith lhe fitou.
- Acho que precisamos ter uma conversa, hm? Eu e você sabemos que não foi isso que sentiu, mocinha. Natália disse e Carol puxou Natalia pela cintura
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Em um piscar de olhos - adaptada versão Narol
RomanceAna Carolina Rozelli tinha apenas seis anos quando seus decidiram tirar as tão famosas férias. Iriam pro Canadá, porém o destino lhes foi cruel, causando o choque em um caminhão desgovernado contra o carro onde estavam durante o caminho para o aerop...